Fastball: após oito anos, mais um bom lançamento
Resenha - Step into Light - Fastball
Por Victor de Andrade Lopes
Fonte: Sinfonia de Ideias
Postado em 08 de junho de 2017
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
No Brasil, o simpático trio estadunidense de rock Fastball é bem pouco conhecido, apesar de seus hits "The Way" e "Out of My Head" terem figurado em rádios na última virada de século. Foram até regravados pelos cariocas do LS Jack numa versão aportuguesada da primeira faixa supracitada, mas fato é que a banda goza de um lamentável anonimato por aqui.
Satisfeitos porém com o sucesso no Texas, seu estado natal, os rapazes retornam em 2017 oito anos depois de seu último álbum, o bom Little White Lies. Mais recentemente, em 2013, para "enganar o estômago", tivemos o lançamento de My Favorite Year, ótima estreia solo do vocalista, baixista, tecladista e guitarrista Tony Scalzo.
Step into Light talvez não agrade de imediato, mas bastam poucas ouvidas para (re)conquistar o fã. A abertura "We're on Our Way" resgata um peso que não se ouvia desde a estreia do trio, o punk Make Your Mamma Proud, de 1996. Tal clima punk será ressuscitado novamente na nona faixa, "Secret Agent Love". Mas não, não é um álbum que volta às raízes.
É mais uma atualização do som mesmo. "Best Friend", o divertido single "I Will Never Let You Down" e a faixa título, com seu compasso ternário-baladístico, são exemplos disso. São, indiscutivelmente, Fastball. Só que um Fastball dos anos 2010. Mas não se preocupe, saudosista: as ótimas "Just Another Dream" e "Hung Up" resgatam aquele "quê" particularíssimo do grupo.
As influências às vezes gritam. O dedilhado blackbirdístico dos Beatles dá as caras em "Behind the Sun" enquanto que o trio parece incorporar o popular quinteto escocês indie Franz Ferdinand no instrumental "Tanzania".
E há ainda um bom pedaço do álbum formado por faixas que destoam bastante do som típico dos tiozões, evidenciando uma busca por uma música mais variada. Neste grupo, entram "Love Comes in Waves", single divulgado lá atrás, em 2013, e com um forte apelo indie; "Lilian Gish" e sua sofisticada roupagem alternativa; e a pianística "Frenchy and the Punk".
Além da afiada química musical dos membros e do talento para escrever coisas bem bacanas, o Fastball tem como marca registrada a maravilhosa harmonização vocal de Tony com o guitarrista Miles Zuniga. Arrisco dizer que os texanos perderiam quase metade de seu charme se não houvesse esse trabalho com as vozes. E, graças a Dio, tudo isso está bem condensadinho aqui, nos pouco mais de 30 minutos de Step into Light.
A mescla bem calculada de trabalhos típicos, trabalhos diferentes e trabalhos que incorporam o novo ao tradicional resultam num ótimo laçamento desta pequena grande banda texana, mantendo o bom nível de seus lançamentos anteriores.
Abaixo, o vídeo de "I Will Never Let You Down":
Track-list:
1. "We're On Our Way"
2. "Best Friend"
3. "Behind the Sun"
4. "I Will Never Let You Down"
5. "Love Comes in Waves"
6. "Step into Light"
7. "Just Another Dream"
8. "Tanzania"
9. "Secret Agent Love"
10. "Hung Up"
11. "Lilian Gish"
12. "Frenchy and the Punk"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
A icônica banda que negligenciou o mercado americano; "Éramos muito jovens"
Bloodbath anuncia primeira vinda ao Brasil em 2026
Max Cavalera tentou se reunir com o Sepultura em 2010, mas planos deram errado
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


