Lô Borges, um dos fundadores do Clube da Esquina, morre aos 73 anos
Por Gustavo Maiato
Postado em 03 de novembro de 2025
A música brasileira perdeu nesta segunda-feira (3) um de seus nomes mais influentes. Lô Borges, cantor, compositor e um dos fundadores do lendário Clube da Esquina, morreu aos 73 anos em Belo Horizonte (MG). A informação foi confirmada pela família do artista.
Lô estava internado na UTI desde o dia 17 de outubro, após sofrer uma intoxicação por medicamentos. O quadro exigiu ventilação mecânica e, posteriormente, uma traqueostomia, realizada no dia 25. Desde então, o músico permanecia em observação.

Mineiro de nascimento e de alma, Salomão Borges Filho cresceu rodeado por música no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte - reduto boêmio que se tornaria o berço de um dos movimentos mais marcantes da MPB. Lá, ainda criança, conheceu Milton Nascimento, que se tornaria seu grande parceiro artístico. "Sentei na escadaria e dei de cara com um carinha tocando violão - era o Bituca. Ele perguntou: 'Você gosta de música, né, menino?'", relembrou Lô em entrevista ao Conversa com Bial, em 2023. A transcrição é do G1.
Foi nas esquinas do bairro - especialmente entre as ruas Divinópolis e Paraisópolis - que Lô, Milton e outros jovens mineiros, como Beto Guedes, Tavito, Toninho Horta e Fernando Brant, começaram a compor canções que redefiniriam a sonoridade brasileira. Dessa convivência nasceu o álbum "Clube da Esquina" (1972), obra-prima que uniu rock, jazz, bossa nova e música regional em um caldeirão de liberdade criativa. O disco é frequentemente citado como o maior da história da música brasileira e, segundo a revista norte-americana Paste Magazine, figura entre os 10 melhores do mundo.
No mesmo ano, Lô lançou seu primeiro disco solo, o hoje cultuado "Disco do Tênis", uma das pérolas do rock mineiro e da psicodelia nacional. Canções como "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo", "O Trem Azul" e "Paisagem da Janela" se tornaram clássicos atemporais - hinos de uma geração que aprendeu a sonhar com as harmonias doces e melancólicas de Lô.
Após o sucesso repentino, o músico se afastou dos holofotes, vivendo um período de recolhimento em Arembepe (BA). Retornou em 1978 com o álbum "Via Láctea", seguido de "Sonho Real" (1984), que marcou sua primeira turnê nacional. Na virada dos anos 2000, voltou a brilhar ao lado de Samuel Rosa, do Skank, na parceria "Dois Rios".
Mesmo após cinco décadas de carreira, Lô Borges manteve um olhar inquieto e criativo. Desde 2019, vinha lançando um álbum inédito por ano, reafirmando sua vitalidade artística. O último trabalho, "Céu de Giz", foi lançado em agosto de 2025 em parceria com Zeca Baleiro.
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