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Resenha - Vida - Keith Richards

Por Mário Orestes Silva
Postado em 21 de outubro de 2014

Considerado justamente como um sobrevivente de toda luxúria, que a carreira do rock and roll pode oferecer, Keith Richards não é apenas o guitarrista fundador dos Rolling Stones, mas também um mito, um ícone, uma lenda que caminha a passos firmes, deixando o rastro de seu legado como músico inspirador de gerações inteiras. Em sua autobiografia, intitulada simplesmente de "Vida", expõe com muita honestidade, os vícios, as mulheres, as brigas, a infância, as prisões, bastidores e muito mais num linguajar acessível e digno de quem conhece o mundo da música, vive seu deleite e sabe muito bem o que está falando.

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Com o auxílio de um ghost writer, o jornalista James Fox, Keith discorre toda sua história que começa na infância pobre com as brigas de escola; contato pelo rádio com os primeiros nomes do rock, como Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Fats Domino, dentre outros; o começo da amizade com Mick Jagger, quando ambos conversavam sobre os poucos discos que tinham acesso; os primeiros shows dos Stones, onde ainda não ganhavam dinheiro e por muitas vezes não tinham nem o que comer; a inspiração forçada por um amigo produtor para que a dupla começasse a compor material próprio, em vez de ficar tocando apenas as covers de seus ídolos; making of de praticamente todos os discos, incluindo o lendário processo do magnífico álbum duplo de 1972, Exile on Main Street; o conhecimento empírico das drogas; os relacionamentos, inclusive com a polêmica Anita Pallenberg, mãe de três de seus filhos; os acidentes que quase lhe tiraram a vida; viagens ao redor do mundo; a carreira solo; o gigantesco show na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, para um milhão de pessoas; a participação no filme Piratas do Caribe, até o lançamento do último disco em estúdio do grupo, A Bigger Bang do ano de 2005.

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Está tudo lá. E mais, muito mais, como os acessos de estrelismo de Jagger, que quase acabaram com a banda; a morte do problemático Brian Jones; fotos raras e o desmistificar de lendas que giram em torno de seu nome, como por exemplo, a história de que ele já teria trocado de sangue pra tentar limpar seu corpo do abuso de drogas. Tudo é dito com uma sinceridade que realmente transparece uma personalidade forte e sapiente. Prova disso, é o amor por sua mãe Dóris, que chega a ser explícito, mesmo pelo motivador incentivo maternal à carreira musical.

O que faz a leitura ser ainda mais agradável, é a ironia e o bom humor deste dinossauro que pode levar facilmente o leitor às gargalhadas. O livro já abre com a narração de um julgamento hilário, onde Richards, Ron Wood e mais um amigo estão sendo acusados por uso de um monte de drogas. O detalhe: o delegado que efetuou a prisão estava eufórico e irado, enquanto o juiz encontrava-se completamente bêbado a ponto de suspender a sessão por cinco minutos para ir comprar uma garrafa de whisky.

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Recomendado não só para fãs dos Rolling Stones, mas também pra quem deseja saber um pouco mais sobre a lenda Keith Richards, "Vida" é uma obra apaixonada, cheia de sarcasmo bem humorado e com uma relação tênue com a cultura pop contemporânea.

Editora: Globo; tradução: Maria Sílvia Mourão, M. L. Fernandes e R. Rezende; lançamento: 2010; 640 páginas.

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Sobre Mário Orestes Silva

Deuses voavam pela Terra numa nave. Tiveram a idéia de aproveitar um coito humano e gerar uma vida experimental. Enquanto olhavam, invisíveis ao coito, divagavam: - Vamos dar-lhe senso crítico apurado pra detratar toda sua espécie. Também daremos dons artísticos. Terá sex appeal e humor sarcástico. Ficará interessante. Não pode ser perfeito. O último assim, tivemos de levar à inquisição. Será maníaco depressivo e solitário. Daremos alguns vícios que perderá com a idade pra não ter de morrer por eles. Perderá seu tempo com trabalho voluntário e consumindo arte. Voltaremos numas décadas pra ver como estará. Assim foi gerado Mário Orestes. Décadas depois, olharam como estava aquela espécie experimental: - O que há de errado? Porque ele ficou assim? Criamos um monstro! É anti social. Acumula material obsoleto que chamam de música analógica. Renega o título de artista pelo egocentrismo em seus semelhantes. Matamos? - Não. Ele já tentou isso sem sucesso. O Deixaremos assim mesmo. Na loucura que criamos pra vermos no que dará, se não matarem ele. Já tentaram isso, também sem sucesso. Então ficará nesse carma mesmo. Em algumas décadas, voltaremos a olhar o resultado. Que se dane.
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