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Jean Dolabella: Sepultura, CD com Pitty e Milton Nascimento

Por Gabriel Costa
Fonte: Love-It-Loud.com
Postado em 07 de agosto de 2010

O Love-It-Loud.com conduziu uma entrevista com o baterista do SEPULTURA, Jean Dolabella. Confira alguns dos melhores momentos da conversa abaixo.

Love-It-Loud.com: Como você começou a tocar bateria profissionalmente e o que você lembra de suas primeiras bandas? Você sempre quis tocar em uma banda de metal? Que bateristas o inspiraram?

Jean: "Eu comecei a tocar bateria quando era muito novo, mas comecei a tocar profissionalmente quando eu tinha 15 anos. Antes disso eu toquei em bandas com amigos e sempre foi relacionado a rock ou metal. Depois, quando comecei a trabalhar com música, eu toquei em muitas bandas e muitos estilos. Eu sempre quis tocar música e viver disso, eu nunca pensei que tinha que ser numa banda de metal, eu amo tocar metal, mas não sou apenas um baterista de metal, sou um músico. Eu não quero ficar preso em um gênero musical, nunca quis. Houve uma banda em que toquei que eu considero uma das minhas maiores escolas na vida. Nós só tocávamos covers, mas eu era jovem e aprendi muito sobre como tudo funciona. Foi a primeira vez que toquei com um 'click' e nós tocávamos muitos estilos diferentes de música. Fazer quatro ou mais shows por semana por dois anos realmente me ajudou a desenvolver minha técnica. Eu sempre fui inspirado por muitos músicos, não apenas bateristas, e isso muda de tempos em tempos. Eddie e Alex Van Halen, John Bonham, Dave Lombardo, Dave Grohl, Igor Cavalera, Mike Bordin, Jeff Buckley, Carter Beauford. Isso mais para trás. Atualmente, Joshua Redman, Dave King, Steve Jordan, Tomas Haake, John Mayer, Brian Blade e muitos, muitos outros."

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Igor Cavalera era uma parte tão integral do SEPULTURA com seu estilo de tocar bateria e percussão que dava ao grupo um som único, que os separava de outras bandas de metal. Como você se sente em seguir as pegadas dele, e como você abordou a possibilidade de acrescentar seu próprio estilo e ainda manter-se fiel [ao som da banda]?

Jean: "Foi difícil no início. Eu senti alguma pressão de fora, mas a maior parte veio de mim mesmo. Eu realmente queria ser fiel e manter o que o SEPULTURA sempre teve, mas ao mesmo tempo eu nunca quis copiar ou tocar igual ao Igor. Eu comecei a tentar trazer tudo o que eu considerava mais importante em relação à estrutura das partes de bateria. Depois disso, comecei a colocar a minha própria voz no meio. Agora que nós já estivemos em turnê por quatro anos e gravamos um álbum com essa formação, é bem mais fácil."

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Tendo crescido no Brasil, você era fã do SEPULTURA antes de seu envolvimento com a banda? Como você chegou a ser convidado para o grupo?

Jean: "Sim, eu era fã da banda e o primeiro grande show em que fui foi do SEPULTURA em Uberlândia, em 1991, na turnê do "Arise". Naquele dia, eu consegui ir ao backstage e tirar uma foto do Andreas [Kisser, guitarra]. É engraçado pensar que, 19 anos depois, estou aqui em turnê com eles. Stanley Soares, o nosso cara do som, trabalha pro SEPULTURA há quase sete anos, e foi o cara que gravou o primeiro disco do UDORA e vários outros discos em que toquei. Ele falou sobre mim para o Andreas e, quando o Igor decidiu sair da banda, eu tinha acabado de voltar de Los Angeles e o Andreas me ligou para perguntar se eu queria fazer um teste. Eu ouvi todas as músicas que ele disse que eles andavam tocando e fui para São Paulo duas semanas depois para a audição. Nós tocamos o show inteiro e conversamos por alguns minutos. Depois eu voltei para Belo Horizonte, a cidade onde eu morava. Alguns dias depois o Paulo [Xisto Pinto Jr., baixo] me ligou para dizer que eu era o cara."

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Com Max Cavalera saindo do SEPULTURA em 1996 e Igor saindo em 2006, você sente que "A-Lex" [2009] marcou um novo começo?

Jean: "Definitivamente! Foi um novo começo e agora isso está crescendo e melhorando. Nós terminamos a turnê do 'A-Lex' e estamos nos preparando para começar a gravar o novo disco que vai sair pela Nuclear Blast na Europa, onde nós acabamos de assinar o acordo."

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Além de "A-Lex", qual álbum do SEPULTURA você considera o mais forte e que canções em particular você gosta de tocar ao vivo?

Jean: "Eu acho que o álbum que mais se destaca para mim é o 'Chaos A.D.' [1993]. Não apenas porque é um grande álbum, mas porque foi uma influência muito grande pra mim quando foi lançado. Toda a coisa de estar em uma banda e viajar o mundo me acertou. Especialmente porque eles são do Brasil e acreditaram em sua música e viajaram por todo o mundo. Isso, para mim, com 15 anos de idade ouvindo aquele disco e vendo que é possível realmente chegar a algum lugar quando você acredita no que faz, foi muito forte. Eu basicamente gosto de tocar todas as músicas ao vivo. [As favoritas mudam] de tempos em tempos."

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Como surgiu a ideia do ROCKFELLAS e como você se associou a músicos como o PAUL DIANNO? Como você descreveria essa banda e como a compararia ao seu trabalho no SEPULTURA?

Jean: "Foi uma ideia de montar uma banda de bons músicos juntos para tocar coisas de rock clássico. Paul viria ao Brasil fazer uma turnê solo e nós nos reunimos para conversar a respeito. Foi ótimo porque nós escolhemos tocar canções que ninguém nunca esperaria vê-lo cantando, como 'Message in a Bottle', do POLICE, 'Superstition', do STEVE WONDER, coisas assim. Nós nos divertimos muito! Nós não escrevemos nada, foi só diversão! Nós estávamos tocando tudo o que queríamos tocar. Com o ROCKFELLAS eu usava um kit de bateria muito menor do que eu uso com o SEPULTURA. Como não escrevemos nada com o ROCKFELLAS, é difícil comparar. Eu diria apenas que eu podia tocar muito mais 'solto' com o ROCKFELLAS."

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Que tipo de projetos você tem para o futuro? O SEPULTURA está trabalhando em um novo álbum atualmente?

Jean: "Eu tenho feito um monte de coisas com o INDIRETO [projeto instrumental criado em 2006 por Jean em parceria com o guitarrista Augusto Nogueira, do SCARCÉUS] e nós vamos lançar nosso primeiro álbum completo em outubro de 2010. É um disco que tem muitos grandes músicos envolvidos, como MILTON NASCIMENTO, PITTY, Ramin Sakurai e muitos outros brasileiros. O SEPULTURA já está trabalhando no novo álbum e queremos começar a gravar em dezembro."

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Sobre Gabriel Costa

Carioca, jornalista por profissão e roqueiro de nascença, Gabriel teve o primeiro contato direto com o rock and roll ao ouvir o álbum de estreia do Black Sabbath em um velho vinil de seu pai. Garoto do século 20, nascido em 1984, é absolutamente fascinado por tudo o que envolve o estilo, da música à mitologia. Canta na banda Six Pack Wonder, escuta de Backyard Babies a Strapping Young Lad, ama The Wildhearts e segue fielmente os ensinamentos de Lemmy e Danko Jones. Escreve no Twitter em http://twitter.com/gabrielccosta.
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