Uma Viagem ao Coração do Rock Progressivo: Violeta de Outono
Resenha - Violeta de Outono - Violeta de Outono
Por Ricardo Bellucci
Postado em 06 de março de 2018
O Rock progressivo adentrou em minha vida através do "Pink Floyd". Comecei escutando o lendário LP da "Vaquinha", o "Atom Heart Mother". Muitos discos depois, tomei contato com uma banda nacional que já está na estrada há muitos anos: Violeta de Outono.
Meu primeiro contato com a banda foi através da faixa "Dia Eterno", amor a primeira vista!
Curioso, fui pesquisar o material da banda! Depois de uma pequena busca encontrei o meu "objeto do desejo", o CD "Violeta de Outono" na "Baratos Afins". A capa do CD, embora simples, era marcante, uma paisagem bucólica, lembrando o Outono.
A primeira faixa, "Outono", inicia com um riff de guitarra marcante, que acabou por se transformar em uma espécie de marca da banda. Em seguida uma linha de baixo inicia, revelando uma profunda harmonia com a guitarra, ambas bem marcadas, quase que sobrepostas. O vocal tranquilo de "Fábio Golfetti" introduz a letra, serenamente, abordando o "Frio do Outono", em uma viagem a essa bela estação do ano!
A segunda faixa, "Declinio de Maio" faz uma espécie da balanço existencial, tocando na temática da memória e das incertezas da vida. Nessa faixa, a guitarra segura e marcante de "Fábio Golfetti" dá o tom da música, seguida pela bateria de "Claúdio Souza", em um ritmo bem marcado, quase que entrelaçado com a guitarra de "Fábio", em uma especie de diálogo lisérgico.
A terceria faixa, "Faces", começa com uma introdução no violão dialogando com riff's de guitarra em ritmo lento, profundo. As notas da guitarra transmitem a impressão de "se alongarem" com o tempo. Um fraseado simples, singelo, porém profundo, lembrando um pouco o som do "Floyd" em seu inicio de carreira.
A quarta faixa, "Luz" , tem um ótimo trabalho na bateria e no baixo.
A quinta faixa, "Retorno", é uma faixa instrumental muito equilibrada, acordes leves, com tocada segura. Uma viagem ao coração do rock progressivo da época. Riff's levemente distorcidos, alongados, marcando o som da banda.
A sexta faixa é a marcante "Dia Eterno". Ao contrário das outras faixas, "Dia Eterno" começa com um ritmo mais acelerado, ao fundo ao linha de baixo que tanto caracteriza essa faixa. A essa altura, confesso, que eu, um baixista "frustrado", adoro o baixo dessa música. Outro ponto marcante da faixa é o solo de guitarra da faixa! Show!!!
A sétima faixa, "Noturno", em passos calmos, nos trás a impressão de um retorno ao rock progressivo do início dos anos setenta. Bela faixa!
A penúltima faixa, "Sombras Flutuantes" começa com o baixo em ritmo leve, espaçado, sereno, profundo, dialogando com a percussão. O baixo se alonga, com leves toques de guitarra, o bumbo ao fundo, marcando o ritmo do início da faixa. O teclado, no meio da faixa, dá um leve toque "lisérgico" a faixa!
A última faixa, "Tomorrow Never Knows" é um cover muito legal de uma faixa dos "Beatles", em ritmo de progressivo.
Obra magistral do Rock Nacional, vale a penas viajar ao som do Violeta de Outono!
Longa vida ao Rock!
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