Megadeth: Chaos! Comics e banda em contos de horror parte 2
Por Felipe Morcelli
Fonte: Terra Zero
Postado em 22 de maio de 2013
E aí pessoal! Quinze dias se passaram e muitas coisas aconteceram, sendo que a mais legal desse período foi o aparecimento da coluna no Whiplash.net. E agora que já noticiei a boa nova vamos ao que interessa, a segunda parte da análise sobre os quadrinhos da Chaos! Comics baseados nas músicas do Megadeth.
Como havia falado no post anterior vou apresentar de melhor forma o Megadeth, e depois disso vamos analisar os 6 capítulos restantes da minissérie Cryptic Writings of Megadeth, que ainda tem algumas coisas boas pra mostrar. Esta segunda parte da série mostra como os escritores tentaram amarrar as ideias criadas na primeira parte, portanto esperem alguns personagens recorrentes, páginas pingando sangue e aquela pegada thrash metal que esperamos quando escutamos a palavra Megadeth.
Não é novidade pra ninguém que ouça metal que o Megadeth nasceu após o guitarrista Dave Mustaine ser expulso do Metallica. A banda foi fundada em 1983 e só conseguiu lançar seu primeiro álbum em 1985, especialmente porque a qualidade dos integrantes chamava a atenção, além do líder Mustaine ser um grande músico. O que dificultou sua subida ao estrelato sempre foram às drogas, até hoje o motivo alegado pelo Metallica como fator determinante na demissão do guitarrista.
A grande dificuldade do Megadeth sempre foram integrantes, pois a personalidade forte de fez com que integrantes fossem trocados rapidamente. O segundo nome da banda é o do baixista e também membro fundador David Ellefson, que se afastou da banda durante 8 anos (2002-2010). Agora o quarteto é formado por Dave Mustaine (guitarra/voz), David Ellfeson (baixo), Shaw Drover (bateria), Chris Broderick (guitarra).
A banda tem alguns álbuns bem interessantes, sendo o primeiro (Killing Is My Business… And Business Is Good) e o segundo (Peace Sells… But Who’s Buying) dois chutes na boca no estômago, com letras violentas, riffs de guitarras extremamente marcantes e velozes, que por diversas vezes soa como um baita speed metal.
O grande trabalho do Megadeth é o seu quarto álbum, Rust in Peace, lançado em 1990 e considerado para crítica como um grande trabalho da banda, com vários hits e vencedor de vários prêmios. Neste ano a banda lança seu 14° disco, que será intitulado Super Collider.
Queria ressaltar as artes das capas dos discos que, pra mim, são todas bem interessantes. Vou deixar umas imagens aqui para vocês entenderem sobre o que estou falando.
Análise
Vamos abordar as revistas 3 e 4 da minissérie Cryptic Writings of Megadeth, sendo que nessa parte falaremos de uma música do Killing Is My Business… And Business Is Good e de cinco músicas do Peace sells…But Who’s Buying. Esta parte da trajetória da história é feita por uma equipe criativa fixa, o que facilita a compreensão das histórias. Os roteiros são de Brian Pulido e dos irmãos Dan e Jim Monti, tendo nos desenhos Steven Butler e na arte final Ken Branch, sanando problemas que eu havia pontuado na primeira metade da série: arte corrida e as capas das edições inconstantes. Agora todas as capas ficam a cargo de Justiniano.
Observação importante: Não se esqueçam de ler as revistas com o acompanhamento da música titulo para ter um melhor aproveitamento e aumento de diversão durante a leitura.
Chegamos ao terceiro número da minissérie, que saiu em março de 1998, e nesta revista vamos ver as músicas Mechanix, que faz parte do primeiro álbum do Megadeath, e também Wake Dead e The Conjuring, que fazem parte do segundo disco da banda.
Mechanix: Aqui temos uma música bem interessante. Ela fala de uma relação sexual em meio a uma oficina mecânica. Claro que tudo é mais legal do que parece, já que a relação é com uma garota lobisomem e isso me lembra bastante uma outra música do Megadeth chamada She-Wolf, que faz parte do álbum que dá titulo à minissérie.
