Andreas Kisser: entrevista durante o Carnaval 2010
Por Josco
Fonte: Josco Weblog
Postado em 08 de março de 2010
Durante a terceira e última noite do Garanhuns Jazz & Blues Festival 2010, ocorrido no Agreste de Pernambuco, em 15 de fevereiro, em pleno efervescente Carnaval do Nordeste, o músico e compositor Andreas Kisser, conhecido mundialmente pelo seu trabalho com a banda de Heavy Metal SEPULTURA, concedeu uma entrevista exclusiva e bastante descontraída para o blog JOSCO WEBLOG, parceiro oficial do festival, onde ele fala sobre momentos recentes em sua carreira, discute sobre um possível DVD com a banda e também sobre bebidas com a marca Sepultura, além, claro, sobre o evento mencionado.
JOSCO WEBLOG - Andreas Kisser, seja bem vindo a Garanhuns e mais uma vez a Pernambuco. Você teve uma participação no projeto Oi Blues By Night há dois anos atrás, o qual também é realizado pelo produtor Giovanni Papaleo, o mesmo do Garanhuns Jazz & Blues Festival. Esta teria sido a sua primeira experiência de Blues aqui pelo Nordeste do Brasil?
ANDREAS KISSER - Muito obrigado. No Nordeste, sim. Eu conheci o pessoal da IRMANDADE DO BLUES (Vasco Faé, Silvio Alemão) e isto foi lá atrás, em 1997/98, em São Paulo...
Andreas Kisser - Mais Novidades
JOSCO - 1997?! Há muito tempo.
ANDREAS KISSER - Pois é. Bem, eu sempre gostei de Blues. Morei nos Estados Unidos e pude ver vários shows por lá. Então, esta foi a primeira vez que eu comecei a tocar o Blues com o "pessoal do Blues". Me lembro que também teve a BLUE JEANS. E desde então, eu venho tocando com eles em alguns projetos bem diferentes, onde temos um de Classic Rock, em que a gente toca Deep Purple, Black Sabbath, Jimi Hendrix, Cream, Led Zeppelin. E o Vasco (Faé) é o vocalista, ele toca gaita também...
JOSCO - Mas o Vasco toca de tudo, não é?
ANDREAS KISSER - É, o Vasco toca tudo mesmo, bicho: é vocalista, guitarrista, gaitista, baterista...
JOSCO - Eu tive a oportunidade de realizar a cobertura do Oi Blues By Night em Recife e João Pessoa, ano passado, e tive uma boa conversa com o Vasco e também com o Andre Matos, com o qual até rolou uma entrevista. Foi nesta ocasião que eu fiquei sabendo da tua participação no projeto.
ANDREAS KISSER - Puta, cara, foi demais. Num teatro, assim, espetacular. Acho que foi no centro da cidade.
JOSCO - Sim. Teatro Paulo Pontes, anexo do Espaço Cultural.
ANDREAS KISSER - Isso mesmo. É um teatro maravilhoso.
JOSCO - Me explica uma coisa. O ano começou muito bem: Você teve a participação no show do HAIL!, em Nova Iorque, em janeiro; o SEPULTURA dividindo o palco com o METALLICA, no final de janeiro; você acabou de chegar da Argentina, onde tocou com o SEPULTURA (Cosquin Festiva, Córdoba, 13 de fevereiro); o SEPULTURA anuncia o lançamento de uma cerveja Weiss.
ANDREAS KISSER - Pois é. Tá saindo a cerveja. Oficialmente, ainda não foi lançada.
JOSCO - De onde surgiu a ideia da cerveja?
ANDREAS KISSER - Ah, veio de um pessoal que já comercializa e está inserido neste meio. E também teremos o lançamento de uma seleção de vinhos, mas virá depois da cerveja. O vinho vem da Argentina, da região de Mendoza, e teremos vários tipos diferentes. Não iremos entrar no mercado para competir. É como eu falei antes: está mais voltado para o pessoal que aprecia a bebida, que quer uma bebida de qualidade. É um lance bem legal, onde a gente está aprendendo bastante.
JOSCO - Cerveja de qualidade com a marca de uma banda de qualidade!
ANDREAS KISSER - Espero que sim. Mas este lance não é algo inédito no meio musical. Já tivemos exemplos, como o Van Halen, Iron Maiden.
