A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Por Bruce William
Postado em 04 de novembro de 2025
Dio nunca foi exatamente um cara de "banda fixa". Mesmo no projeto solo, muita coisa girava em torno do que ele queria cantar e contar. Lá atrás, ele já vinha de experiências intensas, aprendeu a lidar com pressão de estúdio, turnê interminável e tudo o que vem no pacote. Com o tempo, decidiu que não engoliria mais certas dinâmicas.
No Black Sabbath, encarou altos e baixos, gravou discos fortes e também acumulou atritos. Ainda assim, deu para juntar as peças mais de uma vez, inclusive quando a formação adotou o nome Heaven & Hell nos anos 2000 e lançou "The Devil You Know". Ou seja: portas fechadas não eram exatamente o problema.

O ponto de corte, para ele, vinha de outro lugar: o passado no Rainbow. O período com Ritchie Blackmore rendeu clássicos e moldou a voz que o mundo conheceria em definitivo. Mas a página virou de vez quando a banda tomou um caminho que, para Dio, não tinha nada a ver com aquilo que o fez entrar no jogo.
Ele não deixou pedra sobre pedra ao explicar por que nunca quis voltar, relembra a Rock And Roll Garage: "Quando a banda que eu comecei passou a fazer músicas como 'I Surrender' e 'Since You Been Gone', dali em diante não fazia mais sentido pra mim. Não era a banda em que eu estava. Não era a banda que eu comecei com o Ritchie. Então eu perdi todo o cuidado com aquilo. Ele era apenas um homem cruel, uma pessoa cruel. Ele fez tantas coisas horríveis."
A leitura dele era simples: o Rainbow pós-Dio tinha virado outra coisa. Enquanto ele pensava em peças longas, peso e clima épico, o grupo se aproximou de um pop mais radiofônico. Podia funcionar para o público e para outros vocalistas, mas, para ele, não fechava com a história que viveu lá no início.
Isso não apaga o que foi feito. "Long Live Rock 'n' Roll" segue de pé no altar do heavy tradicional, e a fase com Blackmore ajudou a forjar o cantor que depois brilharia no Sabbath e no Heaven & Hell. Só que, para Dio, reconciliação não é obrigação: quando o rumo e a relação azedam, cada um segue.
Em resumo: portas abertas quando havia música e respeito (como no Sabbath/Heaven & Hell), e porta trancada quando o caminho e o trato pessoal desandaram (como no Rainbow). É direto: não é questão de nostalgia, é de princípio.
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