Vektor: O melhor álbum de Thrash Metal do ano até agora
Resenha - Terminal Redux - Vektor
Por Vitor Hugo Fernandes
Postado em 19 de maio de 2016
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Nos idos de 2011 e no auge do meu vício por Thrash Metal eu descobri o Vektor, e logo na primeira música já vi que não era uma banda comum. Os timbres de guitarras agudos, a voz que lembra Black Metal e linhas absurdamente progressivas na composição. Nesse mesmo ano, saíra o segundo álbum deles, Outer Isolation, clássico moderno absoluto, nunca tinha ouvido (e até agora não achei) nenhuma coisa parecida com o que aquele play me apresentou.
A banda, formada por David DiSanto (Vocais, Guitarras), Erik Nelson (Guitarras), Blake Anderson (Bateria) e Frank Chin (Baixo), se utilizam apenas da temática sci-fi em suas composições, assim como os clássicos conceituais sci-fi do Rock/metal (Operation Mindcrime, 2112 e qualquer álbum do Coheed & Cambria como bons exemplos). Terminal Redux se trata, segundo o próprio DiSanto, de um astronauta que recupera a sua memória após um programa de testes de isolamento, mas a história é complexa a ponto de regimes totalitários, guerras e moléculas de rejuvenescimento retirados de nebulosas.
Eis que cinco anos depois os prog-thrashers americanos revelam Terminal Redux, mais lotado de camadas sonoras que o seu antecessor e com ainda mais progressividade.
A primeira faixa, Charging The Void, com seus 9 minutos de duração, um início aceleradíssimo, e mudanças de ambiente em várias de suas passagens, justificando toda a sua temática sci-fi com passagens de guitarra com timbres que lembram viagens espacias e criam esse clima durante todo o álbum.
Cygnus Terminal é outro soco na cara, a voz de David DiSanto está no seu auge, o abuso de agudos muito altos em meio à uma cozinha alinhada e extremamente rápida comandam toda essa faixa, em certo ponto, os riffs e a ambientação sonora causam uma sensação de enclausuramento no vazio do espaço, poderia tocar facilmente no filme Gravidade.
LCD (Liquid Crystal Disease) tem o melhor refrão de todo o álbum, forte e com um rifferama absurda é mais um destaque nesse álbum sem pontos desanimadores como um todo. Pteropticon é outra chuva de riffs, inclusive, o que não falta nesse álbum são passagens de guitarra, cada música são pelo menos 5 mudanças de passagens e atmosferas diferentes a cada passagem lírica da música, Vektor é como se fosse uma mistura de Leprous com Voivod, progressividade absurda incrementado num instrumental pesado e rápido a ponto de se assemelhar até com Death Metal Técnico em alguns momentos.
Não recomendo este álbum pra primeira audição de Vektor, com suas 10 música e quase 1 hora e 20 minutos de duração, pra algumas pessoas pode parecer massante tantas músicas longas num álbum só. Outer Isolation é o indicado, que além de ser melhor, tem músicas mais acessíveis e tem a sonoridade mais voltada pro Thrash Metal que o seu lançamento.
Toda essa mesclagem de elementos musicais, Black/thrash/prog/tech. death são mostradas em sua máxima potência na última faixa do álbum, com 13 minutos de duração, Recharging The Void é o fechamento perfeito pra uma história de guerra, conquista e impérios tiranos na vasta imensidão do espaço. Todo o desespero que a esta faixa mostra no seu início, a velocidade que o pandemônio é transmitido nos primeiros 6 minutos de som, logo depois partindo pra uma passagem dedilhada e cantos sem nenhuma ranhura na garganta, unido a canticos femininos distantes que premeditam uma passagem explosiva, com um ar épico, ditando o fim da história no meio de todo essa imensidão espacial mostrada por riffs e um bate-estaca incessante nas baterias pra fechar o melhor álbum de Thrash Metal do ano até agora.
O Vektor fez bem em demorar tanto tempo assim pra revelar seu novo álbum, a sonoridade não soa cansativa e nem forçada, algo que poderia facilmente acontecer caso fosse feito um álbum por ano. Espero em 2021 mais um registro dessa banda que eu posso apostar que não decepciona.
Tracklist:
1 Charging the Void
2 Cygnus Terminal
3 LCD (Liquid Crystal Disease)
4 Mountains Above the Sun
5 Ultimate Artificer
6 Pteropticon
7 Psychotropia
8 Pillars of Sand
9 Collapse
10 Recharging the Void
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A melhor banda de rock de todos os tempos, segundo Bono do U2
Mystic Festival terá cerca de 100 bandas em 4 dias de shows; confira os primeiros nomes
As 50 melhores bandas de rock da história segundo a Billboard
"Come to Brazil" - 2026 promete ser um ano histórico para o rock e o metal no país
"Melhor que os Beatles"; a banda que Jack Black e Dave Grohl colocam acima de todas
Deep Purple continuará "até onde a dignidade humana permitir", declara Ian Gillan
Andreas Kisser quer que o último show do Sepultura aconteça no Allianz Parque
Bangers Open Air 2026: cinco apresentações que você não pode perder
Helena Nagagata reassume guitarra da Crypta
Tobias Forge quer praticar mergulho para tornar uso de máscara no palco menos claustrofóbico
Três Álbuns Seminais Lançados em 1975, nos EUA
A maneira curiosa como James Hetfield reagia aos fãs que o ofendiam por conta de "Until It Sleeps"
O guitarrista preferido de Mark Knopfler, do Dire Straits, e que David Gilmour também idolatra
A analogia com Iron Maiden explica decisão do Avantasia, segundo Tobias Sammet
Rock in Rio 2026: vendas do Rock in Rio Card começam em dezembro
A banda brasileira que "mudou o jogo para sempre", segundo Dave Grohl do Foo Fighters
Paul McCartney relembra a dificuldade de superar o fim dos Beatles com The Wings
Bateria: imagine se ele tocasse um equipamento mais decente
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva



