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Grave Digger

O show do Kiss que mudou a vida de Mike Portnoy em 1977

Por
Postado em 02 de outubro de 2025

Em entrevista ao Pipeman Radio, Mike Portnoy recordou o momento em que decidiu que gostaria de ser um músico. Como muitos adolescentes nos anos 1970, a inspiração surgiu através de um quarteto maquiado e fantasiado que era muito criticado pela mídia, mas adorado pelos fãs.

"Bem, provavelmente foi ver o Kiss no Madison Square Garden em 1977, na turnê 'Alive II'. Eu tinha apenas 10 anos, mas estar naquela plateia, antes mesmo do show começar, e ver o grande logotipo da banda piscando, seja lá como você chame isso, o cenário, vê-lo apagado na arena, sentir o cheiro da fumaça da maconha no ar, a emoção das luzes se apagando e ouvir: 'Você queria o melhor, você conseguiu o melhor. A banda mais quente do mundo - KISS', só aquela emoção, as bombas explodindo e a pirotecnia, e foi isso. Daquele momento em diante, eu soube que era isso que tinha que fazer."

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Foto: Century Media - Sony - Hristo Shindov
Foto: Century Media - Sony - Hristo Shindov

Depois que o entrevistador observou que a arte da capa do primeiro álbum do Kiss foi o que o trouxe até onde ele está agora, Portnoy disse: "É muito engraçado, porque aquela capa é tão icônica, mas, pensando bem, é apenas uma versão atualizada da capa do 'Meet The Beatles', dos Beatles. Então foi como pegar a mesma imagem e levá-la para uma nova geração, uma década depois."

Destacando alguns outros paralelos entre os Beatles e o Kiss, Portnoy acrescentou: "Paul Stanley é o personagem Paul McCartney. Gene Simmons era o personagem John Lennon. Ace Frehley era o personagem George Harrison. Eles se alinham. Você tinha quatro caras que cantavam, criavam e contribuíam. Quando os Beatles surgiram, foi a primeira vez que houve uma banda com quatro personagens. Até então, você só tinha Elvis Presleys ou Chuck Berrys, mas quando os Beatles surgiram, você finalmente tinha quatro personagens distintos. E foi o mesmo com o Kiss - você tinha quatro personagens e todos eles estavam trazendo algo à imagem da banda."

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A mencionada turnê de "Alive II" representou o auge de popularidade do Kiss. Logo a seguir, a formação original passaria pelos primeiros atritos que levariam ao seu fim, com uma reunião ocorrendo apenas duas décadas depois. Porém, as rusgas e comportamentos errantes permaneciam. Assim, a volta durou pouco tempo, embora tenha ajudado a recolocar a banda nos holofotes.

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Sobre João Renato Alves

Nascido em 1983, jornalista graduado e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.
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