O disco do Deep Purple que Ritchie Blackmore gostaria de apagar da história
Por Bruce William
Postado em 08 de outubro de 2025
Durante os anos 1970, Ritchie Blackmore ajudou a criar o som do hard rock com seus riffs intensos e duelos de guitarra e órgão ao lado de Jon Lord. Foi nessa época que o Deep Purple lançou uma sequência de discos fundamentais para o gênero, incluindo "Machine Head" (1972), que trouxe "Smoke on the Water" e levou a banda ao topo das paradas britânicas.
Mas o período seguinte marcou o início do desgaste. Depois da saída de Ian Gillan e Roger Glover, a entrada de David Coverdale e Glenn Hughes direcionou o grupo para um som mais funk, algo que Blackmore detestava. Em 1975, ele saiu para formar o Rainbow, abrindo caminho para a parceria lendária com Ronnie James Dio. Voltaria anos depois, em 1984, para o álbum "Perfect Strangers", mas deixaria o grupo novamente após "The Battle Rages On..." (1993).

Em entrevista ao The Quietus, em 2017 (via Far Out), o guitarrista admitiu que sempre teve uma relação ambígua com os discos do Deep Purple, inclusive com os da chamada "fase clássica". Embora tenha elogiado "Deep Purple in Rock" (1970), o primeiro com a formação Mark II, teceu comentários negativos sobre os seguintes: "O próximo, 'Fireball', eu odiei. E 'Who Do We Think We Are' foi provavelmente um dos piores discos para mim, porque eu realmente não tinha ideias. Estávamos sendo muito pressionados, em turnê o tempo todo e, quando não estávamos na estrada, estávamos doentes. Mesmo assim, esperavam que entrássemos em estúdio três vezes por ano para cumprir contrato com a gravadora."
Lançado em 1973, "Who Do We Think We Are" foi gravado com o estúdio móvel dos Rolling Stones e ainda conseguiu boas posições nas paradas, além de render o clássico "Woman from Tokyo". Mas a realidade interna era de exaustão e conflito. Ian Gillan chegou a admitir: "Tínhamos acabado de sair de 18 meses de turnê e todos tivemos problemas de saúde em algum momento. Se tivéssemos bons empresários, eles teriam dito: 'Parem. Tirem três meses de férias. Não quero que toquem em nada.' Mas nos forçaram a terminar o disco no prazo. Deveríamos ter parado. Acho que, se tivéssemos feito isso, o Deep Purple existiria até hoje."
O álbum acabou marcando o fim de uma fase e abrindo caminho para novos rumos. Gillan sairia em carreira solo pouco depois, enquanto Blackmore mergulhava no sucesso do Rainbow, deixando para trás o disco que, até hoje, ele preferia apagar da história.
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