Metal: dez álbuns dos anos 90 que todos deveriam ouvir ao menos uma vez - Parte 2
Por Mateus Ribeiro
Postado em 16 de setembro de 2021
Existem ótimos discos que foram lançados por bandas de heavy metal nos anos 1990. Alguns destes trabalhos, essenciais na vida de qualquer headbanger que tenham o mínimo de vergonha na cara, podem ser encontrados na matéria a seguir, redigida por este rapaz que vos escreve.
Melhores e Maiores - Mais Listas
É claro que não há apenas dez álbuns "noventistas" de heavy metal que são marcantes e inesquecíveis. Desta forma, foi necessária a criação da segunda parte da lista, que você pode conferir abaixo.
Sem tempo para mais conversa fiada, aperte o play e confira mais uma dezena de discos lançados nos anos 1990 que todos deveriam ouvir pelo menos uma vez na vida.
"Empire" – Queensryche: em 1988, o Queensryche havia lançado o seminal "Operation: Mindcrime", um dos maiores discos conceituais da história do metal. O próximo lançamento teria a difícil missão de manter o alto nível de seu antecessor.
"Empire" manteve a qualidade apresentada em "Operation: Mindcrime" e emplacou o maior hit da banda até os dias de hoje, a balada "Silent Lucidity". A faixa-título, "Best I Can", "Jet City Woman" e "Another Rainy Night (Without You)" são outras músicas que provam porque o Queensryche é um dos nomes mais emblemáticos do metal progressivo.
Data de lançamento: 4 de setembro de 1990
Formação: Geoff Tate (vocal), Michael Wilton (guitarra), Chris DeGarmo (guitarra/teclado), Eddie Jackson (baixo) e Scott Rockenfield (bateria)
"Symbol Of Salvation" – Armored Saint: a banda norte-americana Armored Saint faz heavy metal de primeira qualidade, sem exageros ou modismos, como pode ser conferido em seu quarto disco de estúdio.
"Symbol Of Salvation" é o álbum que apresenta os dois maiores sucessos do Armored Saint, as excelentes "Reign Of Fire" e "Last Train Home". Esta última música, aliás, é uma espécie de tributo ao guitarrista Dave Prichard, que faleceu em 1990. O álbum conta com outras grandes composições, como "Dropping Like Flies", "Another Day" e "Warzone".
Todos os músicos desempenharam muito bem seus papéis, inclusive o vocalista John Bush, que aparecerá novamente nesta lista.
Data de lançamento: 14 de maio de 1991
Formação: John Bush (vocal), Jeff Duncan (guitarra), Phil Sandoval (guitarra), Joey Vera (baixo) e Gonzo Sandoval (bateria)
"No More Tears" – Ozzy Osbourne: ao longo de sua gloriosa carreira solo, o Madman lançou grandes discos e o sexto trabalho de estúdio figura entre os melhores de sua discografia. Contando com a presença de ótimos músicos, incluindo Lemmy Kilmister (que participou da criação de quatro faixas), Ozzy lançou um trabalho incrível, repleto de grandes momentos.
Um disco que possui músicas poderosas como a faixa-título, "Mr. Tinkertrain", "I Don't Want To Change The World" (que por sinal, venceu o Grammy em 1994, na categoria "Best Metal Performance"), "Mama, I'm Coming Home", "Desire" e "Hellraiser" só pode receber um título: clássico absoluto.
Data de lançamento: 17 de setembro de 1991
Formação: Ozzy Osbourne (vocal), Zakk Wylde (guitarra), Bob Daisley (baixo), Randy Castillo (bateria) e John Sinclair (teclado)
"Human" – Death: o quarto disco de estúdio da banda liderada pelo genial Chuck Schuldiner é extremamente técnico. O peso dos primeiros trabalhos ainda se faz presente, porém, de forma mais lapidada e menos "grosseira".
Com o lançamento de "Human", o Death começou a tornar popular o que ficou conhecido como death metal técnico. A complexa mistura de música extrema com metal progressivo rendeu ótimos resultados, que podem ser conferidos em "Flattening Of Emotions", "Suicide Machine" e na formidável "Lack Of Comprehension", uma das melhores composições do saudoso Chuck.
Data de lançamento: 22 de outubro de 1991
Formação: Chuck Schuldiner (guitarra/vocal), Paul Masvidal (guitarra), Steve DiGiorgio (baixo) e Sean Reinert (bateria)
Dehumanizer – Black Sabbath: dez anos após saírem da "firma" de Tonny Iommi, o vocalista Ronnie James Dio e o baterista Vinny Appice voltaram para a maior banda de heavy metal da história.
O retorno da dupla foi breve, mas durou tempo suficiente para o Black Sabbath lançar um de seus discos mais pesados e sombrios. Músicas como "Buried Alive", "TV Crimes", "Master Of Insanity", "I" e "Computer God" mostraram que mesmo após quase 25 anos de carreira, o Sabbath estava mais vivo e furioso do que nunca.
