Maior ídolo do rock argentino critica esquerda e comenta Milei: "Não gosto, mas entendo"
Por Gustavo Maiato
Postado em 30 de junho de 2025
Maior ídolo do rock argentino, Fito Páez afirmou que não se identifica com o governo Javier Milei, mas reconhece que mudanças eram necessárias na economia do país. "Eu (a Argentina de Milei) a vivo junto aos meus filhos e não gosto, mas entendo que havia processos impostergáveis… e que é um governo eleito a cada quatro anos", disse em entrevista à agência EFE.


Aos 62 anos, o músico disse estar descrente das utopias que marcaram sua juventude e apontou o "fracasso das políticas de esquerda" como motivo central dessa mudança de visão. "Finalmente, as utopias não servem para nada", afirmou. Páez criticou ainda a falta de autocrítica das forças políticas que antecederam Milei. Algumas falas foram traduzidas pela Veja.
Em Madrid para divulgar o álbum "Novela" e iniciar nova turnê pela Espanha, o cantor disse que encontrou nesta fase da história algo "muito estimulante" para sua arte. Ele prepara ainda um ensaio sobre o papel da música no "novo ordenamento mundial" e lamenta a perda de melodia e harmonia na música atual. O artista também anunciou que pretende filmar uma obra baseada em Novela, disco que levou 36 anos para ser concluído e mistura narrativa sonora e cinematográfica.

Quem é Fito Páez
Nascido em Rosário, em 1963, Fito Páez é um dos nomes mais influentes da música argentina e um dos pilares do chamado "rock nacional". Pianista, cantor, compositor e cineasta, construiu uma carreira marcada por lirismo, engajamento político e inovação sonora. Entre seus maiores sucessos estão "11 y 6", "El amor después del amor", "Mariposa Tecknicolor" e "Al lado del camino". O álbum "El amor después del amor" (1992), considerado um clássico, é até hoje um dos discos mais vendidos da história da Argentina.

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps