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Viper: Em 1989, lançando um clássico do metal nacional

Resenha - Theatre Of Fate - Viper

Por Thiago Pimentel
Postado em 26 de junho de 2012

Em uma época que o heavy metal brasileiro realizava seus primeiros passos significativos, o grupo paulistano Viper fez uma de suas maiores contribuições quando lançou seu segundo registro, o clássico "Theatre of Fate".

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Abandonando a sonoridade mais ríspida e agressiva do disco anterior ("Soldiers of Sunrise", de 1987), "Theatre of Fate" marca uma notável evolução dos seus então jovens integrantes, sobretudo dos principais compositores/ arranjadores - Pit Passarell (baixo) e, a um ano da maioridade, Andre Matos (vocal) -, que, investindo em uma boa produção, novas sonoridades e estruturas, consolidaram este trabalho como um dos alicerces da música pesada nacional, quiçá mundial.

Na forma de uma peça instrumental, "Illusions" abre o disco de maneira épica destacando tanto as melodias de violão e guitarras - realizadas pelos músicos Yves Passarel e Felipe Machado - quanto os arranjos e teclados de Andre Matos - responsável por todos os teclados do álbum, aliás. Curiosamente, essa forma de introdução seria usada por Matos em discos clássicos do Angra e Shaman, mas isso é outra história...

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Após a climática introdução, surgem os primeiros riffs de "At Least A Chance" que, em conjunto com a bateria de Sérgio Facci, já denunciam a velocidade que ditará a maioria das faixas de 'Theatre of Fate'. De cara, já nota-se a grande influência do metal europeu - me refiro a influências além ao Iron Maiden - moldando o som do Viper principalmente nas passagens de guitarra claramente neoclássicas. Fora isso, os peculiares vocais agudos de Matos roubam atenção; entretanto, performances ainda melhores surgirão. Vale salientar que Sérgio Facci substituiu Cassio Audi - responsável pelas baquetas no primeiro disco - e que embora o encarte do álbum credite Guilherme Martin, Facci foi quem gravou, de fato, as partes de bateria do disco. Sim, no fim das contas, Facci foi um músico de estúdio; porém, Guilherme Martin realizou a turnê de divulgação de 'Theatre of Fate'.

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O ritmo do álbum segue frenético com a rápida 'To Live Again' - a que mais remete ao primeiro registro do grupo, aliás - e a segunda canção mais clássica do disco, "A Cry from the Edge". Pelo seu início lento e cadenciado - seguindo os moldes das baladas tradicionais ao heavy metal -, talvez ela engane o ouvinte, mas é apenas isto: logo após a faixa desanda para o tradicional ritmo acelerado da banda e, embora apresente muitas melodias, ainda contém riffs pesados e momentos agressivos no vocal de Matos que, no decorrer da obra, é predominante limpo e agudo... bem agudo. A composição foi a "música de trabalho" da banda e rendeu um vídeoclipe.

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Me referi a "A Cry from the Edge" como a segunda mais clássica do disco, certo? O motivo é simples e chama-se "Living for the Night". Emendando partes limpas com momentos de puro heavy metal tradicional e um refrão pegajoso - na verdade, todas as linhas vocais o são -, a quinta música desse disco tornou-se o maior clássico do Viper sendo, inclusive, tocada até hoje por Andre Matos em shows de sua carreira solo. Aqui todos da banda tem um bom espaço, principalmente Pit, e destacam-se bem.

A sexta canção ("Prelude to Oblivion") traz uma certa teatralidade - remetendo uma das bandas favoritas de Matos, o Queen -, por parte das harmonias vocais, e talvez seja a que mais lembra o que Andre Matos fez no primeiro trabalho com o Angra ("Angels Cry", de 1992). Apesar dos vocais se sobressaírem, as guitarras também conseguem um ótimo destaque soando ainda mais neoclássicas que nas primeiras faixas. Também devo mencionar a inclusão do quarteto de cordas nela que, assim como em 'At Least a Chance', enriqueceram os arranjos da composição.

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O álbum chega a sua conclusão com a trabalhada faixa-título - retomando certas doses de peso - e a releitura de 'Moonlight Sonata', do compositor alemão Beethoven - aqui simplesmente intitulada 'Moonlight'. Nesta última, destaca-se a grande performance de Andre Matos tanto cantando como executando os teclados. Chega a ser impressionante saber que o cantor registrou isso aos 17 anos de idade! A título de curiosidade, vale mencionar que Matos gravaria, anos depois, uma nova versão batizada de 'A New Moonlight' no seu primeiro álbum solo ("Time to Be Free", de 2007).

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Em suma, um disco conciso que aliado a uma boa produção - realizada por Roy M. Rowland (Kreator, Testament, Sabat etc.) - e composições cativantes, projetou o Viper, inclusive, internacionalmente; a banda foi uma das primeiras, do Brasil, a atingir o mercado japonês, por exemplo. Também é interessante comparar, conhecendo seus trabalhos posteriores, a evolução de Andre Matos como cantor que, com o tempo, aprimorou sua forma de interpretação. Claro, nessa época seu alcance era imenso, mas a experiência proporcionaria performances mais diversificadas.

Os outros músicos, embora não sejam virtuosos, realizam um trabalho de bom gosto, ou seja, sem passagens desnecessárias e exageradas. Como Andre Matos bem pontuou em entrevista recente: o Viper fora marcado pela raça. Outro detalhe que merece ser mencionado, é que este foi o último disco com Matos nos vocais.

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Atualmente, boa parte da banda reuniu-se, inclusive Andre Matos, para tocar 'Theatre of Fate' e 'Soldiers of Sunrise' - que celebra 25 anos desde seu lançamento - na íntegra em diversas apresentações especiais pelo Brasil. Especula-se que serão dois meses de reunião, porém esperemos que a turnê se amplie e, quem sabe, renda novos frutos que honrem o legado de discos como "Theatre of Fate".

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Músicas-chave:
"Living for the Night" ; "Prelude to Oblivion"; "Moonlight"

Formação:
Andre Matos - vocal, teclado
Felipe Machado - guitarra
Yves Passarell - guitarra
Pit Passarell - baixo
Sérgio Facci - bateria

Tracklist:

1. Illusions 01:51
2. At Least a Chance 03:59
3. To Live Again 03:29
4. A Cry from the Edge 05:11
5. Living for the Night 05:26
6. Prelude to Oblivion 03:45
7. Theatre of Fate 06:18
8. Moonlight 04:40

Publicado originalmente em:
http://hangover-music.blogspot.com.br/2012/06/resenha-viper-theatre-of-fate.html

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Sobre Thiago Pimentel

Tenta, desde meados de 2010, escrever textos que abordem as vertentes da mais peculiar - em seu ponto de vista - manifestação artística do ser humano, a música. Para tal, criou o blog Hangover-Music e contribui no Whiplash.Net. Além disso, é estudante de jornalismo, guitarrista e acredita que se algum dia o Deus metal existira, ele morreu em 13/12/2001.
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