Nulimit - Entrevista exclusiva com a banda.
Por Angela Joenck Pinto
Postado em 08 de maio de 2000
Whiplash! / Como foi formada a banda? Quando?
Nulimit / A banda foi formada em 1996 por Carlos Alexandre(baixo), Leonardo Barros (guitarra), Marcos Romano (bateria), e por mim, Clausem, nos vocais. O Nulimit já teve várias formações. Atualmente, além de Carlos, Leonardo e eu, contamos com Pedro Mamede na bateria, Georgia e Thais Uessuguy nos vocais, Pedro Paulo nos teclados e Edinho Silva na percussão.
Whiplash! / Quais são as referências musicais do Nulimit? Há algum artista em particular que tenha inspirado os integrantes a formar a banda?
Nulimit / Todos nós temos influências diferentes. Por exemplo, eu gosto muito de MPB, o Carlos Alexandre gosta muito da mistura funk-rock, o Pedro Paulo de rock progressivo e forró, porém, todos gostamos de funk, groove e soul, com grandes influências do funk inglês ( Incognito e Jamiroquai). Como referências nacionais, Ed Motta e Cassiano.
Whiplash! / O Nulimit é um grupo de funk que mistura outros sons como soul. Mas é possível reconhecer o funk do estilo anos 70, muito bem adaptado para a atualidade. Vocês acham que há uma volta do funk, ou dos sons das décadas passadas? É uma tendência natural se voltar a sonoridade do passado?
Nulimit / Eu acho que a história mostra que as tendências costumam voltar a cada vinte anos, mas não montamos a banda por modismo. O som da banda é a conseqüência das influência de cada integrante. Em 1996, juntamente com Nulimit, apareceram várias bandas pelo Brasil afora com a mesma proposta, sem necessariamente haver uma comunicação. Pude constatar isto conhecendo bandas daqui de Brasília, Rio e São Paulo. Quando montei a banda sequer conhecia o Jamiroquai e o Nulimit acabou tendo uma sonoridade semelhante à deles. Acho que o som estava no ar e muita gente captou.
Whiplash! / Qual a movimentação musical do momento?
Nulimit / Aqui em Brasília, criamos um projeto chamado "GROOVE INVADE", que contava com bandas do mesmo estilo. Isso resultou em pelo menos dez shows. Essas bandas continuam existindo, porém o projeto se resumiu à participação do Nulimit, Auravil e Bsb Disco Club. O movimento maior, do qual fazemos parte, é o "Porão do Rock". Este movimento resultou no maior festival de Rock do Centro-Oeste e, na edição 2000 do festival que acontecerá em Julho, pretendemos ser o maior do Brasil, com a participação de bandas do país inteiro e com o público estimado de 60 mil pessoas. Tudo isso gratuitamente.
Whiplash! / A produção do disco é muito boa e a qualidade da gravação do CD é excelente. Qual a disponibilidade de equipamento e estúdios para trabalhos desse nível? É muito difícil conseguir um espaço que permita realizar plenamente o que o músico deseja?
Nulimit / Na Capital Federal temos, pelo menos, dois estúdios com condição para gravação de um CD. No caso do Nulimit, contamos com a participação fundamental do nosso antigo tecladista, Bruno Wambier que, além de músico, é um excepcional engenheiro de som, o que possibilitou a otimização dos equipamentos disponíveis. Porém, a falta de recursos financeiros impossibilitou uma gravação que desejávamos. Só conseguimos prensar o CD porque ganhamos o Prêmio Renato Russo concedido pela Secretaria de Cultura de Brasília às melhores produções fonográficas da capital.
Whiplash! / A banda tem algum plano de divulgação do trabalho em outras partes do país?
Nulimit / Estamos tentando lançar o CD nacionalmente. Recentemente fomos ao Rio de Janeiro e, ainda no primeiro semestre, pretendemos nos apresentar em São Paulo e Belo Horizonte.
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