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A história de "Eye For An Eye", música que salvou a vida de Max Cavalera

Por Mateus Ribeiro
Postado em 24 de novembro de 2024

A carreira de Max Cavalera foi iniciada nos anos 1980, quando fundou o Sepultura junto de seu irmão, o baterista Iggor. Em menos de uma década, o grupo rompeu fronteiras e mostrou ao mundo que era possível fazer música pesada de qualidade no Brasil.

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Foto: Divulgação - Napalm Records
Foto: Divulgação - Napalm Records

Enquanto foi guitarrista/vocalista/compositor do Sepultura, Max gravou álbuns que se tornaram clássicos do Metal, como "Beneath the Remains" (1996), "Arise" (1991), "Chaos A.D." (1993) e "Roots" (1996). E foi durante a turnê desse último que ele decidiu sair da banda.

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Max deixou o Sepultura em 1996, por divergências com os demais integrantes do quarteto. A sua trajetória profissional continuou com o Soulfly, grupo que lançou seu debut autointitulado em 1998.

A música que salvou a vida de Max Cavalera

O recomeço de Max Cavalera foi um dos temas abordados em reportagem publicada no site da Metal Hammer, que apresenta as 10 músicas que marcaram o ícone headbanger. Uma das canções escolhidas pelo frontman foi "Eye for an Eye", do primeiro álbum do Soulfly.

"Essa música salvou minha vida, basicamente. Lidando com a morte de Dana [seu enteado] e com a separação do Sepultura, eu estava acabado com a música - estava com o coração partido, com raiva, tive muitas decepções. Gloria estava tentando me levantar, me colocar de volta no estado de espírito certo e me fazer voltar a escrever."

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Ajuda de um dos maiores ícones do Heavy Metal

Para retomar a sua carreira, Max contou com o auxílio de sua esposa, Gloria. O músico também foi ajudado por um dos maiores ícones da história da música pesada, que havia passado por situação parecida no fim dos anos 70.

"Lembro que jantamos na casa do Ozzy e ele me disse que quando foi expulso do Black Sabbath ficou muito, muito desanimado, mas que cabia a ele se reerguer.

Vindo do Ozzy, isso foi alucinante - tipo, ‘Eu tenho que fazer isso. Então, eu peguei minha guitarra e ‘Eye For An Eye’ simplesmente saiu dela. Eu realmente amo o riff - de novo, é simples, pode ser tocado com apenas uma corda. E tem um refrão muito cativante, o que é difícil de fazer."

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Letra de "Eye for an Eye" tinha endereço, mas produtor fez Max mudar de ideia

"Eye for an Eye" foi escrita em um momento turbulento da vida de Max, o que certamente explica o peso da canção. A letra da faixa tinha endereço certo, porém, o produtor de "Soulfly" (o disco) fez o artista mudar de ideia.

"A letra original era muito mais pesada e totalmente voltada para o Sepultura. Mas, conversando com o produtor [Ross Robinson], ele me fez mudar de ideia e fazer algo mais positivo, em vez de falar mal dos caras. Foi algo como: ‘Ok, vou pegar o caminho mais alto e ser mais diplomático’. Fiz com que ‘Eye for an Eye’ fosse mais sobre mim do que sobre eles."

Por fim, Max reconheceu a importância de "Eye for an Eye". "É uma música importante para mim também porque é uma das músicas que fez com que o Soulfly assinasse contrato. Fomos a Nova York e nos encontramos com o Monte Connor [na época, executivo da Roadrunner Records], tocamos essa e outra música para ele e ele assinou contrato com o Soulfly na hora. É uma daquelas músicas que eu nunca mais conseguirei escrever novamente", declarou.

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Pesada e intensa, "Eye for an Eye" se tornou um dos grandes momentos da carreira do Soulfly, e é a faixa que mais apareceu nos shows do grupo. De acordo com o site Setlist.FM, Max e seus parceiros de banda executaram a música em 877 apresentações ao vivo.

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Sobre Mateus Ribeiro

Fã de Ramones, In Flames e Soilwork. Ouve (quase) tudo, desde rock clássico até black metal.
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