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Trayce: o bem e o mal andam lado a lado

Por Ben Ami Scopinho
Postado em 25 de abril de 2012

O Ace 4 Trays já havia galgado alguns consideráveis degraus na cena musical de São Paulo, mas optou em trocar seu nome para Trayce pouco antes de lançar o segundo álbum, "Bittersweet". O Whiplash.Net conversou com o guitarrista Alex Gizze e o baterista Marcelo Campos, que contaram um pouco do que aconteceu nos últimos tempos, além de falar sobre sua proposta mais contemporânea de se fazer Heavy Metal. Confiram aí:

Bruce Dickinson

Whiplash.Net: Olá pessoal. Vamos começar colocando a limpo a alteração de seu nome pouco antes do lançamento de "Bittersweet". O Ace 4 Trays já estava estabelecido, com um disco e vitória na seletiva paulista do Wacken Metal Battle de 2010. Já ouvi versões envolvendo questões jurídicas e até mesmo a funcionalidade do termo Ace 4 Trays... Qual o real motivo, afinal?

Alex Gizzi: A real é que precisávamos mudar o nome, pois simplesmente algumas portas no exterior se fecharam pra nós devido ao nome "Ace 4 Trays" não fazer sentido algum. Sentimos a necessidade de fazer esta mudança e decidimos isto antes do lançamento do "Bittersweet". É algo que não nos arrependemos, pois o nome "Trayce" é mais fácil de assimilar e as pessoas que nos acompanhavam já sabem da mudança do nome.

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Marcelo Campos: No começo, a gente teve receio de que esta mudança fosse talvez causar alguma confusão na cabeça dos fãs e da mídia, mas o tempo mostrou que fizemos a coisa certa. Hoje, temos mais pessoas curtindo o nosso trabalho do que antigamente.

Whiplash.Net: Em termos musicais, há diferenças entre "Roll The Dice" (09) e "Bittersweet" (11)?

Marcelo: O "Bittersweet" é o resultado do amadurecimento que adquirimos durante a turnê do "Roll The Dice". Muitas coisas influenciaram para este crescimento, entre elas, o fato de sempre estarmos antenados em novos estilos e bandas, o que faz com que a gente sinta a necessidade de se renovar sempre. Acredito que nos tornamos compositores e músicos melhores e esta é uma busca eterna.

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Alex: Creio que isso seja natural em qualquer banda. Conforme o tempo vai passando, nós vamos amadurecendo e consequentemente as músicas também. Os arranjos de "Bittersweet" estão mais difíceis de tocar e os refrões estão mais marcantes, além da qualidade de produção estar superior.

Whiplash.Net: Vocês tocam um estilo mais moderno que se encaixa no Metalcore. Como vem sendo a aceitação deste trabalho, em especial por parte da velha geração, que possui consideráveis reservas quanto ao gênero?

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Alex: A aceitação tem sido muito boa. Aos poucos, os mais resistentes vão acabar curtindo as ‘bandas novas’. Essa é a tendência e sempre foi assim. É só analisarmos quantos estilos dentro do metal foram criados de 1980 pra cá. O Metalcore é só mais uma vertente que veio pra somar.

Bruce Dickinson

Marcelo: Embora sejamos uma banda nova, nós também somos influenciados por bandas que fizeram a cabeça da velha geração. Então, o que fazemos é sempre explorar o novo sem se esquecer de nossas raízes. A gente não cria pensando no que os ‘cabeças fechadas’ vão achar. Simplesmente deixamos a nossa verdade fluir e quanto mais pessoas se interessarem pelo nosso trabalho, melhor, seja da nova ou da velha geração.

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Whiplash.Net: Adair Daufembach (Hangar, Holiness, Project46) já um nome bastante forte em termos de produção. Como é trabalhar com o cara e que contribuição ele deu à sonoridade de "Bittersweet"?

Marcelo: O Adair virou um ‘irmão mais velho’ nosso. Tivemos a sorte de trabalhar com uma pessoa que batia 100% com os nossos objetivos, que tinha a mesma visão que a gente, e principalmente, que se interessou em trabalhar com o Trayce. Nós o procuramos após conhecermos o seu trabalho através das produções que ele fez com o Holiness e o Project46, e desde o primeiro contato, sabíamos que ele era a pessoa certa para nos ajudar a concluir este novo ciclo. Ele não desiste enquanto não consegue atingir o resultado desejado, seja em num determinado trecho de música, numa linha vocal ou levada que poderia ficar melhor, etc. Foi muito tranquilo e inspirador trabalhar com ele.

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Alex: Ele contribuiu muito nas músicas, sempre com ótimas idéias. Temos orgulho de ter trabalho com ele. Sem dúvidas ele é um dos maiores produtores que temos hoje no Brasil.

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Whiplash.Net: O que motivou vocês a adotarem o conceito de o ser humano buscar um equilíbrio entre a razão e a emoção neste novo disco? Creio que esse equilíbrio seja uma tarefa difícil de ser atingida por um latino-americano...

