O curioso motivo que levou Paul Stanley a chamar clássico do Led Zeppelin de "desastre"
Por Gustavo Maiato
Postado em 25 de junho de 2025
Paul Stanley, vocalista do Kiss, causou surpresa em 2014 ao definir o primeiro álbum do Led Zeppelin como um "desastre". A declaração, resgatada por Luke Edley em artigo publicado na Far Out Magazine, pode soar como crítica dura, mas foi, na verdade, um grande elogio.
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Para Stanley, a perfeição técnica vem sufocando a alma da música contemporânea. Ele defendeu que o melhor som não está na precisão milimétrica, mas sim no risco, na falha, no improviso. "A música que eu amava, Motown, era cheia de erros. O primeiro álbum do Zeppelin foi um desastre — é brilhante porque o Jimmy [Page] quase sai dos trilhos o tempo todo. É disso que se trata a música", afirmou.
Lançado em janeiro de 1969, "Led Zeppelin I" foi gravado em apenas 36 horas. Seu impacto imediato veio justamente da urgência e da crueza. Como escreve Edley, o disco "não começa, ele ruge", abrindo com Good Times Bad Times e seus pedais de bumbo rápidos como marteladas de John Bonham. Cada faixa parece um trem prestes a descarrilar.
A sonoridade do primeiro álbum do Led Zeppelin
Jimmy Page, guitarrista e produtor do disco, despejava riffs com energia bruta. De "Dazed and Confused" a "Communication Breakdown", o álbum soa como uma máquina barulhenta em alta velocidade — e isso, segundo Stanley, é a verdadeira essência do rock. "A música é sobre ultrapassar os limites em busca do êxtase", defendeu o líder do Kiss.
Stanley, apesar de representar uma banda conhecida por seu visual exagerado e hits de arena, fez uma defesa apaixonada da espontaneidade. Para ele, o que falta à música atual é justamente o fator humano. "Substituímos a paixão pela perfeição", lamentou. O excesso de autotune e o uso de fórmulas tiram da música a possibilidade de colapso — e, portanto, de emoção real.
Jimmy Page, o suposto "desastre ambulante", sempre defendeu essa abordagem. "Você não pode pensar demais na música. Humor e intensidade não se fabricam. É a espontaneidade que move tudo", disse certa vez. O álbum inaugural da banda foi exatamente isso: um registro explosivo de um momento único.
Segundo Edley, o impacto do "Led Zeppelin I" foi definitivo. O disco não apenas lançou a banda, como redefiniu o que seria o hard rock dali em diante. Sem ele, talvez não existissem "Paranoid", do Black Sabbath, ou "Nevermind", do Nirvana. O ruído, o caos e a ousadia viraram combustível para uma revolução.
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