Les chants de l'aurore - Experiência caleidoscópica multicolorida, brilhante e etérea.
Resenha - Les Chants de L'aurore - Alcest
Por Marcelo R.
Postado em 23 de janeiro de 2025
Nota: 10 ![]()
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Essa resenha é uma adaptação da matéria que escrevi para a página Rock Show, sediada no site Medium. Como colaborador da referida página, fui convidado a elaborar uma lista com os meus 10 lançamentos favoritos em 2024, com comentários em relação ao primeiro colocado. A matéria está acessível por meio deste link.
Elegi, como lançamento favorito em 2024, o álbum Les chants de l’aurore, do Alcest.

Confesso que, ao longo do tempo, não acompanhei, com tanto afinco, a discografia e a evolução sonora do Alcest. Nenhum motivo específico para essa negligência. Há aquelas bandas – e não são poucas! – que conhecemos, sabemos do seu valor, mas que permanecem recônditas na nossa memória, ao menos até que algo nos desperte a elas.
Assim foi a minha relação com o Alcest em 2024.
Soube do lançamento de Les chants de l'aurore por uma mensagem empolgada que recebi de um amigo próximo. Ele, que também não é fã número 1 da banda, recomendou-me enfaticamente essa audição. Descreveu-a como um trabalho em camadas, profundo, típico para se ouvir em recinto completamente escuro, ou ao breu, com plena atenção, sem a concorrência ou interferência de distrações. Não sei se as palavras foram exatamente essas, mas era algo equivalente, ou bastante próximo a isso.
Ciente da minha especial preferência por música atmosférica, ele me reforçou, com insistência, a concitação à audição. Verdadeiro pedido pessoal.
Atendi ao convite.
Ouvi.
Prostrei.
Não há tanto a acrescentar à descrição sumarizada nas palavras do meu amigo, que tentei compilar acima. Tudo o que foi dito, em poucos verbetes, é tão autoexplicativo quanto real...
A audição de Les chants de l'aurore beira o transcendental.
Invocando algumas metáforas que permitam aproximar a experiência musical aos respectivos aspectos sensoriais aguçados por essa jornada em notas, pode-se contemplar Les chants de l'aurore como uma experiência caleidoscópica multicolorida, brilhante e etérea. Uma verdadeira imersão onírica, orquestrada em multicamadas, que conduz o ouvinte pelo vórtice de uma torrente de sensações intensas e dicotômicas.
Em movimentos pendulares, Les chants de l'aurore se alterna entre doses galopantes e épicas de pulsante vivacidade (como em Komorebi), moduladas e moderadas pelo contrabalanço de momentos de maior introspecção e lirismo, com inflexões melancólicas, frias e sombrias (a exemplo de L'adieu).
Por vezes, aliás, essas citadas características amalgamam-se na estrutura de uma mesma canção, em construções climáticas e complexas permeadas por cíclicas quebras de movimentos e sobreposições de explosões sonoras. Citam-se, para referenciar, as faixas Améthyste e L'enfant de la lune, apogeus de Les chants de l'aurore.
Les chants de l'aurore é, em síntese, um trabalho solidamente maduro, complexo e pródigo em sentimentalismo. Uma verdadeira jornada musical, alternadamente épica e lírica, que aguçará no ouvinte não apenas deleite sonoro, mas a visitação a um universo repleto de cores, camadas e paisagens, numa ambiência tão bela quanto essa descrição possa sugerir (e quanto a imaginação do ouvinte possa se expandir). Mérito do Alcest. Raro privilégio de mentes criativas.
Eis a maravilha da arte...
Destaques: Améthyste e L'enfant de la lune.
Por fim, em complementação à resenha, deixo o registro, em sequência, da lista dos meus 10 álbuns favoritos lançados em 2024:
Alcest – Les chants de l'aurore.
Visions of Atlantis – Pirates II - Armada.
Opeth – The Last Will and Testament.
My Dying Bride – A Mortal Binding
Nick Cave and the Bad Seeds – Wild God.
Black Crowes – Hapiness Bastards.
Autumns Eyes – Grimoire of Oak & Shadow.
The Smile – Wall of Eyes.
Hammerfall – Avenge the Fallen.
Linkin Park – From Zero.
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