Marcelo Campos: Você tocou num ponto muito legal. Eu acho que a busca por equilíbrio é o que dá sentido a vida das pessoas, seja no seu convívio familiar, social ou profissional. E isso se reflete também na vida de uma banda, como a nossa. Há todo momento nos sentimos ‘testados’ nas mais diversas situações, nos bons e maus momentos, e o que nos mantêm de pé é um eixo chamado ‘perseverança’. Sem insistência por aquilo que acredita, não há motivos para você se levantar todos os dias e sair de casa. Mas, além disso, tentar sempre conduzir sua vida de uma forma positiva para alcançar as coisas. "Bittersweet" fala disso, de como o bem e o mal andam lado a lado, mas que cabe a você seguir em frente e superá-lo.

Bruce Dickinson

Whiplash.Net: O baterista Marcelo Campos fez um excelente trabalho gráfico para "Bittersweet". Afinal, qual a relação da maçã, pregos e sangue com o conceito do disco?

Marcelo: Muito obrigado pelo elogio, fico feliz que tenha gostado. Além de músico, atuo como designer gráfico profissionalmente, então sempre a parte visual das coisas da banda acabam caindo pra mim (risos). A capa foi inspirada partindo do ponto que citei na resposta anterior, de sobre sermos ‘testados’. Escolhi a maçã (símbolo máximo do pecado) para simbolizar o ser humano, o pecador. A idéia era de mostrar que, você realmente conhece a essência de uma pessoa quando você a machuca (por isso o sangue derramado após a incisão dos pregos). Se após isso, ela continuará uma pessoa doce ou amarga ("Bittersweet" é agridoce em português). Por fim, a fumaça simboliza a alma.

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Whiplash.Net: O vídeo para "Price To Pay" consegue ser erótico e meio perturbador, com muita simbologia envolvida. Como rolou sua concepção e filmagens?

Marcelo: A concepção partiu do diretor do clipe, André Vidigal. Queríamos algo que confrontasse com a estética dos clipes de Heavy Metal e partir para uma linha mais ‘artística’, que fizesse com que as pessoas parassem para pensar, assim como um quadro em uma exposição. Há quem diga que o clipe não tem nexo, outros que é estranhamente legal, e até mesmo apelativo, mas a real é que queríamos chocar. Assumimos o risco e deixamos as pessoas tirarem as próprias conclusões. As filmagens rolaram durante dois dias, em uma carga diária de 18 horas de trabalho, o que foi muito estressante, pois participamos de todas as etapas, exercendo as mais diferentes funções para ajudar a equipe de produção. Mas a qualidade que a equipe conseguiu recompensou todo esforço.

Whiplash.Net: E as apresentações para 2012? Vai rolar alguma turnê para fora do estado de São Paulo?

Alex: Temos alguns shows em São Paulo, mas com certeza pretendemos tocar fora do estado. O difícil está encontrar organizadores que valorizem o trabalho das bandas.

Marcelo: Nós pretendemos com este trabalho tocar em lugares em que ainda não fomos e quem sabe não rola alguns shows fora do Brasil? Estamos tentando (risos).

Whiplash.Net: Pois bem... Novo Trayce, novo disco e muito trabalho pela frente. Considerando tudo, quais os maiores desafios e qual a estratégia para superá-los em 2012?

Marcelo: Acho que o maior desafio é conseguir expor o seu trabalho e fazer com que os contratantes apostem nele junto contigo. Conhecemos muitas pessoas bem intencionadas e que abrem espaço para as bandas novas, mas poderia ser um número muito maior. Existe uma cena fervendo em talento e é hora de enxergar que ela precisa de uma renovação e que isso já está rolando. Falta esta visão em muitas pessoas, mas esperamos que, com o tempo, as coisas melhorem para todo mundo.

Marcelo: A melhor estratégia é tentar sempre aliar qualidade em tudo o que a gente faz. Esse é o caminho.

Alex: Queremos divulgar cada vez mais a nossa música e tocar cada vez mais. Se alguém quiser ver o nosso show em sua cidade envie-nos um email para [email protected]

Whiplash.Net: Ok, pessoal, o Whiplash.Net agradece pela entrevista e deseja boa sorte nessa nova fase da banda. O espaço é do Trayce para os comentários finais...

Marcelo: Agradecemos muito ao Whiplash.Net, e principalmente, a você Ben, que sempre se interessa pelo o que está rolando na cena e que acredita no potencial das bandas nacionais. O nosso muito obrigado e parabéns pelo ótimo trabalho. Quem quiser conhecer melhor o Trayce, disponibilizamos o novo disco na íntegra em nosso site (www.trayceband.com) ou acesse nosso Facebook (www.facebook.com/TrayceOfficial).

Alex: Muito obrigado a todos que acompanham o nosso trabalho. Esse ano promete. Obrigado Whiplash.Net! Até a próxima!

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Sobre Ben Ami Scopinho

Ben Ami é paulistano, porém reside em Florianópolis (SC) desde o início dos anos 1990, onde passou a trabalhar como técnico gráfico e ilustrador. Desde a década anterior, adolescente ainda, já vinha acompanhando o desenvolvimento do Heavy Metal e Hard Rock, e sua paixão pelos discos permitiu que passasse a colaborar com o Whiplash! a partir de 2004 com resenhas, entrevistas e na coluna "Hard Rock - Aqueles que ficaram para trás".
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