A atração do Knotfest 2024 que gerou suspeitas de playback
Por Igor Miranda
Postado em 31 de outubro de 2024
O canal de YouTube do site IgorMiranda.com.br publicou vídeo com análise a respeito dos shows do Knotfest Brasil, festival realizado no Allianz Parque, em São Paulo. A filmagem conta com participação do jornalista Thiago Zuma, que cobriu o evento pelo site.
Ao apresentar reflexões sobre o show da cantora Poppy, atração que abriu o palco principal do Knotstage no segundo dia, Zuma declarou inicialmente:
"Eu gosto do som da Poppy. Gostei dos discos que ouvi quando peguei para conhecer. Acho que ela faz uma mistura bastante interessante desse rock alternativo dos anos 90 com uma pegada ora industrial, ora esse electropop meio trance que está na moda hoje em dia. E ela tem um jeito meio 'Museu de Arte Moderna', de 'Arte Contemporânea', de se apresentar."
Na visão do jornalista, traduzir tal estética para o palco, ainda mais em um festival mais orientado ao rock/metal, mostrou-se um desafio para a artista de 29 anos.
"Na hora de levar isso para o palco... ela ainda não tem tanta experiência de palco para um público de rock/metal. E aí quando ela toca de dia, sem auxílio de telão (como ela já vinha fazendo abrindo para o Thirty Seconds to Mars), você vê que ela ainda está pegando o jeito. Aí temos as questões que aconteceram muito nos shows do segundo dia: muito base de vocal pré-gravada, muita base de instrumento, muito filtro de voz. E aí as bandas tocam com retorno in-ear (fone de ouvido com o retorno). Então, elas ficam meio alheias ao que acontece com o público, muito compenetradas em executar de acordo com o que estão ouvindo."
Tudo isso levou ao questionamento se Poppy realmente estava cantando ou se o público ouvia apenas vozes pré-gravadas.
"No caso da Poppy, dá para discutir se em vários momentos ela estava cantando mesmo. Teve um grito ou outro que ela deu, que dava para perceber que ela começava gritando e depois terminava com efeito. Em uma música ou outra você percebia que ela estava cantando, pois a voz dava uma falhadinha. Mas o show era tão engessado por causa desses efeitos que não tinha interação com o público."
Por fim, Thiago Zuma aponta que o máximo de interação a ocorrer foi um coraçãozinho com as mãos, um tchauzinho e um "thank you".
"Não lembro nem se ela falou 'São Paulo'. Não dá para saber se isso faz parte da personagem, com avental, ou se era engessado porque estava com algum problema técnico. Fato é que a partir de determinado momento, o público começou a abrir roda por si só. Nem combinava direito com a música."
Assista abaixo ao trecho em que o assunto é comentado.
Confira também a transmissão original completa, trazendo comentários sobre outros assuntos.
Knotfest Brasil 2024
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