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Viper: garotos iniciantes em processo de causar transformações

Resenha - Theatre of Fate - Viper

Por
Postado em 11 de julho de 2019

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Em 1989, exatos 30 anos atrás, Andre Matos e um grupo de garotos iniciantes estavam em processo de causar profundas transformações no cenário musical brasileiro. Matos, e seus amigos Yves e Pit Passarell, o guitarrista Felipe Machado e o baterista Guilherme Martin que substituia Cassio Audi, animados com a recepção relativamente boa (para os padrões do gênero musical) do seu primeiro disco, o Soldiers of Sunrise, resolveram jogar mais alto. Na época do primeiro álbum, era uma coisa mais amadora, Matos ainda não tinha a técnica vocal que possibilitou explorar todo seu potencial como cantor e se tornar a lenda que virou, era um adolescente em desenvolvimento, mas querendo vingar, fazer história. Ainda não eram levados a sério, tanto que havia gente que fazia piadas e os chamavam carinhosamente de 'os Menudos do metal'.

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Foi então no álbum Theatre of Fate que Matos e a banda conseguiram o tão almejado respeito. Matos estava finalizando seus estudos de música clássica, e isso serviu muito para compor o material que gravaram e que se transformou nesse registro histórico e celebrado até os dias de hoje do Viper. Teve até produtor internacional, um cara chamado Roy Rowland, que é bem famoso por produzir outras bandas populares do meio metal, como a alemã Kreator, a americana Testament e a inglesa Play Dead. Ou seja, a partir deste segundo disco, a conversa já era de bem mais alto nível.

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Soldiers of Sunrise era bem mais uma espécie de cópia do Iron Maiden. Trazia uma banda inexperiente, tentando se virar como podia, Matos ainda não cantava da forma soberba que conhecemos, mas todos se esforçavam e tentavam tirar o melhor, e o disco teve boas coisas e uma banda promissora. Já no Theatre of Fate, temos um heavy metal bem mais elaborado, e a banda já experimentava com algo que viria a se tornar a marca de André Matos em seus outros projetos, seja no Angra, no Shaman ou solo: a música clássica.

Matos era estudante do gênero musical erudito. Além disso, ele sempre fez mais o tipo "intelectual", diferente de todos os seus outros amigos de banda que eram mais crus, basta ver os discos do Viper após a saída dele pra comprovar, muito embora quase todas as composições do disco sejam creditadas ao Pit, mas eu tenho minhas dúvidas se não tem o dedo do Matos nelas também em certos aspectos.

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Enfim, as músicas são soberbas e de cair o queixo para a época, sendo que o Brasil estava navegando pela primeira vez no território do heavy metal como protagonista ativo do gênero. A introdução do disco, "Illusions", já é um grande avanço só por si. A faixa "At Least a Chance" traz um som bem mais produzido e pela primeira vez a banda experimenta com música clássica numa bridge intermediária dela.

Então vamos para os clássicos, finalmente: temos a boa "To Live Again" que é sempre muito pedida, temos a ótima "A Cry from the Edge" em que a banda tenta variações ousadas e Matos canta exibindo finalmente seus agudos com todo esplendor; mas é só uma pequena amostra. E temos então o hino, aquela que todos cantam com mãos para cima, repetindo a letra, se bobear até com velinhas erguidas, a bela e fantástica "Living for the Night", que fica sendo o primeiro grande clássico do metal brasileiro.

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Chegamos num ponto do disco que eu realmente gosto, mas as últimas faixas para mim são especiais. A começar pela sensacional "Prelude to Oblivion". Aqui fica mais do que óbvio a influência clássica, e tem até coral. É uma das composições mais fantásticas da história do Viper, e eu sicneramente acho que eles sempre subestimaram muito o poder desta música. Na minha opinião, é simplesmente linda. Depois tem a ótima faixa título, que por si seria um bom fechamento, mas tem ainda mais uma, essa sim o fecho do disco. É a faixa inteiramente escrita pelo nosso querido André Matos, na flor de seus 18 anos, finalizando seus estudos de música erudita.

Essa merece um parágrafo só pra ela. Se chama "Moonlight", e basicamente, o que Matos fez aqui, foi pegar a Sonata Lunar de Beethoven e transformá-la em uma balada heavy metal. O início dela é reconhecível, trata-se claramente de Beethoven, mas depois Matos vem com os vocais e a embeleza já com sua voz totalmente desenvolvida. Simplesmente a escute com atenção, é uma das composições mais belas que você vai ver em um gênero como o heavy metal, cheia de passagens com violino, piano, e fica sendo o despertar de André como um compositor de respeito que ele veio a se tornar conhecido.

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Eis para vocês, meus amigos e leitores, o primeiro grande clássico do heavy metal brasileiro, o álbum Theatre of Fate. Em qualquer grande círculo do gênero você vai ver pessoas falando de forma entusiasmada sobre ele. Foi o começo de uma cena musical aqui no Brasil que antes não corria o menor risco de existir, não fosse a ousadia de André Matos e seus amigos de banda em nos trazer este disco maravilhoso e que eu recomendo altamente, e assim permitir a consolidação no Brasil de uma cena musical para o heavy metal. Fez história! Se você deseja conhecer os primórdios do metal brasileiro, ouça este disco, é obrigatório.

Theatre of Fate (1989)
(Viper)

Tracklist:
01. Illusions
02. At Least a Chance
03. To Live Again
04. A Cry From The Edge
05. Living For The Night
06. Prelude To Oblivion
07. Theatre of Fate
08. Moonlight

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Selo: Massacre Records

Viper é:
André Matos: voz, piano
Felipe Machado: guitarra
Yves Passarell: guitarra
Pit Passarell: baixo
Guilherme Martin: bateria

Discografia anterior:
- Soldiers of Sunrise (1987)

Wikimetal site:
http://www.wikimetal.com.br

Para mais informações sobre música, filmes, HQs, livros, games e um monte de tralhas, acesse também meu blog.

http://acienciadaopiniao.blogspot.com.br

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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