Metal: dez álbuns dos anos 90 que todos deveriam ouvir ao menos uma vez - Parte 1
Por Mateus Ribeiro
Postado em 11 de julho de 2021
Os anos 1990 despertam muita nostalgia em algumas pessoas, principalmente nas que já passaram dos 30 anos de idade (grupo no qual este redator se encaixa). Apesar de toda a "hype" (em algumas vezes, irritante) que existe em torno dos anos 1990, é inegável que muita coisa boa aconteceu no referido período.
Melhores e Maiores - Mais Listas
O nosso querido e amado heavy metal também viveu grandes momentos nos anos 1990. Várias bandas (algumas lendárias e outras que estavam dando os primeiros passos), das mais variadas vertentes, lançaram trabalhos que se tornaram clássicos da música pesada e até hoje fazem a cabeça de marmanjos metaleiros espalhados pelo mundo.
A lista a seguir apresenta uma dezena desses álbuns, que foram lançados nos anos 1990 e deveriam ser ouvidos ao menos uma vez na vida, com uma música representando cada um dos trabalhos mencionados. Aperte o play e boa diversão!
"Left Hand Path" – Entombed: clássico absoluto do death metal sueco, o trabalho de estreia do Entombed é um item obrigatório na coleção de todas as pessoas que gostam de música extrema. As guitarras sujas, a bateria veloz e o baixo marcante são o cenário perfeito para a voz do grande Lars-Göran Petrov, que canta como se fosse um urso desesperado por comida.
Além de ser pesado, agressivo e assustador, "Left Hand Path" chama a atenção por outro motivo: na época que o disco foi lançado, o guitarrista Uffe Cederlund era o integrante mais velho da banda, com 18 anos e 7 meses. O também guitarrista Alex Hellid, membro mais novo, havia completado 17 anos semanas antes do lançamento.
Data de lançamento: 4 de junho de 1990
Formação: Lars-Göran Petrov (vocal), Uffe Cederlund (guitarra/baixo), Alex Hellid (guitarra) e Nicke Andersson (bateria/baixo)
"Cowboys From Hell" – Pantera: o disco que mudou para sempre a história de uma das maiores (e mais polêmicas) bandas da história do heavy metal.
Após anos fazendo um som próximo do glam metal, os quatro rapazes resolveram enfiar o pé em tudo, com um álbum agressivo, rápido e técnico. "Cowboys From Hell" é um clássico absoluto da pancadaria, que mistura elementos do heavy e do thrash metal, sob a liderança dos afiados (e saudosos) irmãos Dimebag Darrell e Vinnie Paul.
Data de lançamento: 24 de julho de 1990
Formação: Phil Anselmo (vocal), Dimebag Darrell (guitarra), Rex Brown (baixo) e Vinnie Paul (bateria)
"Painkiller" – Judas Priest: somente uma banda gigantesca e lendária como o Judas Priest poderia lançar o seu maior trabalho após quase 20 anos de carreira.
O décimo segundo álbum do Judas Priest é carregado de raiva, melodia e agressividade, como pode ser notado na música que dá nome ao disco. Aliás, não há um ser humano fã de metal que não conheça a matadora introdução da faixa título, que mostra todo o talento do baterista estreante Scott Travis.
Se algum dia você encontrar um ser de outro planeta e ele perguntar o que significa heavy metal, não hesite: apresente "Painkiller", o disco mais metal de todos os tempos.
Data de lançamento: 3 de setembro de 1990
Formação: Rob Halford (vocal), K.K. Downing (guitarra), Glenn Tipton (guitarra), Ian Hill (baixo) e Scott Travis (bateria)
"Rust In Peace" – Megadeth: o quarto disco de estúdio da banda capitaneada por Dave Mustaine é uma das maiores obras da história do thrash metal e marca a estreia de uma formação inesquecível.
Do início ao fim, "Rust In Peace" despeja velocidade, melodia, técnica e muito entrosamento entre os integrantes, que ainda gravariam mais trabalhos inesquecíveis. Um disco memorável, que colocou o Megadeth no lugar que a banda está até hoje: a prateleira das lendas vivas do metal.
Data de lançamento: 24 de setembro de 1990
Formação: Dave Mustaine (guitarra/vocal), David Ellefson (baixo), Marty Friedman (guitarra) e Nick Menza (bateria)
"Arise" – Sepultura: um dos maiores discos da história do metal brasileiro, "Arise" mostra o Sepultura mais afiado do que nunca e vivendo a sua melhor fase.
Através de músicas marcantes como a faixa-título, "Dead Embryonic Cells", "Desperate Cry", "Altered State" e "Meaningless Movements", o Sepultura provou que estava pronto para conquistar o mundo. "Arise" apresenta algumas inovações em seu som e abriu caminho para a sonoridade moderna apresentada nos trabalhos seguintes.
