Dream Theater: quatro anos de The Astonishing, uma ode à música e à arte
Resenha - Astonishing - Dream Theater
Por Felipe Cipriani Ávila
Postado em 01 de fevereiro de 2020
Ouvir "The Astonishing" é como acompanhar um livro, cuja trama é repleta de reviravoltas, personagens cativantes, nuances e contrastes. Por isso, escutá-lo na íntegra é uma experiência muito mágica e recompensadora. Mas é necessário enfatizar o óbvio: faz-se fundamental uma imersão completa, um comprometimento real do ouvinte, posto que, por ser um disco com viés conceitual, dividido em dois atos, duplo (cada CD representa um ato da história, que se passa em um futuro distópico, no ano 2285), com diferentes localizações e personagens tão únicos e díspares entre si, há uma protuberância de detalhes e momentos que em sua completude fazem toda a diferença, não só no que se refere à narrativa, à parte lírica propriamente dita, mas, também, à audição como um todo. Não que não seja possível, caso seja essa a sua preferência, escutar algumas músicas soltas ou adicioná-las a uma playlist de sua preferência, porém, aqui, a integralidade faz, efetivamente, toda a diferença. Desfrutar dessa viagem junto com as letras, com o encarte em mãos, eleva, certamente, a jornada a outros patamares.
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Lançado no dia 29 de janeiro de 2016, via Roadrunner Records, "The Astonishing" é o décimo terceiro álbum de estúdio do quinteto de Metal Progressivo. Por ter proposta conceitual, concebida pelo guitarrista John Petrucci, o ordenamento das faixas é realmente muito bem pensado e planejado, o que é de se esperar de uma Ópera Rock. O enredo se concentra em um bando de rebeldes ("The Ravenskill Rebel Militia" / "Milícia Rebelde Ravenskill") que se revolta com a vigência de um governo opressor ("The Great Northern Empire" / "Grande Império do Norte") e se organiza para derrubá-lo, tendo a música como alicerce e "arma" principal, em um mundo em que o entretenimento se limita a sons eletrônicos produzidos e transmitidos por máquinas. Frente a esse cenário, a figura de Gabriel, uma alma provida de muita musicalidade e determinação, traz esperança e acalento aos moradores de Ravenskill. Com vocalizações excepcionais de James LaBrie, que interpreta múltiplos personagens magistralmente, passagens instrumentais memoráveis, maravilhosas, abarrotadas não só da já conhecida virtuose, mas de muita beleza e bom gosto, temos um trabalho esmerado, apaixonante, que trata de vários dos sentimentos significativamente inerentes ao ser humano: amor, fidelidade, dúvida, cobiça, traição, ciúme, inveja, arrependimento, perdão, redenção etc. Sim, na época de seu lançamento, "The Astonishing" dividiu opiniões entre os fãs e a imprensa especializada, entretanto, para este que vos escreve, é um disco muito especial, carregado de emoções e lotado de genuíno encantamento.
"The Astonishing" é uma homenagem à música, à Arte, uma verdadeira celebração à vida, e merece, sim, ser revisitado! Sente-se em uma poltrona confortável, ajuste os fones de ouvido, liberte-se dos problemas, da "vida real" e permita-se... Por certo, não haverá arrependimento!
*Uma versão alternativa para a faixa "Our New World", contando com a participação de Lzzy Hale (HALESTORM), também foi divulgada no ano de lançamento do álbum:
Formação:
John Petrucci – Guitarra/Backing Vocals
John Myung - Contrabaixo
James LaBrie - Vocal
Jordan Rudess - Teclado
Mike Mangini - Bateria
Ato 1:
01. Descent Of The Nomacs
02. Dystopian Overture
03. The Gift Of Music
04. The Answer
05. A Better Life
06. Lord Nafaryus
07. A Savior In The Square
08. When Your Time Has Come
09. Act Of Faythe
10. Three Days
11. The Hovering Sojourn
12. Brother, Can You Hear Me?
13. A Life Left Behind
14. Ravenskill
15. Chosen
16. A Tempting Offer
17. Digital Discord
18. The X Aspect
19. A New Beginning
20. The Road To Revolution
Ato 2:
01. 2285 Entr'acte
02. Moment Of Betrayal
03. Heaven's Cove
04. Begin Again
05. The Path That Divides
06. Machine Chatter
07. The Walking Shadow
08. My Last Farewell
09. Losing Faythe
10. Whispers On The Wind
11. Hymn Of A Thousand Voices
12. Our New World
13. Power Down
14. Astonishing
Outras resenhas de Astonishing - Dream Theater
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