Uma leve interrupção da entrevista. É para distribuir alguns autógrafos e fotos para alguns fãs. O Andreas Kisser atende a todos que foram agraciados com um momento intimista com o seu ídolo. Vale lembrar aqui que o músico já havia distribuído autógrafos e posado para fotos diversas vezes, antes da entrevista e durante a passagem de som, que ocorreu ao final da tarde, ao lado do palco do festival. Sempre muito bem humorado e atencioso.
Logo em seguida, voltamos com a conversa...
JOSCO - Você ia falando sobre a cerveja...
ANDREAS KISSER - Então, a cerveja já está praticamente pronta. Todo o material da embalagem já foi preparado...
JOSCO - Mas ela ainda não está sendo comercializada?
ANDREAS KISSER - Estamos fazendo os processos aos poucos. É uma cerveja feita artesanalmente. A gente está estudando a melhor forma de lançá-la. Ela é uma Weissbier, feita de trigo, com alta fermentação, e não é filtrada, que é uma característica tradicional da bavária (região cervejeira ao sul da Alemanha). Isto faz com que ela não seja uma cerveja tão popular, pois terá distribuição em locais selecionados. O mercado de cervejas no Brasil é gigantesco e o estilo desta cerveja é diferente.
JOSCO - Ela, então, é direcionada para um público mais específico, correto?
ANDREAS KISSER - Exatamente. É uma cerveja muito boa, feita em São Paulo, feita no Brasil e por cervejeiros brasileiros. A gente, muito em breve, vai anunciar a divulgação oficial de lançamento e também onde e como encontrá-la. Vai ser algo bem selecionado, em pubs, onde tem este tipo de clientela.
JOSCO - Eu já imagino a galera em um show não apenas ouvindo ao Sepultura, mas também tomando uma SepulWeiss.
ANDREAS KISSER - Eu espero que a galera curta, né, meu. A gente viaja pelo mundo e curte cerveja de todos os lugares.
JOSCO - Após este início de ano com diversas apresentações tuas e da banda, que conclui-se hoje, aqui no festival de Garanhuns, o que vem pela frente?
ANDREAS KISSER - Tem a turnê que começa no início de Abril e a gente vai ficar praticamente o verão inteiro lá na Europa, tocando em vários lugares que a gente não tocou ainda.
JOSCO - O álbum mais recente (A-Lex), naturalmente, já foi lançado por lá e vocês agora estão indo para outras apresentações.
ANDREAS KISSER - Sim. Vamos tocar em outros países, como a Inglaterra, França, alguns festivais.
Neste momento, um dos membros da equipe do Magic Slim interrompe a entrevista, chamando o Andreas Kisser para tocar com o Mestre do Blues. Notei em seu semblante uma feliz expressão de surpresa. Para o músico, "esta parte não estava no script".
E após algumas músicas com o bluesman, voltamos com o papo...
JOSCO - Vamos continuar com a conversa. E como está o andamento para o DVD?
ANDREAS KISSER - Então, o DVD a gente está estudando. A gente está aguardando a sinalização de patrocinadores, pois queremos fazer o lance com uma orquestra. Ainda não está definido, mas a gente está fazendo alguns planos.
JOSCO - Falando em SEPULTURA, apesar de particularmente eu achar muito bacana o formato de cada novo álbum da banda, é muito comum a gente notar os fãs pedindo cada vez mais o retorno do Thrash Metal na musicalidade da banda, algo que muitos já estão empregando de volta. O que você comenta a respeito?
ANDREAS KISSER - Cada um tem a sua opinião, né, meu? O SEPULTURA tem 25 anos de história e já compomos discos muitos diferentes, independente da formação. Você vê, desde o "Bestial Devastation" até o "A-Lex", são projetos bem diferentes um do outro.
JOSCO - Eu observo algo curioso: o pessoal está sempre pedindo o thrash de volta ao SEPULTURA e, na minha opinião, eles criticam a banda (neste sentido) baseando-se unicamente na temática de cada álbum novo que é lançado. Ou seja, é claro que isso não ocorre com todos os ouvintes, pois nem todos eles compram mais os discos, mas a verdade é que atualmente é raro alguém sacar bem um novo trabalho de um artista ou banda, como era muito comum na época do Vinil e do Cassete. Então, alguns fãs até mesmo comentam que o SEPULTURA traiu o movimento. Mas o que se vê nos shows é que vocês continuam com muito peso. Eu tive novamente esta certeza no show que vocês fizeram em Recife, ano passado, juntamente com o Angra. Aquilo foi fantástico. O "peso" está ali, em suas músicas, como sempre esteve.
ANDREAS KISSER - Com certeza, cara! Ao vivo, a gente toca material da história inteira da banda, músicas antigas e novas. Eu lembro que, quando o Jean veio para a banda, o cara veio com uma puta vontade de tocar, e ele é um batera de muito boa qualidade. Ele deu uma revigorada legal. A gente ensaiou um repertório antigo, coisas que a gente não tocava há muito tempo e isso se reflete no palco. Você vê, tocar com uma banda como o METALLICA, por exemplo, porra... O METALLICA é uma das maiores bandas da história!
JOSCO - Me permita comentar isso. O SEPULTURA também se encontra neste âmbito, pela sua expressividade, importância e contribuição ao gênero. É uma banda com grande força no Heavy Metal mundial e com um quarto de século de existência.
ANDREAS KISSER - Cara, isso é uma escola. A gente aprende muito com tudo isso...
JOSCO - Na verdade, acaba sendo uma troca de experiências.
ANDREAS KISSER - Certamente.
JOSCO - Sabe, Andreas, falando em METALLICA, nós todos que acompanhamos o trabalho das bandas, especialmente os que, assim como eu, blogueiros e demais que contribuem com o movimento através de divulgação de conteúdo e estão sempre ligados nas notícias online, nós ficamos muito surpresos com a repercussão daquele vídeo que foi postado online, onde o James Hetfield (vocalista do METALLICA) aparece curtindo a banda. Que felicidade ver aquilo ali!
ANDREAS KISSER - Do caralho! Os dois shows, cara! Ele assistiu aos dois shows.
JOSCO - Aquilo foi algo de surpresa, não? A gente nota que, ao final do vídeo, alguém mete a mão na câmera.
ANDREAS KISSER - É, acho que seja algum segurança ali. Eles estão sempre ligados e ficam circulando pelo palco com os caras e tudo o mais. Mas foi muito legal alguém capturar aquele momento, a gente lá tocando e o cara curtindo...
JOSCO - Aquilo foi muito oportuno!
ANDREAS KISSER - Pois é, cara, o METALLICA nos influenciou muito e a gente fica bastante grato com tudo isso.
JOSCO - Você comentava a importância histórica do METALLICA para o Heavy Metal e eu também inclui na lista o SEPULTURA. Então, este vídeo é uma prova concreta disso.
ANDREAS KISSER - É do caralho! Tocar com eles era um sonho de moleque... Fantástico!
Outra interrupção e mais fotos e autógrafos foram distribuídos. Na sequência, damos continuidade ao papo onde, a este ponto, já ficou maior do que o previsto.
JOSCO - Voltando ao Blues. O Giovanni Papaleo já começou a montar o cast do Oi Blues para este ano. Como o Vasco Faé já apareceu neste festival mais de uma vez, nós estamos lançando uma petição para que você retorne ao evento.
ANDREAS KISSER - (Risos) Estamos ai, cara. Com certeza seria um grande prazer.
JOSCO - Como eu tive a oportunidade de conferir tanto do Oi Blues quanto hoje, aqui, o Garanhuns Jazz & Blues Festival, eu pude observar que a mesclagem de ritmos, neste caso a inserção de algum representante do Heavy Metal (o Andreas Kisser participou na edição do Oi Blues em 2008 e o Andre Matos veio para a edição de 2009), é bastante satisfatória e muito bem apreciada. Acredito que você observou isso aqui.
ANDREAS KISSER - É do caralho! E é verdade. Tem muito a ver. O Blues é muito foda, muito autêntico. A liberdade que ele nos dá é incrível mesmo. Eu toquei um pedacinho da Seek And Destroy (METALLICA), cara, entre uma música e outra... porra! A resposta da galera foi foda. Muito positiva, muito legal. E foi muito bacana ver muitos headbangers ali, de camisas pretas.
JOSCO - E tem outro detalhe: o pessoal que curte o Blues e o Jazz (obviamente, a grande maioria que esteve ali presente), eles não conhecem o Heavy Metal, de certo modo. Então, cara, eles vendo você ali no palco, como um representante deste estilo musical, tocando com uma pegada mais pesada e, ao mesmo tempo, sem perder a magia e a simplicidade do Blues, fez com que eles pudessem vibrar com esta união. Eu acho até que pude captar algum vídeo, onde mostra o pessoal dançando.
