Matérias Mais Lidas


IT: neo progressivo com sonoridade obscura e musicalidade forte

Resenha - We're All In This Together - IT

Por Tiago Meneses
Postado em 15 de setembro de 2017

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Depois de oito anos do seu último lançamento, a banda IT, liderada por NICK JACKSON, está de volta com mais um disco conceitual, onde nas palavras do próprio, "as músicas exploram temas de austeridade, desigualdade e um futuro incerto para as gerações mais jovens". Apresenta uma música inicialmente melódica, depois harmoniosa e de excelentes e belos vocais e backing vocals. Os teclados se direcionam entre o atmosférico, arejado e montando ótima cama sinfônica. Os arranjos, ao invés de surpreender e atrair somente os fãs de progressivo, por conta de sua acessibilidade tem capacidade de atingir um público mais além. Quando decidem esticar as faixas o fazem com ideias que realmente preenchem o álbum e não apenas servem pra deixa-lo gorduroso em passagens instrumentais que falam muito e não dizem nada. Os solos de guitarra seguem a perfeita tradição inglesa e o timbre lembra os usados por mestres como DAVID GILMOUR e STEVE HACKETT.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

"Power" dá inicio ao álbum de maneira maravilhosa através de um baixo poderoso e uma obscura e dramática interpretação vocal. NICK vomita letras encharcadas de veneno que ilustram o estado do mundo em que vivemos. As guitarras também não excelentes assim como as camadas de teclados.

"Born into Debt" contém letras bastante negativas e é uma curta canção de ritmo lento com boas melodias de fundo que logo emenda com "Working Man", um dos grandes destaques do álbum, tem um coro magnífico, arranjo memorável, belo solo de guitarra, tudo feito de maneira acessível e ainda assim bastante rico musicalmente. Destaque também para o vocal feminino deixando a faixa mais grandiosa no seu final.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Através de "Last Chance" novamente o álbum apresenta melodias emocionantes. Tem bons versos acústicos e um coro onde podemos ouvir também uma guitarra deslizante e mellotron. Uma faixa sem muita pompa, mas bastante correta e atraente.

"Gamble the Dream" é um rock rígido com um baixo pulsante e riff de guitarra que conduzem a música. NICK parece cantar com raiva e de maneira sombria, onde é notável também a influência de NINE INCH NAILS. A banda realmente é especialista em fazer refrãos que grudam facilmente na cabeça do ouvinte. Uma faixa simples e direta, mas de bastante entrega de todos os instrumentistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

"Voices" começa com uma voz sintetizada e bons teclados, aqui podemos ouvir de maneira mais clara o caráter da banda, já que se distancia mais de suas influências como I.Q e ARENA, por exemplo. Melodia e coros maravilhosos me faz lembrar grandes musicais. Também contem um discurso de George Galloway atacando Blair e Bush diretamente sobre o impacto da Guerra do Iraque e as consequências.

"The Path of Least Resistance" é a faixa mais longa do álbum. Inicia através de uma atmosfera floydiana fina de guitarras brilhantes e vibrantes, voz sussurrante e comentários de assuntos atuais. Esse é o momento mais teatral do álbum. A canção então cresce em melodia estimulando tanto a profundidade como a acessibilidade. Multifacetada e em constante evolução, um passo musical leva a outro para um destino claro. O trabalho de guitarra é maravilhoso onde eu definiria como algo entre GUTHRIE E GILMOUR. Há momentos de nítida influência também em PORCUPINE TREE. Sem dúvida alguma o momento mais progressivo do álbum e também o melhor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Se eu tivesse que nomear uma faixa pra ser o "single hit" desse álbum certamente seria "House". Mostra influência em MARILLION já na fase STEVE HOGARTH, apresenta um baixo forte e outro coro cativante. Destaque também para a guitarra tanto no trabalho ritmo quanto no solo.

"Down the Hatch" em seus primeiros segundos de música lembra PINK FLOYD, mas logo uma melodia obscura e original aparece com vocais quase robotizados. Depois de um interlúdio instrumental misterioso, podemos ouvir outro grande riff com graves fortes e vocais ásperos. Nesses momentos que notamos que apesar de suas influências, essa banda possui personalidade própria.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

"Revolution" começa com um baixo trovejante e tom malévolo que me remete ao DREAM THEATER. E isso não é por acaso, pois a música nos versos tem riffs de guitarra que soam quase como o de metal progressivo. O coro e o interlúdio são mais convencionais. Uma música bastante forte e que termina o álbum de maneira muito bem apropriada.

Não se trata apenas de um típico álbum de neo progressivo. Apesar das fortes influências em Arena, I.Q e Marillion, a banda alcança sua própria personalidade, especialmente na segunda metade do álbum. O resultado é surpreendente, sonoridade obscura e uma musicalidade forte, destacando os bons vocais, grandes riffs de guitarra e ótimos graves. Alem disso, as letras também valem apena, falando sobre questões sociais de uma forma bastante realista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

FAIXAS:

1.Power - 5:30
2.Born Into Debt - 2:47
3.The Working Man - 4:13
4.Last Chance - 5:52
5.Gamble The Dream - 4:10
6.Voices - 5:22
7.The Path Of Least Resistance - 11:49
8.House - 5:39
9.Down The Hatch - 5:44
10.Revolution - 5:52

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps




publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | Alex Juarez Muller | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Tiago Meneses

Um amante do rock em todas as suas vertentes, mas que desde que conheceu o disco Selling England by the Pound do Genesis, teve no gênero progressivo uma paixão diferente.
Mais matérias de Tiago Meneses.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS