Paramore: o mundo ganhou um excelente grupo pop
Resenha - After Laughter - Paramore
Por Hananias Souza Santana
Postado em 08 de outubro de 2018
Tendo em vista a resistência de parte do público desse site para qualquer conteúdo relacionado ao Paramore, uma banda de rock alternativo (pensando na carreira deles como um todo), antes do lançamento de After Laught (um disco que a banda se distanciou do rock e abraça o pop com força), imagino que nesse ponto da carreira dessa banda alguém pode dizer que essa resenha nem deveria acontecer nesse site.
Ora, esse é um pensamento totalmente compreensível, haja vista que o site trata de assuntos relacionados ao rock e metal, e esse disco claramente não é uma coisa nem outra. Porem como o Paramore em todos os álbuns anteriores fez rock então ainda considero a mesma como uma banda de rock, o que justifica uma matéria sobre eles. Se caso um eventual álbum seguinte seguir nessa linha atual aí eu já começaria a vê-los como uma ex banda de rock que migrou pro pop…
Enfim, o fato é que o Paramore lançou um disco bem diferente dos seus trabalhos anteriores, com sonoridade influenciada pelo New wave e Synthpop, músicas dançantes, clara influencia de música oitentista
(pra mim a melhor década da historia da musica), muitas cores e uma sensação de agridoce, pois em que pese o ritmo alegre, as letras são em alguma medida tristes e refletem um cansaço de Hayley Williams, até pelos problemas envolvendo o ex baixista Jeremy Davis.
Apesar da minha surpresa quando ouvi a primeira faixa, o sentimento ao ouvir o álbum inteiro é mais do que salutar. Trata-se de um pop diferente desse tipo de música de péssima qualidade que faz tanto sucesso atualmente, quase 100% eletrônica, com letras fúteis. After Laughter, ao contrário, tem músicas de altíssima qualidade, extremamente bem-arranjadas, como pode ser conferido na faixa rose colored boy por exemplo:
Apesar desse estilo, as guitarras ainda são vivas como pode ser notado nessa faixa:
Hayley mostra seu talento e versatilidade como vocalista, com uma grande atuação, seguida de perto pela competência do guitarrista Taylor York e a boa pegada do baterista Zac Farro, que retornou ao grupo. Apesar da diferente roupagem, ainda é possível sentir elementos característicos da banda aqui e ali. Esse trio é a formação atual da banda, que contou com a colaboração de uma boa equipe na gravação do álbum. A produção é excelente, como pode ser notado por exemplo na ótima orquestração para a música 26. A psicodélica vai além das músicas e permeia também a arte do disco, bem colorida, assim com o clipe de Hard Times:
O disco foi muito elogiado pela crítica, e não podia ser diferente, é um grande trabalho, tranquilamente um dos melhores discos do grupo
(senão o melhor). Quem acessa esse site e além de rock/metal também gosta de música de qualidade de outros ritmos, vale muito a pena conferir.
Posso dizer que caso eles continuem nessa linha, o mundo perdeu uma boa banda de rock alternativo, e ganhou um excelente grupo pop.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música de amor - carregada de ódio - que se tornou um clássico dos anos 2000
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
O solo de guitarra que deixa Dave Grohl e Joe Satriani em choque; "você chora e fica alegre"
13 shows internacionais de rock e metal no Brasil em dezembro de 2025
Limp Bizkit retorna aos palcos com tributo a Sam Rivers e novo baixista
Guns N' Roses anuncia valores e início da venda de ingressos para turnê brasileira 2026
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
O jovem guitarrista preferido de Stevie Ray Vaughan nos anos oitenta
A maior música do rock progressivo de todos os tempos, segundo Steve Lukather
O álbum do AC/DC que é o favorito de Angus Young, guitarrista da banda
Nazareth: um elogio à pertinácia
As melhores músicas grunge feitas por 5 bandas de hair metal, segundo a Loudwire
Steve Morse escolhe o maior guitarrista do mundo na atualidade
John Bush não se arrepende de ter recusado proposta do Metallica
A maior balada de heavy metal do século 21, segundo a Loudersound

Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