ANDREAS KISSER - Isso é muito bacana! Foi uma experiência muito boa. Tocar blues para uma platéia maior, em um evento gratuito. E também, foi com total improvisação, como pede o Blues, né? A gente está acostumado a tocar outros formatos e, dentro dos limites que existem no Blues, é a coisa mais linda na música.
JOSCO - Nada mais improvisado do que a tua entrada no palco, para tocar junto com o Magic Slim.
ANDREAS KISSER - Porra! Isso foi realmente um grande improviso. Eu não esperava. Espero que a galera tenha mesmo captado algumas imagens.
JOSCO - Andreas, diante disto tudo, de repente, pode rolar um projeto teu envolvendo o Blues?
ANDREAS KISSER - Ah, é possível, cara. Nunca tentei fazer algo assim. Porra, tem música pra caramba que eu curto. Como eu ia dizendo, esta experiência de tocar hoje, fazer a jam com o Magic Slim... A gente estava no meio da entrevista... Fantástico!
JOSCO - Quando eu te vi lá por trás do palco, no início do show do Magic (antes da entrevista), eu achava que era ali que você iria entrar. Eu te vi curtindo o show ali e pensei: "É neste momento que ele será chamado". Até registrei isto em uma foto.
ANDREAS KISSER - Cara, ali eu não tinha a menor ideia.
JOSCO - O Papaleo havia me dito que teria uma participação tua no show dele (Magic Slim). Então, quer dizer que você não sabia sobre isso?
ANDREAS KISSER - Não, cara. Não estava combinado, não comigo! Foi meio que de últuma hora. Mas, pô, o Blues é lindo também por causa disso. Esta liberdade de formato de show nos dá uma infinidade de misturas de sons ali.
JOSCO - Esta improvisação nos apresenta impossibilidades infinitas.
ANDREAS KISSER - Sem dúvida, bicho. É a música, né?
JOSCO - Andreas, eu tenho uma pergunta que já há algum tempo eu venho fazendo para mim mesmo. Como um grande apreciador de guitarras (tenho uma Samick Artist Series há treze anos, mas jamais tive tempo para me dedicar ao aprendizado do instrumento), eu curto os sons instrumentais desde a metade da década de 1980. Então, o Joe Satriani tem o projeto que ele realiza, já há muitos anos, o G3 (ou Guitar Trio). Eu comentei recentemente no Twitter do Kiko Loureiro sobre algo similar, mas ainda não tive tempo de checar se houve algum retorno quanto a isso. Aproveitando a oportunidade desta entrevista contigo, gostaria de saber se seria interessante a realização de um projeto desse tipo aqui no Brasil, com alguém do Metal no cast ou - quem sabe? - de repente, este projeto sendo de sua autoria?
ANDREAS KISSER - Porra, uma grande ideia! Tudo é possível, meu. Aqui no Brasil temos músicos de grande qualidade. Eu já fiz algumas coisas com o Kiko Loureiro, um músico de nível excepcional. Temos também o Edu Ardanuy, Mozart Melo, Faísca. São vários caras, que tocam de tudo, que têm uma estrada maravilhosa na música, com destaque tanto no Brasil quanto no exterior. De repente, é uma coisa que pode realmente rolar, né, meu. Uma boa ideia.
JOSCO - Vou entrar em um assunto que não me agrada tanto: Política. Acredito ser de seu conhecimento que o festival de Garanhuns não teve qualquer apoio financeiro por parte do Governo de Pernambuco, através de sua Secretaria de Turismo ou mesmo pela FUNDARPE, que é o órgão do governo que disponibiliza verbas de incentivo para esta finalidade. Nós tivemos aqui em Pernambuco um caso polêmico, ano passado, que ficou conhecido como "Showgate", fazendo com que o festival fosse diretamente prejudicado. Apesar do grande incentivo para a economia local, aqui de Garanhuns, ao que parece, a cidade e/ou o festival ainda não são vistos como um atrativo por parte destes órgãos, especialmente nesta época do ano.
ANDREAS KISSER - Falar o que, cara? É a política do nosso Brasil, meu. Mas eu acho que tanto os músicos do Metal quanto os do Blues eles sobrevivem dessa vontade de tocar mesmo, do amor à música. Acho que é isso, essa garra. É isso que mantém a gente na estrada, tocando. A política vai estar sempre ai, cara. Umas horas boas, outras ruins, mas a gente vai continuar fazendo aquilo que a gente gosta. Este festival aqui é um grande exemplo de batalha por algo em que acreditamos. O Giovanni Papaleo, principalmente, é um exemplo de pessoa que dribla as adversidades e coloca toda a sua força para fazer o negócio acontecer.
