Iron Maiden: confira entrevista com o ex tecladista Tony Moore
Por Adriano Ribeiro
Fonte: MUSIC LEGENDS INTERVIEWS
Postado em 25 de fevereiro de 2015
Jason Saulnier conduziu, em 24 de fevereiro de 2015, esta entrevista com Tony Moore. Inglês, músico, cantor, compositor, apresentador de rádio e produtor musical, mais conhecido por ter integrado a formação de 1977 no IRON MAIDEN como tecladista, e por também ter tocado teclado com o CUTTING CREW:
Jason Saulnier: O que há de novo no mundo de Tony Moore?
Tony Moore: Nos últimos anos eu tenho sido visto usando muitos chapéus. Eu também estou promovendo músicas novas no "The Bedford", em Balham (Londres), onde sou incentivado a tocar materiais de artistas emergentes. Tivemos Ed Sheeran, Paolo Nutini, James Morrison e muitos mais. Eu tenho um programa de rádio na Soho Radio London todos os sábados de manhã, onde eu entrevisto e promovo apresentações ao vivo de alguns grandes novos atos. Uma das minhas maiores emoções, no entanto, foi trabalhar como manager/produtor e compositor com uma cantora fantástica chamada Ilona (www.ilonamusic.com) - ela tem uma voz enorme e já conseguimos uma enorme quantidade de coisas em um curto espaço de tempo. Estamos planejando alguns shows ao vivo em Nova York para o final de julho e início de agosto deste ano e seu novo single, chamado "Beautiful Country", sai em 13 de abril.
No entanto, pessoalmente, estou muito animado para anunciar o lançamento de um novo single meu em 16 de março. É uma música que eu escrevi há alguns anos, chamada "Rockstars Don't Retire". Após grava-la e mixa-la, eu me envolvi com outros projetos e ela ficou um pouco esquecida. Então, eu estava trabalhando com os elementos visuais, arte de capa, essas coisas, quando recebi a faixa masterizada, pronta para ser lançada este ano. Foi quando todo esse repentino interesse na formação do Iron Maiden de 1977 de repente aconteceu. A ironia da canção é que a letra aborda o que acontece quando rockstars ficam mais velhos e a indústria parece menos interessada neles e mais interessada em artistas mais jovens. É uma canção otimista e, na verdade, tem uma mensagem positiva e faz as pessoas sorrirem quando reconhecerem algumas das verdades universais na letra.
Jason Saulnier: Como foi a sensação de se reunir com os seus ex companheiros do Iron Maiden?
Tony Moore: Foi muito emocionante para mim. Na última vez em que eu estive no mesmo local que os outros 3 foi quando eu era adolescente, cheio de esperanças, sonhos e aspirações para ter uma carreira na indústria. Então, nos reunir depois de termos vivido muitas vidas foi maravilhoso e um pouco esmagador. Eu também me emocionei com a dedicação de muitos fãs, que realmente têm sido tão solidários e empenhados para que esta reunião acontecesse.
Jason Saulnier: Ter sido uma parte de algo tão grande como o Iron Maiden deve ter sido especial. Você já tinha imaginado a banda atingindo o sucesso mundial, como aconteceu?
Tony Moore: Eu não acho que ninguém poderia saber o quão importante o Iron Maiden se tornaria, mas Steve sempre teve a visão de onde ele queria chegar e nós constantemente falávamos sobre fazer shows que rivalizassem com os do GENESIS e com o PINK FLOYD. Eu fiquei impressionado com o seu direcionamento e energia e amei a vibração e o ambiente da banda. Nós trabalhávamos para ter dinheiro para pagar os ensaios e todos estávamos direcionados para os objetivos da banda. Eu me dava bem com todos. Eu realmente mudei (por coincidência) para a mesma estrada que em Terry Wapram vivia, então eu dirigia para os ensaios e o levava comigo. Nós construímos um bom vínculo. Revê-lo e falar sobre os "velhos tempos" foi uma experiência muito agradável.
Jason Saulnier: Que loucura foi a turnê com o CUTTING CREW na década de 80? Como ela se compara às turnês de hoje em dia?
Tony Moore: Os anos 80 foram fabulosos, tivemos um hit número um e estavámos em turnê com artistas como The Bangles, Starship e Huey Lewis, bem como fizemos as nossos próprios pequenos shows como banda principal. As viagens e a turnê foi trabalho duro, mas eu amei cada segundo delas. Houve uma verdadeira sensação de diversão e muita energia na estrada. Os anos 80 tinham um ar de amor pela música. Esses grandes shows me ensinaram muito sobre o que precisa ser o entretenimento. Huey Lewis, em particular, era um performer inspirador para assistir. Ele era honesto e apaixonado pelo que fez e seu público o amava.
Jason Saulnier: Você poderia descrever algumas de suas primeiras influências na vida e na música?
Tony Moore: Eu cresci ouvindo meu pai, que era um pianista clássico e tenor treinado. Eu conhecia todas as músicas de amor napolitanas em italiano desde muito jovem. Minha mãe amava os Beatles e eu ouvia constantemente os singles que ela trazia para casa, como "All You Need is Love, de novo e de novo e de novo! Quando eu era adolescente eu ouvia Bowie, Alice Cooper, Marc Bolan e Roxy Music, antes de descobrir o Genesis e querer ser Peter Gabriel.
Jason Saulnier: O que, da coleção de músicas em sua casa, seria capaz de nos surpreender?
Tony Moore: Eu tenho uma grande coleção de discos de comédia Monty Python!
Jason Saulnier: Que metas como músico que você ainda tenta alcançar?
Tony Moore: Eu adoraria ter sucesso solo com a minha nova música, bem como assistir ILONA crescer, se desenvolver e se tornar um sucesso em seu próprio caminho, com a música que estamos criando juntos. Eu Nunca tomo um dia como certo e acordo todas as manhãs ansioso para mais 24 horas de oportunidade e de aventura.
Jason Saulnier: Como você vê a música em geral nos próximos 100 anos?
Tony Moore: Música sempre envolve ciclos e evolução. Os anos 60 vão voltar com um novo sabor, então os 70 e 80 terão a sua própria versão atualizada. No entanto, cada geração vai trazer algo novo e original para a mistura, que terá um aceno ao passado mas manterá as coisas frescas. As grandes mudanças serão em tecnologia e comercialização de música, e sobre isso eu não tenho nenhuma idéia de como será em 100 anos (e talvez para o melhor, eu não estarei lá!).
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