Klaus Meine explica porque a "música do assobio" do Scorpions continua importante até hoje
Por Bruce William
Postado em 18 de outubro de 2025
Klaus Meine abriu o coração em um novo vídeo ao revisitar "Wind of Change", falando desde quando a banda teve a primeira ideia ao legado que a canção carrega mais de três décadas depois. Ele recorda a primeira turnê em Leningrado (São Petersburgo), em abril de 1988, quando o Scorpions realizou dez shows na então URSS: "Nossos pais vieram com tanques; nós chegamos com guitarras. Trazíamos amor, música. Não estávamos ali para atirar uns nos outros - queríamos cantar juntos", disse o vocalista, em transcrição feita pelo Blabbermouth.
Um ano depois veio o Moscow Music Peace Festival (1989). "Estava óbvio: havia um homem no Kremlin, Mikhail Gorbachev, e uma grande mudança no ar", lembra Meine. A cena foi tão marcante quanto simbólica: "Entramos como loucos com 'Blackout'... os fãs cantavam, e até os seguranças - soldados do Exército Vermelho - jogavam seus quepes para o alto. Eles deveriam fazer a segurança, mas viraram para o palco: não queriam perder nada."

De volta para casa, Klaus transformou aquela sequência de experiências em música. "O mundo mudava diante dos nossos olhos. Entre 1988 e 1989, dava para sentir um novo momento, um futuro mais pacífico. Era disso que a canção tratava, e acabou se tornando um hino de paz."
O vocalista ressalta que o impacto atravessou gerações: "Depois de 30 anos - até mais - a música tem mais de um bilhão de visualizações no YouTube. Em tempos difíceis como agora, ela parece ainda mais relevante, sobretudo para os mais jovens, que cantam com muita emoção. Pessoas choram. Mostra que a mensagem continua forte. Esperamos que a janela para um mundo pacífico volte a se abrir, e que o vento mude mais uma vez."
Segundo Meine, "Wind of Change" foi composta após o Festival de Moscou, inspirada tanto pela estreia soviética em 1988 - quando o Scorpions se tornou a primeira grande banda de hard rock a tocar na Rússia - quanto pela catarse de 1989, dividindo o palco com nomes como Bon Jovi e Mötley Crüe. O resto é história: uma balada escrita em meio à perestroika que, décadas depois, segue ecoando como mensagem de esperança.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Guns N' Roses fará 9 shows no Brasil em 2026; confira datas e locais
O grupo psicodélico que cativou Plant; "Uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos"
Angra "deixa escapar" que Alírio Netto faz parte de sua formação atual
Billboard Brasil confirma que Alírio Netto é o novo vocalista do Angra
Guns N' Roses anuncia lançamento dos singles "Nothin" e "Atlas" para 2 de dezembro
O que pode ter motivado a saída abrupta de Fabio Lione do Angra?
A maior canção já escrita de todos os tempos, segundo o lendário Bob Dylan
Poucas horas após deixar o Arch Enemy, Alissa White-Gluz lança primeira música de álbum solo
O cara que canta muito, mas Malcolm Young disse que jamais poderia entrar no AC/DC
Arch Enemy anuncia a saída da vocalista Alissa White-Gluz
James Hetfield não ficou feliz com o visual adotado pelo Metallica nos anos 90
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Baterista Mikkey Dee (Scorpions, Motörhead) fará turnê tocando Kiss com orquestra
Klaus Meine explica porque a "música do assobio" do Scorpions continua importante até hoje
O guitarrista que poucos dão atenção, mas James Hetfield chamou de "o melhor" na guitarra base
7 bandas que voltaram atrás menos de 5 anos depois da despedida
Scorpions: As 20 melhores canções com temática romântica
Farofa?: 7 bandas estigmatizadas pelo rótulo de "hard farofa"


