O único membro do Guns N' Roses que era confiável tratar de negócios, segundo empresário
Por Gustavo Maiato
Postado em 09 de abril de 2025
Alan Niven, ex-empresário do Guns N’ Roses, revelou em entrevista recente que apenas Izzy Stradlin era confiável para conversar sobre assuntos empresariais dentro da banda. Em conversa com o podcast Appetite for Distortion (via Ultimate Guitar), Niven detalhou os bastidores do grupo e apontou que, apesar do talento de todos, só Izzy tinha a cabeça no lugar quando o tema era negócio.
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"O único membro com quem eu podia contar consistentemente para falar sobre negócios era o Izzy", afirmou. "O Duff [McKagan] era um bêbado desconectado, o Slash era... o Slash. Você pode imaginar as coisas em que ele se metia. O Stevie [Adler] não tinha o que contribuir e o Axl normalmente estava trancado em alguma casa, reclamando de alguma coisa."
Niven foi empresário do Guns N’ Roses até 1991, período que abrange o auge da banda, com os lançamentos de "Appetite for Destruction" (1987) e "G N’ R Lies" (1988), além da preparação para "Use Your Illusion". Ele foi demitido por pressão de Axl Rose e substituído por Doug Goldstein.
Durante a entrevista, Niven também lamentou a saída de Steven Adler, em 1990, apontando o episódio como o primeiro grande rompimento dentro do grupo. Embora Adler enfrentasse problemas com drogas e dificuldades técnicas, sua presença, segundo Niven, dava um balanço à banda que jamais foi recuperado.
"Ninguém tocava com o swing dele. Desde que Stevie saiu, Axl nunca mais teve um baterista que realmente soubesse balançar. Todos os outros apenas batem forte. Stevie conseguia fazer a música respirar."
No entanto, foi a saída de Izzy Stradlin, em 1991, que Niven considera o ponto sem volta: "Ao perder Izzy, você perde o Guns N’ Roses. Ele era o principal compositor, tinha um feeling de rock 'n' roll autêntico. Foi um erro grosseiro deixá-lo sair."
Para o ex-empresário, Stradlin reunia características raras: talento musical, responsabilidade e noção de estrutura. Seu afastamento, pouco antes do lançamento de Use Your Illusion I e II, marcou o fim da era clássica da banda. "Ele tinha uma consciência de banda, sabia o que estava fazendo. Era o único com quem dava para sentar e tratar a parte séria do negócio."
A saída de Izzy Stradlin do Guns N’ Roses
Gilby Clarke entrou para o Guns N’ Roses no fim de 1991, após a saída de Izzy Stradlin. Em entrevista ao canal The SDR Show, ele explicou os motivos que, em sua visão, levaram à decisão.
"Izzy estava sóbrio e não gostava mais da direção que a banda tomava. Ele queria manter tudo mais simples, enquanto Axl queria transformar o Guns numa versão moderna dos Rolling Stones, com backing vocals e instrumentos de sopro."
Segundo Gilby, Izzy se incomodava com o excesso de produção e com os rumos grandiosos que o grupo estava tomando. Para ele, o Guns era feito de caras simples, com uma atitude crua e direta — algo que contrastava com a visão de Axl Rose.
Clarke também revelou que sua entrada na banda foi rápida. A vaga de Izzy precisava ser preenchida com urgência e ele acabou escolhido, mesmo antes de receber uma confirmação formal. "Descobri que estava na banda assistindo à MTV. Vi minha foto lá. Depois, Slash me ligou dizendo que eu tinha conseguido o trabalho e que sairíamos em turnê na semana seguinte."
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