O gênero que David Gilmour disse não ter importância alguma: "coisa típica da adolescência"
Por Bruce William
Postado em 02 de julho de 2025
David Gilmour sempre evitou ser encaixado dentro de rótulos. Mesmo com o Pink Floyd sendo constantemente associado ao rock progressivo, ele nunca se sentiu confortável com essa classificação. "Eu odeio essa palavra", disse certa vez, deixando claro que o termo soava mais como uma limitação do que como um elogio. Seu critério artístico passa longe de convenções ou expectativas, e também não leva em conta a aprovação do público. "Não considero a opinião do público, porque isso é a morte da arte, se você quer saber", chegou a afirmar ao LA Times.
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Essa independência de pensamento não aparece só no discurso. Ao longo da carreira, Gilmour preferiu investir em projetos que fizessem sentido pessoal, mesmo que contrariassem tendências ou o gosto da época. Essa postura também se reflete em sua visão crítica sobre determinados gêneros musicais, como o punk, que surgiu no fim dos anos 1970 com o objetivo declarado de demolir estruturas como a do próprio Pink Floyd. Mas, para Gilmour, toda aquela rebeldia pouco significava.

Ao comentar o impacto do punk, Gilmour foi direto: "Achei [o punk] bem animado quando surgiu", reconheceu, conforme matéria pulicada na Far Out. Em seguida, completou: "Não achei que teve uma importância particularmente duradoura." A declaração vai de encontro com a opinião de muitos críticos e fãs, que atribuem ao movimento um papel central na ruptura cultural e no surgimento de novas cenas musicais. Mas Gilmour parece enxergar apenas uma repetição de atitudes que ele já havia visto antes, e com menos barulho, talvez, mas com o mesmo espírito juvenil.
Ele reforçou sua opinião com certa ironia: "Não foi a primeira vez que isso aconteceu, aliás. Digo, pessoas sendo incrivelmente rudes, tocando música incrivelmente mal e sendo incrivelmente desagradáveis sempre foi uma coisa típica da adolescência."

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