Data de lançamento: 22 de junho de 1992
Formação: Ronnie James Dio (vocal), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Vinny Appice (bateria)
"Evolution" – Viper: em seu terceiro disco de estúdio, o Viper efetivou o baixista/compositor Pit Passarell como vocalista, substituindo Andre Matos. O baterista Renato Graccia também entrou para o quarteto. Além da formação, a banda também mudou o seu som, que ficou mais direto, com influências de rock and roll e punk rock.
A aposta do Viper em um novo direcionamento sonoro se mostrou acertada e rendeu ótimas músicas, com destaque para "Coming From Inside", a faixa-título, "Dead Light" e o hino "Rebel Maniac". Outra composição que merece destaque é a balada "The Spreading Soul", que anos depois, ganhou uma versão regravada com os vocais de Andre Matos.
"Evolution" é um dos maiores clássicos do metal nacional e mostra todo o poder de fogo do Viper, banda que merece todo nosso respeito e admiração.
Data de lançamento: 1992 (a data exata é um mistério)
Formação: Pit Passarell (baixo/vocal), Yves Passarell (guitarra), Felipe Machado (guitarra) e Renato Graccia (bateria)
"Sound Of White Noise" – Anthrax: o primeiro disco do Anthrax com o vocalista John Bush é um dos melhores trabalhos da banda nova-iorquina. A troca no posto de vocalista fez muito bem para o grupo, que começou a apostar em uma sonoridade mais moderna, com toques de groove metal.
A "nova fase" do Anthrax começou da melhor maneira possível com "Sound Of White Noise", disco que entre outras maravilhas, apresentou ao mundo a clássica "Only", que é uma das músicas mais empolgantes e grudentas já gravadas por uma banda de metal.
O sexto disco de estúdio do quinteto conta com outras joias valiosas, com destaque para "Potters Field", "Room For One More", "Packaged Rebbelion", "Hy Pro Glo", "Black Lodge" e a ótima versão para "Cowboy Song", do Thin Lizzy.
Data de lançamento: 25 de maio de 1993
Formação: John Bush (vocal), Scott Ian (guitarra), Dan Spitz (guitarra), Frank Bello (baixo) e Charlie Benante (bateria)
"Angels Cry" – Angra: o disco de estreia do Angra é uma obra-prima do heavy metal e deve ser ouvido por todos os fãs de música pesada, principalmente os que simpatizam com o metal progressivo e o power metal. "Angels Cry" é uma aula de como se fazer música misturando classe, técnica, peso, velocidade.
[an error occurred while processing this directive]Mesmo que você não conheça o trabalho magnífico do Angra, provavelmente já ouviu "Carry On", música que já vale o disco e é um dos maiores clássicos do metal brasileiro. Ao longo de suas dez faixas, "Angels Cry" apresenta outras composições de respeito: a faixa que dá nome ao disco, "Time", "Streets Of Tomorrow", "Evil Warning" e a linda releitura de "Wuthering Heights", gravada originalmente por Kate Bush.
Clássico dos clássicos, que merece todos os elogios que recebe até hoje.
Data de lançamento: 3 de novembro de 1993
Formação: Andre Matos (vocal), Rafael Bittencourt (guitarra), Kiko Loureiro (guitarra), Luis Mariutti (baixo) e Alex Holzwarth (bateria)
"Draconian Times" – Paradise Lost: o melhor trabalho do Paradise Lost é o disco que melhor resume a carreira da banda inglesa. "Draconian Times" deixa um pouco de lado o peso dos primeiros trabalhos, que foi substituído por ótimas melodias.
"Draconian Times" faz o ouvinte viajar do início ao fim, através de faixas que se alternam entre a empolgação ("Hallowed Land", "The Last Time" e "Once Solemn"), a angústia e o desespero ("Enchantment" e "Forever Failure").
Se você não conhece o trabalho do Paradise Lost, "Draconian Times" é um ótimo começo. Vá sem medo de ser feliz.
Data de lançamento: 12 de junho de 1995
Formação: Nick Holmes (vocal), Greg Mackintosh (guitarra), Aaron Aedy (guitarra), Steve Edmondson (baixo) e Lee Morris (bateria)
"Demanufacture" – Fear Factory": o segundo registro de estúdio lançado pelo Fear Factory fez com que a banda se tornasse um dos maiores nomes da sua geração.
"Demanufacture" é o manual de instruções do estilo que ficou conhecido como metal industrial. As bases de guitarra absurdamente pesadas e agressivas criadas por Dino Cazares combinaram muito bem com os vocais versáteis de Burton C. Bell.
Técnico, moderno, pesado, rápido e assustador são alguns dos termos que definem "Demanufacture". Duvida? Então ouça "Zero Signal", "Replica", "Self Bias Resistor", a faixa-título, "Body Hammer" e tire suas próprias conclusões.
Data de lançamento: 16 de junho de 1995
Formação: Burton C. Bell (vocal/teclado), Dino Cazares (guitarra/baixo) e Raymond Herrera (bateria)
Para ouvir todas as músicas via Spotify, acesse o player a seguir. Boa diversão.
Álbuns dos anos 90 que todos deveriam ouvir ao menos uma vez
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