A resposta do Led Zeppelin quando punks o acusaram de serem muito ricos
Por Gustavo Maiato
Postado em 10 de julho de 2025
No fim dos anos 1970, o mundo do rock foi sacudido por um novo movimento: o punk. Com guitarras sujas, três acordes e uma atitude de confronto, bandas como Sex Pistols e The Clash colocaram em xeque os gigantes do rock de estádio — entre eles, o Led Zeppelin. Mas Jimmy Page e Robert Plant não deixaram barato. A reação veio em forma de música: "Wearing and Tearing", a faixa mais agressiva já lançada pelo grupo após a era dourada.
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Em matéria publicada pelo site Far Out Magazine, o jornalista Tim Coffman narra como o Zeppelin, mesmo nos anos finais de sua trajetória, decidiu responder às críticas punk com a mesma linguagem: raiva e velocidade.
"Eu amo Wearing and Tearing, que eu e Page escrevemos juntos. Estávamos tão irritados com esse papo punk de ‘o que esses ricaços sabem?’", contou Robert Plant. "Primeiro: a gente nem tinha tanto dinheiro assim. Segundo: sabíamos mais de psychobilly do que eles."
A faixa, lançada em 1982 na coletânea Coda (mas gravada em 1978 durante as sessões de In Through the Out Door), traz um Led Zeppelin visceral. Guitarras rápidas, vocais ásperos e a bateria esmagadora de John Bonham formam um som que pouco deve aos Sex Pistols — e muito ao rock cru dos primórdios.
"Embora a música não seja das mais pesadas do grupo, ela tem algo que o punk não conseguia: groove", escreveu Coffman. "Bonham impõe uma força que bateristas como Paul Cook ou Topper Headon não alcançavam."
A crítica punk à pompa e ao luxo do rock clássico mexeu com os gigantes. Para os punks, nomes como Led Zeppelin representavam o excesso, o distanciamento da rua. Mas, como lembra a reportagem, poucos se lembram que Page e Plant haviam começado tocando blues em porões esfumaçados e palcos improvisados. A energia de "Since I’ve Been Loving You" em versões ao vivo, por exemplo, rivaliza com a urgência do punk em qualquer clube londrino.
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