Data de lançamento: 25 de março de 1991
Formação: Max Cavalera (guitarra/vocal), Andreas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo) e Igor Cavalera (bateria)
"Metallica" – Metallica: para um disco ser batizado com o nome da própria banda, esse trabalho deve ser muito bom. Definitivamente, o quinto álbum do Metallica é excelente e sem dúvidas, é um dos maiores registros da história do heavy metal.
"Black Album" ("apelido" do disco, por conta de sua capa toda preta) colocou a banda liderada por James Hetfield e Lars Ulrich no topo do mundo e fez até mesmo quem não sabia o que era metal começar a se interessar pelo estilo. Músicas como "Enter Sandman", "Sad But True", "The Unforgiven", "Nothing Else Matters" e "Wherever I May Roam" marcaram época e continuam presentes nos shows do Metallica até hoje.
Trinta anos após o seu lançamento, "Metallica" continua sendo um sucesso gigantesco. Prova disso é o seu relançamento, marcado para o dia 10 de setembro.
[an error occurred while processing this directive]Data de lançamento: 12 de agosto de 1991
Formação: James Hetfield (guitarra/vocal), Kirk Hammett (guitarra), Jason Newsted (baixo) e Lars Ulrich (bateria)
"Fear Of The Dark" – Iron Maiden: o nono disco de estúdio do Iron Maiden marca o fim de uma era, já que encerra a primeira passagem do vocalista Bruce Dickinson.
Além da sua faixa-título, que até aquele seu camarada que usa sapatênis conhece, "Fear Of The Dark" apresenta outros grandes momentos, como "Be Quick Or Be Dead", "From Here To Eternity", "Afraid To Shoot Strangers", "Wasting Love" e duas das músicas mais subestimadas da banda: "Childhood's End" e "Judas Be My Guide".
No final das contas, "Fear Of The Dark" é uma despedida digna, que vai muito além da música que batiza o disco.
Data de lançamento: 11 de maio de 1992
Formação: Bruce Dickinson (vocal), Dave Murray (guitarra), Janick Gers (guitarra), Steve Harris (baixo) e Nicko McBrain (bateria)
"Images And Words" – Dream Theater: o segundo disco de estúdio do quinteto é um dos maiores clássicos do metal progressivo e até hoje, é considerado o melhor trabalho da banda norte-americana.
[an error occurred while processing this directive]É claro que em "Images And Words" a técnica absurda dos músicos envolvidos é o ponto principal. Porém, ao contrário do que alguns mais leigos pensam, não se trata de um disco apenas para quem já é iniciado no estilo (que de fato, não é muito fácil de ser assimilado).
As clássicas "Pull Me Under", "Another Day" (uma das baladas mais bonitas já escritas por uma banda de metal) e "Metropolis – Part I: The Miracle And The Sleeper" fazem de "Images And Words" uma bela "porta de entrada" para quem não gosta de metal progressivo. Já para os fãs do estilo, o disco é uma obra que deve ser cultuada por todo o sempre.
Data de lançamento: 7 de julho de 1992
Formação: James LaBrie (vocal), John Petrucci (guitarra), John Myung (baixo), Mike Portnoy (bateria) e Kevin Moore (teclado)
"Burn My Eyes" – Machine Head: nos anos 1980, a Califórnia foi berço de algumas das maiores bandas de thrash metal de todos os tempos. Na década seguinte, o estado viu nascer um grupo que fazia um som violento e agressivo, que soava como uma progressão do estilo. Essa banda atende pelo nome de Machine Head.
O debut do quarteto norte-americano é um verdadeiro soco na cara, como pode ser notado logo nos primeiros segundos da caótica "Davidian", que abre o trabalho e é o maior hit da banda até hoje. Ao longo de suas 11 faixas, "Burn My Eyes" é o puro creme do ódio, que pode ser experimentado em cacetadas do calibre de "Old", "A Thousand Lies", "Death Church" e "Blood For Blood".
Data de lançamento: 9 de agosto de 1994
Formação: Robb Flynn (guitarra/vocal), Logan Mader (guitarra), Adam Duce (baixo) e Chris Kontos (bateria)
"Slaughter Of The Soul" – At The Gates: o disco definitivo da maior banda de melodic death metal da história. Esta é a descrição perfeita para o quarto trabalho de estúdio do At The Gates.
"Slaughter Of The Soul" mistura a agressividade do metal extremo com a melodia do heavy metal tradicional. A junção, que não era muito comum na época, rendeu grandes músicas, como "Blinded By Fear", "Cold", "Suicide Nation", "World Of Lies" e obviamente, a faixa-título.
Curiosamente, algum tempo depois de lançar seu disco mais famoso, o At The Gates encerrou as atividades por mais de uma década. Para a felicidade dos fãs da banda, o quinteto retornou e continua na ativa até hoje.
Data de lançamento: 14 de novembro de 1995
Formação: Tomas Lindberg (vocal), Anders Björler (guitarra), Martin Larsson (guitarra), Jonas Björler (baixo) e Adrian Erlandsson (bateria)
Para ouvir a playlist com as músicas acima via Spotify, acesse o player a seguir.
Álbuns dos anos 90 que todos deveriam ouvir ao menos uma vez
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