Megadeth: Dez anos atrás eles lançavam o clássico Endgame
Resenha - Endgame - Megadeth
Por Mateus Ribeiro
Postado em 11 de fevereiro de 2019
Nota: 9 ![]()
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Em setembro de 2009, o MEGADETH lançou "Endgame", décimo segundo álbum de estúdio da banda. Esse foi o primeiro disco que contou com a participação do guitarrista Chris Broderick.
O disco mistura as influências clássicas do MEGADETH com a sonoridade um pouco mais "moderna" adotada após o retorno da banda, em 2004, com "The System Has Failed". Os riffs rápidos e infinitos estão presentes, tal qual os solos bem encaixados, a bateria correta, a voz de pato do patrão, além de letras ácidas, que atiram para todos os lados.
A faixa de abertura do disco é "Dialetic Chaos", que lembra muito "Into The Lungs Of Hell". Por uma dessas coincidências da vida, a segunda música, a rápida "This Day We Fight" lembra "Set The World Afire". Para quem não sabe, as duas músicas citadas também são a primeira e a segunda do clássico "So Far, So Good...So What!". De qualquer forma, uma bela maneira de se iniciar o disco, seguindo o padrão MEGADETH de velocidade.
A terceira faixa, "44 Minutes", pode facilmente ser considerada uma das melhores composições da fase "recente" da banda. Grandes riffs, um refrão que lembra a gloriosa época de "Youthanasia" e a voz de Mustaine tornam a música que fala do tiroteio de North Hollywood, ocorrido em 1997, que resultou na morte de dois assaltantes. Inclusive, existe um filme chamado "44 Minutos", que trata sobre o ocorrido.
Outro grande momento do disco é a faixa título, que alterna momentos cadenciados com partes mais rápidas. A rápida "1,320", "Bodies e "Bite The Hand" também merecem destaque, sobretudo pelo trabalho de Dave Mustaine e Chris Broderick (o final de "Bodies" é sensacional).
A última parte do disco é onde os melhores momentos ficaram guardados. "The Hardest Part Of Letting Go... Sealed With a Kiss" é uma balada que mistura uma bela melodia com pitadas enormes de melancolia, e um certo ódio. Algo complexo de se entender, mas que torna a música uma das melhores do disco, apesar do clima um pouco brega do início. "Headcrusher" (que foi lançada como single) é uma música no pique de "Kick The Chair", rápida, e sem muito tempo pra conversa fiada. A penúltima música, "How The Story Ends", é uma composição sólida, que conta com riffs empolgantes, e um grandioso refrão.
O disco termina com a ótima "The Right To Go Insane". Após uma intro de baixo matadora, a música entra em um clima insano, tal qual o clipe, que conta a historia real de alguém que perdeu as esperanças na vida, e resolve se libertar dos seus demônios de uma maneira um tanto quanto controversa.
"Endgame" é um dos trabalhos mais consistentes do MEGADETH.Conforme dito no início do texto, mistura elementos mais antigos com a proposta de som adotada nos álbuns pós retorno da banda. Instrumentalmente, o disco é impecável. Todos os músicos desempenharam um ótimo papel, e a influência de Chris Broderick foi de fundamental importância. A produção, que contou com o monstruoso Andy Sneap também é outro ponto que faz do disco um dos grandes trabalhos de Dave Mustaine e sua turma.
Um disco que certamente figura entre os mais importantes dessa fase "mais nova" do MEGADETH. Pesado, rápido e certeiro. Fundamental!
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