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Wight: As melhores influências

Resenha - Love is Not Only What You Know - Wight

Por Erick Silva
Fonte: Blog Punhado de Coisas
Postado em 01 de outubro de 2016

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Saudades dos anos 60, mais especificamente, do Grand Funk Railroad, do Taste e do Sly and the Family Stone? Com vontade de ouvir um disco atual que tenha uma aura totalmente retrô, mas, com qualidade por parte dos envolvidos, e até uma certa identidade no som? Então, este "Love is Not Only What You Know" é ideal pra você. Não à toa, o nome da banda remete ao famoso festival na ilha de Wight, na Inglaterra, ocorrido no final dos anos 60, e que teve nomes como The Doors, The Who, Jimi Hendrix, Free, Miles Davis, etc. Pra completar, a capa do álbum remete ao psicodelismo daqueles mágicos tempos. Não tem como negar as influências do Wight, portanto.

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Tendo gravado dois bons discos como um power trio, o grupo chega ao seu terceiro registro com o acréscimo dos percussionista Steffen Kirchpfening. O restante da formação conta com René Hofmann (guitarras, teclados e vocais), Peter-Philipp Schierhorn (baixo) e Thomas Kurek (bateria). O resultado é um senhor disco de rock sessentista, swingado, com doses homéricas de progressismo e muita atitude. A abertura, com "Helicopter Mama", não me deixa mentir. Balanço a mil, muitos slides guitarrísticos, e uma emoção visível, tornando esta uma música das mais viajantes. Tem cara e alma daqueles começos maravilhosos dos antigos vinis, que pegavam o ouvinte logo na primeira nota. E, claro, tem muito de Sly anda the Family Stone, e até algumas pitadas de James Brown e Stevie Wonder das antigas.

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Mas, não para por aí. A longa "The Muse and the Mule" é envolvente, e não perde o pique, mesmo com seus poucos mais de 10 minutos de duração. Um tipo de som ideal pra se escutar enquanto se está na estrada, em "viagem" (seja ela qual for). Aqui, o vocalista René Hofmann incorpora ainda mais o estilo do Grand Funk Railroad, seja no modo de canta, seja nos vigorosos wah wahs de sua guitarra na canção (ao vivo, deve ficar fantástica). Por sinal, este disco, no geral, tem uma cadência que anda faltando nos últimos discos do Red Hot Chili Peppers (por mais "descabida" que essa comparação possa soar).

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Em seguida, outra música longa, a amalucada "Kelele", com uma linha percussiva muito bem trabalhada em sua "primeira parte", chegando, em alguns momentos, a lembrar as composições mais enraizadas de Santana, provavelmente, outra influência do Wight. A "segunda parte" dessa música nos proporciona uma bem-vinda mudança de ritmo, mais pesada e densa, mas, nem por isso, menos ótima. Canção completa, em todos os sentidos. Logo depois, somos apresentados a curta "Tree Quarters", que, como o próprio nome indica, vai nos fazer lembrar um pouco do clássico zeppeliniano "No Quarter", com várias camadas de sintetizadores.

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Após tanta energia, uma "pausa" para descanso, com a melódica "I Wanna Know What You Feel". Melódica, sim, mas, nem por isso, leve. O Wight é uma banda primordialmente elétrica, e que sabe muito bem como "castigar" os seus instrumentos. A semi-balada "Biophilia Intermezzo", igualmente, de curta duração, assim como "Tree Quarters", é mais um dos (poucos) momentos tranquilos, agora, antes da catarse definitiva. O disco de encerra de forma apoteótica, com "The Love for Life Leads to Reincarnation", a mais longa do álbum, com seus mais de 11 minutos de duração e muitos sons fantásticos. Inclusive, nela, ouvimos bastante dos sintetizadores e das guitarras distorcidas de René Hofmann, o grande destaque da banda, sem dúvida, mas, não tirando o demérito dos demais integrantes, que também realizam um excelente trabalho no disco.

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Com som de "gente grande", o que falta ao Wight? Basicamente, nada. O que falta é o mercado ser mais aberto a artistas de real qualidade, e os consumidores passarem a procurar novidades. Sim, novidades, elas existem, e no rock, têm aos montes. Basta um pouco só de curiosidade. Os ouvidos, com certeza, agradecerão.

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