Accept: O primeiro passo, de uma longa caminhada
Resenha - Accept - Accept
Por Vitor Sobreira
Postado em 01 de agosto de 2017
A região da Germânia foi registrada pelos romanos ainda antes do ano 100, e desde 03 de outubro de 1990, é conhecida como República Federal da Alemanha (Bundesrepublik Deutschland). Ao longo dos séculos, foi palco de inúmeras mudanças de sistemas governamentais e guerras, bem como se tornou o centro da Europa, durante a maléfica ditadura de Adolf Hitler e seu Partido Nazista... Tais linhas, nem sequer de longe resumem a história dessa nação, mas talvez seja o suficiente, para relacionarmos com a força do Metal/Heavy Rock vindo de lá, que conquistaria o mundo, com suas centenas de bandas.
Umas das bandas, que fez história e até hoje é prestigiada, é sem dúvidas o Accept, que teve seu início no final dos anos 60, sob o nome Band X, e a partir de 1976 assumiu de vez o nome que os levaria para além de sua terra natal.
Contando com Udo Dirkschneider (vocal), Wolf Hoffmann (guitarra), Jörg Fischer. (guitarra), Peter Baltes (baixo e vocal) e Frank Friedrich (bateria), o Accept lançou em janeiro de 1979 o seu primeiro disco – de muitos – auto intitulado ‘Accept’, pela gravadora Metronome Music GmbH, totalmente cantado em inglês e com uma imagem de capa bem curiosa, exibindo uma mulher bem vestida, empunhando uma serra elétrica(!).
Do ponto de vista (e audição) da sonoridade, o Heavy Metal com ecos do Hard Rock da época, energético e inspirado pelos ingleses do Judas Priest, ainda dava seus primeiros passos em busca de uma identidade mais definida, mas o trabalho em questão, pode ser descrito facilmente como um estréia interessante, bem executado e audacioso, e com boas músicas – fruto do trabalho de composição de todos os integrantes.
Com uma pegada envolvente, e um refrão fácil que causa uma impressão mais "comercial", "Lady Lou" é o ponto de partida, que logo cede espaço para "Tired of Me", que também não abre mão de um refrão pegajoso, mas apresenta uma cara mais Metal. Em "Seawinds", o baixista Peter Baltes assume os vocais em um clima até meio melancólico, e com uma letra (que dali em diante ficaria) um pouco melhor elaborada. Levantando os ânimos novamente "Take Him in My Heart" apresenta um pouco do que se ouviria na NWOBHM, enquanto que "Sounds of War" (a segunda cantada por Baltes) fala dos receios das guerras, com solos sendo despejados em profusão, mostrando o talento não apenas dos guitarristas, mas da banda em si.
Entrando a todo vapor, "Free Me Now" espanta pela sua constante velocidade, onde o disco só é abrandado temporariamente com a seguinte "Glad to be Alone", na mesma linha de "Seawinds", no entanto mais diversificada. "That’s Rock’n’Roll" traz de volta a velocidade, mas com uma dose extra de agressividade. Essa por sua vez, guardadas as devidas proporções, foi mantida em "Helldiver" e "Street Fighter", que encerram com classe ‘Accept’.
Para finalizar, como o baterista Frank Friedrich não queria continuar sua carreira como músico, profissional, saiu da banda antes do lançamento oficial, e foi substituído por Stefan Kaufmann, que tocaria nos próximos 9 ‘full lengths’, e só sairia definitivamente em 1994, por problemas de saúde. Em suma: dê uma boa conferida neste registro, pois vale muito a pena!
Banda:
Udo Dirkschneider (vocal);
Wolf Hoffmann (guitarra);
Jörg Fischer (guitarra);
Peter Baltes (baixo e vocal nas faixas 3 e 5);
Frank Friedrich (bateria)
Músicas:
1. Lady Lou
2. Tired of Me
3. Seawinds
4. Take Him in My Heart
5. Sounds of War
6. Free Me Now
7. Glad to Be Alone
8. That's Rock 'n' Roll
9. Helldriver
10. Street Fighter.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
A maior banda, música, álbum e vocalista nacional e gringo de 1985, segundo a Bizz
Dave Mustaine acha que continuará fazendo música após o fim do Megadeth
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
As 5 melhores bandas de rock de Brasília de todos os tempos, segundo Sérgio Martins
O melhor disco de thrash metal da história, na opinião de Charlie Benante
Porque Gene Simmons tem o dobro da fortuna de Paul Stanley, com quem co-fundou o Kiss
David Gilmour elege os dois piores álbuns do Pink Floyd


O hit do Accept que "criou o thrash metal", segundo Wolf Hoffmann
Baixistas Frank Bello (Anthrax) e Billy Sheehan (Mr. Big) no próximo álbum do Accept
Guitarrista Uwe Lulis deixa o Accept, que volta a ser um quinteto
Ex-vocalista do Accept diz que Udo é seu único amigo no núcleo que envolve a banda
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



