Kreator: Melodia e agressividade em mais um grande disco
Resenha - Gods of Violence - Kreator
Por Ricardo Seelig
Fonte: Collector's Room
Postado em 31 de janeiro de 2017
Décimo-quarto álbum do Kreator, "Gods of Violence" funciona como uma espécie de carta de intenções da banda alemã: sempre estivemos aqui, sempre faremos as coisas do nosso jeito, não deixaremos nunca de ser agressivos! Lançado em 27 de janeiro, o disco traz onze canções produzidas por Jens Bogren (Haken, Fleshgod Apocalypse, Moonspell) e é uma pedrada sensacional.
Dando sequência ao que já havia mostrado em "Phantom Antichrist" (2012), o quarteto liderado por Mille Petrozza (vocal e guitarra) - completam a banda o guitarrista Sami Yli-Sirniö, o baixista Christian Giesler e o baterista Ventor - segue com o pé no fundo, equilibrando a agressividade inerente de sua música à intervenções de melodia sempre certeiras, alcançando um resultado final que reafirma a ótima fase vivida pela banda nos últimos anos.
O trabalho de guitarras presente em "Gods of Violence" é de cair o queixo, e é uma das razões que fazem o disco tão especial. A interação entre Mille e Sami é quase telepática, em uma parceria que já dura dezesseis anos e acrescentou muito à sonoridade da banda. Isso, aliado ao trabalho de composição extremamente bem executado, faz com que tenhamos uma coleção de faixas não apenas empolgante, daquelas que colocam sorrisos contínuos no rosto durante a audição, mas também um conjunto de canções com potencial para figurar entre os grandes momentos da trajetória do Kreator.
De modo geral, temos em "Gods of Violence" um disco no mesmo nível de "Phantom Antichrist", o que quer dizer muita coisa. O álbum de 2012 foi excelente, e a principal diferença percebida em relação ao novo disco é a presença maior de melodia em "Gods of Violence", enquanto em "Phantom Antichrist" fomos brindados com uma violência genuína e onipresente. Essa mudança em um dos eixos principais das canções pode fazer com que uns prefiram um trabalho ao outro, conforme o seu gosto pessoal. No entanto, o Kreator conseguiu alcançar, em ambos os casos, resultados sensacionais, demonstrando a capacidade que Mille e sua turma possuem em explorar os diferentes ingredientes que compõe o thrash metal.
Entre as faixas, as minhas preferidas são "World War Now", "Satan is Real", "Totalitarian Terror", "Army of Storms" e "Fallen Brother" (que ganhou um clipe bem legal homenageando ícones falecidos do metal como Dio, Lemmy e outros). Chama a atenção também a sutil semelhança, em um pequeno trecho nos acordes da introdução acústica da música que dá nome ao disco, com a clássica "Fade to Black", do Metallica. Uma pequena curiosidade em outra das ótimas canções que fazem de "Gods of Violence" um dos grandes momentos da carreira do Kreator.
Desde já, um dos pontos altos do metal em 2017.
Comente: Já ouviu o disco? O que achou?
Outras resenhas de Gods of Violence - Kreator
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O guitarrista preferido de Mark Knopfler, do Dire Straits, e que David Gilmour também idolatra
A "melhor banda de rock'n'roll em disco", segundo Bono, do U2
Jinjer, In Flames e Killswitch Engage confirmados no Bangers Open Air, afirma jornalista
Nick Holmes diz que há muito lixo no nu metal, mas elogia duas bandas do estilo
A banda que ajudou o Metallica a não acabar após "St. Anger, segundo Lars Ulrich
As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain compartilha lembranças do último show com o Iron Maiden, em São Paulo
O subestimado guitarrista base considerado "um dos maiores de todos" por Dave Mustaine
As 3 teorias sobre post enigmático do Angra, segundo especialista em Angraverso
A canção proto-punk dos Beatles em que Paul McCartney quis soar como Jimi Hendrix
Perda de visão faz Ian Gillan considerar possibilidade de aposentadoria
A caótica origem do Mastodon, uma das bandas mais importantes do metal contemporâneo
Filho de Steve Harris é forçado a parar de tocar devido a problema de saúde
A única música do Pearl Jam que não tem Eddie Vedder nos vocais
O principal cantor do heavy metal, segundo o guitarrista Kiko Loureiro
Mille Petrozza, do Kreator, acha que consegue fazer mais cinco discos
Os 50 melhores discos da história do thrash, segundo a Metal Hammer
Uli Jon Roth sobe ao palco com o Kreator durante o Full Metal Cruise
O disco que "furou a bolha" do heavy metal e vendeu dezenas de milhões de cópias