Wake Up Dead: Nenhuma coletânea de contos de terror é completa sem sua história de zumbis. Aqui vamos conhecer os EUA infestados de mortos vivos por cortesia de Evil Ernie, um morto vivo com superpoderes, personagem da Chaos! Comics criado por Brian Pulido e Steven Hughes. Essa trama tem mais diálogos e vai nos mostrar um caçador de zumbis que tem duas mulheres e acaba surpreendido de forma nada agradável ao chegar em casa.
Luis Alberto Braga Rodrigues | Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
The Conjuring: Nesta música você vai lembrar um personagem que apareceu na primeira história da minissérie: o Necromante está de volta e faz um pacto com um garoto por algum motivo. Após alguns anos o filho deste garoto das primeiras páginas está querendo ganhar uma menina da escola, fazendo seu pai lhe presentear com o livro conjurador. O menino então faz um ritual, é cobrado pelo Necromante e acaba perdendo sua alma.
O quarto e último número da minissérie saiu em junho de 98, abordando somente músicas do Peace sells…But Who’s Buying, sendo elas: Peace Sells, Devils Island, Good Mornuing/Black Friday.
Peace Sells: Uma das músicas mais conhecidas do Megadeth e que segue aquele cunho de protestos contra guerra e que era uma marca extramente forte do grupo. Nela conhecemos um garoto que vai ser lobotomizado e acaba descobrindo que os Estados Unidos terão um novo regime governamental.
Devil Island: Um homem está preso em uma ilha e será executado, só que por algum motivo celestial ele acaba sendo salvo e liberto. Porém, ao ser solto num lugar sem civilização ele acaba esperando a morte. Essa é a história mais fraca da minissérie inteira, poderia muito bem ter sido cortada e adaptado outra música do álbum que se encaixasse melhor no storytelling da HQ. Ou, talvez, se o roteirista tivesse trabalhado um pouco melhor o produto final seria mais agradável. Senti um pouco de preguiça nesse capítulo.
Good Mourning/Black Friday: A música mais violenta do álbum tem sua ganha uma adaptação neste capítulo. Reencontramos Vic Rattlehead, agora como mestre de cerimônias no estilo filmes de terror antigo. Essa história narra um dia ruim de um homem que começa a assassinar pessoas com uma marreta, e tudo isso começa apenas porque o cara da barraquinha de cachorro-quente pergunta se ele quer mostarda no sanduíche.
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Conclusão
Ao fim da quarta edição, pra mim a pior de todas as revistas, fiquei com a impressão de que houve uma certa preguiça nos roteiros, mas talvez isso tenha a ver com o cancelamento do projeto. A terceira edição da minissérie é a que tem melhor roteiro e desenhos de todo o projeto, justamente quando a equipe estava bem consolidada e as letras eram mais favoráveis.
Como havia falado anteriormente, a parte mais legal dessa segunda parte da minissérie é exatamente a tentativa de criar um pequeno universo juntando as músicas ao universo da Chaos! ou utilizando novamente personagens que já haviam aparecido nas histórias. Essa parte é o me deixou mais entusiasmado para terminar as HQs.
No total o saldo é positivo; de quatro revistas três estão bem legais, mesmo para quem gosta da banda, pois são bons contos de terror. São necessárias para fãs de HQs? Não, porém pra quem gosta de Megadeth e se identifica com o gênero, deveria correr atrás.
Essa ideia de HQs que foram inspiradas em álbuns musicais me deixou deveras entusiasmado, pois eu nunca tinha passado por um tipo de leitura assim. Sim, eu conheço projetos das HQs do Kiss, é claro, e também ouvi falar de outras bandas que fizeram isso. Analisando mais a fundo, certamente eu quereria ler uma HQ baseada nos 5 primeiros discos do Rhapsody of Fire, que conta a história do guerreiro de gelo e sua batalha épica.
Imagino também que vocês gostariam de ver suas músicas favoritas transformadas em algo visual. Vai que alguém se liga nesse universo vasto que a música tem a nos proporcionar… hoje em dia temos até filmes baseados em canções!
Com isso terminamos a viagem do Emulador de Críticas pelas as HQs musicais e vice versa. Agora estou a fim de ir conhecer algumas adaptações de filmes para quadrinhos. Portanto, não desgrudem da coluna, pois vamos continuar a nossa viagem por esse mundo maluco e por diversas vezes impressionante.
Até a próxima! A pergunta é: Qual seria a trilha da sua HQ de terror?
Leia a primeira parte da matéria no link a seguir:
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