Max Cavalera cita três álbuns essenciais para se compreender o Sepultura
Por Bruce William
Postado em 14 de março de 2025
O Sepultura construiu uma trajetória que atravessou diferentes fases e estilos dentro do metal, mas, para Max Cavalera, há três discos que são essenciais para entender as raízes da banda. Embora álbuns como "Arise" (1991), "Chaos A.D." (1993) e "Roots" (1996) sejam frequentemente mencionados entre os maiores sucessos do grupo, ele acredita que as origens do som extremo do Sepultura estão em "Bestial Devastation" (1985), "Morbid Visions" (1986) e "Schizophrenia" (1987).
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Durante conversa com a Decibel Magazine (via Tenho Mais Discos Que Amigos), Max explicou o motivo de ter regravado esses discos com seu irmão Iggor Cavalera, destacando que o objetivo não era apenas revisitar o passado, mas também dar aos álbuns uma produção que fizesse jus ao peso das composições. "Esses riffs só precisavam ser ouvidos um pouco mais. Eles estavam enterrados sob uma produção ruim em um estúdio ruim. Acho que essa é a visão que tivemos desde o começo", disse Max. Ele também revelou que "Schizophrenia" foi gravado em um andamento mais acelerado do que o original: "Fomos ver vídeos nossos tocando essas músicas ao vivo e estávamos muito mais rápidos. Achei que seria interessante registrar essa energia."
A escolha dos três álbuns não foi aleatória. Para Max, eles representam o verdadeiro início do Sepultura e a base do som que ajudou a moldar o death e o thrash metal. "Se você quer conhecer as nossas raízes, precisa voltar a esses discos. Estávamos na linha de frente do metal extremo. 'Antichrist' já tinha aquele blastbeat, a famosa batida de metralhadora, e a maneira como o Iggor fez isso era única", explicou. Ele relembrou o contato que tinha com bandas como Death, Mayhem e Morbid Angel na época, trocando fitas e camisas para divulgar o underground.
Além da sonoridade brutal, esses álbuns também marcaram um período de descobertas para a banda. Max riu ao lembrar dos erros de tradução nas primeiras composições em inglês, como "From the Past Comes the Storms", que inicialmente havia sido batizada de "The Past Reborn to the Storm". "Não fazia o menor sentido, mas na época eu não falava inglês. Meu amigo traduzia do português e saíam essas coisas. Era punk rock, cara", brincou.
Com a recente turnê focada nesse material clássico, Max tem revivido a atmosfera dos anos oitenta. "Esse show no Belasco teve uma vibe que me lembrou 1988 ou 89. O público estava insano, o pit estava insano. Se esse é o metal em 2025, então estamos em boas mãos."
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