Por que Raul Seixas achava que o rock and roll morreu no final dos anos 50
Por Mateus Ribeiro
Postado em 04 de junho de 2025
A ideia de que o rock perdeu sua força não é nova — e vive reaparecendo no cenário musical. Um dos nomes mais conhecidos a defender essa visão é Gene Simmons, baixista e vocalista do Kiss. Há mais de uma década, ele declarou que o gênero está morto, opinião que manteve em diversas entrevistas ao longo dos anos.
Mas bem antes disso, Raul Seixas já falava sobre a morte do rock. Ícone da música brasileira, o cantor baiano abordou o tema em uma entrevista à revista Bizz, publicada em janeiro de 1986. Para ele, o estilo havia perdido sua essência ainda nos anos 1950.


"Dizem que se faz rock’n’roll por aí. Para mim, ele morreu em 59. Rock’n’roll era um comportamento, James Dean, todo um momento histórico. Aí veio o caos, quando as indústrias não podiam mais parar de fabricar discos."
Na visão do artista, os anos 1960 marcaram a substituição da rebeldia por modismos fabricados, como o twist e o hully-gully. Ainda assim, ele reconhecia méritos em nomes como Led Zeppelin e elogiou Kid Vinil.

Raul Seixas morreu em 21 de agosto de 1989, mas sua obra continua viva. Canções como "Metamorfose Ambulante" e "Tente Outra Vez" seguem relevantes, assim como suas ideias e o próprio rock and roll.
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