In Flames: em 2014, o momento menos empolgante da banda
Resenha - Siren Charms - In Flames
Por Mateus Ribeiro
Postado em 12 de julho de 2019
Nota: 6
Após o ótimo "Sounds Of A Playground Fading", o In Flames lançou "Siren Charms em 2014. Apesar de passar longe do death metal que a banda executava nos anos 1990, "Sounds..." foi um grande trabalho, que deu um pouco de esperança para os fãs mais antigos da banda, já que apresentava músicas bem construídas, repletas de melodia, além do peso em alguns momentos. A expectativa era que o álbum seguinte fosse tão bom quanto. Porém, esse é de longe o disco mais fraco lançado pelo In Flames até então.
Antes de tudo é necessário afirmar que "Siren Charms" não é uma tragédia parecida com "St. Anger" do Metallica. Por outro lado, apesar da ótima produção e de alguns bons momentos, não há de fato alguma música memorável, e analisando friamente, todos os discos anteriores contam com alguma música indispensável nos shows. E apesar do repertório da banda ao vivo contar com algumas músicas do disco, dificilmente algum fã reclamaria se nenhuma canção de "Siren Charms" entrar no setlist.
Musicalmente falando, é um pouco óbvio que naquelas alturas, a banda já havia mergulhado de cabeça nas nuances mais alternativas e modernas da música. Quem é fã sabe que desde "A Sense Of Purpose" a veia mais metálica já estava indo pra casa do chapéu, e sem sombra de dúvidas, em "Siren Charms" a banda definitivamente mostrou que o lado headbanger estava morto, enterrado e só não ficou esquecido pelo tamanho da historia construída com os 5 primeiros álbuns. Pois bem, apesar do peso em algumas músicas, não é nenhum exagero classificar o disco como alternativo.
Algumas músicas do disco são legais, como "Rusted Nail", as baladas "Dead Eyes" e ""With Eyes Wide Open", a faixa título, "When The World Explodes" e "Everything's Gone". Já algumas outras músicas não são tão felizes, como a horrorosa "Through Oblivion" (que mais se parece com o Coldplay tentando tocar metal), "Filtered Truth" e "Monsters In The Balroom".
A ótima performance dos músicos envolvidos ajuda o disco a ficar audível, porém, "Siren Charms" é o trabalho menos inspirado e empolgante do In Flames. Quem já ouviu até mesmo os criticados "Soundtrack To Your Escape", "A Sense Of Purpose" e "Reroute To Remain" sabe que a banda é capaz de fazer músicas mais legais e marcantes. Não mencionei os clássicos mais antigos por ser covardia e por ser de um estilo totalmente diferente do que o adotado pelo grupo no atual século. Sabe aquele lance que "... é legal, as se fosse lançado por fulano seria melhor"? Então, é isso.
Um álbum legal, mas nem de longe indispensável. Se você gosta de In Flames, sabe do que estou falando. Se não é fã, procure outro disco para conhecer a banda.
Ano de lançamento: 2014
Faixas:
"In Plain View"
"Everything's Gone"
"Paralyzed"
"Through Oblivion"
"With Eyes Wide Open"
"Siren Charms"
"When the World Explodes"
"Rusted Nail"
"Dead Eyes"
"Monsters in the Ballroom"
"Filtered Truth"
"The Chase"
Formação:
Anders Fridén: vocal
Björn Gelotte: guitarra
Peter Iwers: baixo
Niclas Engelin: guitarra
Daniel Svensson: bateria
Observação: "Siren Charms" é o último disco do baterista Daniel Svensson com o In Flames.
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