JOSCO - O Papaleo é considerado "O Cara", principalmente pelo que ele faz aqui com o seu trabalho voltado para o Blues e o Jazz. Este evento, já premiado antes, está concorrendo a mais um prêmio cultural este ano. É uma homenagem muito justa. O festival só aconteceu este ano por parte do incentivo das empresas privadas, que acreditam no projeto. É também apoiado pelo público que comparece em grande número para prestigiarem os músicos.
ANDREAS KISSER - Sem dúvida! Isso é legal, pois pode mostrar que o negócio dá certo e que vale a pena investir. E porque não, meu? O turismo é forte aqui, não se trata de não apenas investir no Carnaval. Acho que tem grana pra todo mundo, todos os eventos. É só roubar menos ou deixar de favorecer mais a uns do que a outros e todo mundo ganha. A cultura aqui é espetacular. Neste evento tivemos músicos do Chile, Argentina, Estados Unidos, Brasil (São Paulo, que é o meu caso, e outros estados). Isto é maravilhoso. Hoje em dia é raro de se ver no mundo festivais com essa riqueza cultural, com artistas de diversas nacionalidades. Tenho que citar aqui também a presença do Celso Blues Boy, que é um músico muito importante, e esta banda sensacional que é de Curitiba (Big Time Orchestra, que se apresentava neste momento da entrevista).
JOSCO - Andreas, eu gostaria que você finalizasse a conversa com uma mensagem para o pessoal que veio prestigiar esta noite de Blues.
ANDREAS KISSER - Estar aqui em Garanhuns, em pleno Carnaval pelo Brasil - especialmente em Pernambuco, que é a terra do Frevo - pela primeira vez, em um clima fantástico, curtindo música da melhor qualidade, tudo isso é muito impressionante, cara.
JOSCO - Uma temperatura muito bacana aqui em Garanhuns. E você conhece bem o clima lá em Recife (apelidada adequadamente pelos bangers de Hellcife)
ANDREAS KISSER - É maravilhoso, meu. Foi realmente uma grande surpresa poder ver a receptividade da galera com este tipo de música (Heavy Metal), mais pesada, mesclada com o Blues. Espero poder voltar mais vezes, com certeza.
JOSCO - Podemos dizer que foi além de tua expectativa?
ANDREAS KISSER - Mavarilhoso, meu. Eu já tinha ouvido falar de Garanhuns, mas apenas pessoalmente para poder sentir isso tudo aqui.
JOSCO - A gente espera que na próxima edição do evento o Govervo do Estadao, principalmente através da FUNDARPE e da Secretaria de Turismo, concedam ao Garanhuns Jazz & Blues Festival o mesmo tratamento que costumam dar ao município de Garanhuns em todos os outros eventos que ocorrem na cidade. Agora eu gostaria que você deixasse uma mensagem para o pessoal do Metal, os Headbangers que acompanham o Whiplash.net.
ANDREAS KISSER - Então, para os Bangers todos, o SEPULTURA está sempre ai na ativa, de uma forma ou de outra, e mantenham-se falando da gente, meu. É sempre bom termos este contato de vocês. Abraços.
JOSCO - Muito obrigado pelo seu tempo e pela disponibilidade para esta entrevista.
ANDREAS KISSER - Foi um prazer, cara. Valeu demais pela força.
NOTA DO REDATOR: Os vídeos disponibilizados nesta entrevista não possuem uma boa qualidade de som e áudio. Foram captados com uma câmera fotográfica Sony, modelo DSC-S930, que não é adequada para esta finalidade, resultando em uma baixa qualidade sonora e resolução de vídeo ínfima para os padrões atuais. Embora ela seja ótima para captura de fotos, infelizmente encontrava-se desconfigurada e as fotos não ficaram a contento. De toda forma, acredito que estes arquivos servem como uma forma de registro para mostrar um pouco do que foi o Garanhuns Jazz & Blues Festival 2010.
Andreas Kisser - Passagem de som (Garanhuns Jazz & Blues Festival 2010)
Andreas Kisser Fotos com os fãs (Garanhuns Jazz & Blues Festival 2010)
Andreas Kisser - Jam com Magic Slim (Garanhuns Jazz & Blues Festival 2010)
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