Mad Dragzter: Uma metralhadora de riffs
Resenha - Master Of Space And Time - Mad Dragzter
Por Heberth Brito
Postado em 27 de setembro de 2015
Nota: 8 ![]()
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E eis que ressurge o Mad Dragzter após o excelente Killing the Devil Inside (2006) e um hiato de quase uma década. Depois de passar um longo tempo cozinhando em banho-maria, finalmente sai aguardado Master Of Space And Time. Mas a banda está absolvida pela demora em soltar o disco, já que teve a atitude louvável de optar pela distribuição gratuita (sim, no formato físico mesmo!). Basta entrar em contato pelo Facebook e solicitar o envio, sem nenhum custo. O quarteto ainda mantém a mesmíssima formação, com Tiago Torres (vocal e guitarra), Gabriel Spazziani (guitarra), Armando Benedetti (baixo) e Eric Claros (bateria). Isso já é um bom motivo para esperar um material de alto nível.
Se antes o Mad Dragzter apostou em um Thrash com elementos modernos e, digamos, ousados, em Master Of Space And Time não existe piedade, a violência está de volta, com um som cru e visceral, uma verdadeira metralhadora de riffs! As partes acústicas, climáticas, ou que destoam da porradaria são ínfimas, porém criativas e bem pensadas para preparar para o que interessa, pois a intenção do disco é uma só: fazer a sua cabeça cair do pescoço. Mas não apenas os riffs se destacam, a cozinha não se esconde e não mostra nenhuma vocação para ser coadjuvante. Baixo e bateria aparecem com muita competência, tanto na pegada quanto na técnica. O vocal não faz feio e consegue ser agressivo sem parecer caricatural. Em alguns refrões com tendências melódicas e que demandam algo mais cantando, o vocal soa um pouco estranho, como no refrão da faixa de abertura Almighty. Mas são raras exceções, no geral o vocal é bastante proficiente.
Novamente o Mad Dragzter conseguiu uma produção acima da média, bastante coesa e que consegue trazer peso e destruição sem estragar ou irritar os ouvidos. A intenção de soar oitentista é patente, e nisso foram bem sucedidos. Apesar de não soar cópia de ninguém em momento algum, é impossível não se apanhar em Déjà Vu, muita coisa remete à Metallica antigo, Deliverance (Weapons of Our Warfare) e bandas do Bay Area.
Outra mudança notória e importante está nas letras, já que a banda agora traz uma temática claramente voltada à fé cristã (são bastante explícitos nesse sentido no título do disco e das faixas), o que pode fazer muitos fãs mais radicais torcerem o nariz. Mas se você não dispensa de modo algum um Thrash de qualidade, não será isso que fará você ignorar esse excelente trabalho.
A capa do disco também não esconde o conteúdo lírico, e retrata o Armagedom apocalíptico (episódio em que Jesus detona os exércitos da Besta e do Anticristo, formados pela sociedade iníqua) Apesar de muito bem feita, a arte não caiu no meu gosto, talvez pelo estilo da animação, que parece feita sob encomenda para uma banda de Power Metal, o que faz o lado brutal e mais sério do estilo de certa forma "brochar".
Mas o que interessa mesmo é o conteúdo, e é inútil apontar destaques. São 15 pedradas com andamentos e riffs para satisfazer os mais exigentes fãs de Thrash Metal. Apenas aperte o play e agradeça a Deus. Rs
Track-list:
01 - Almighty
02 - Valley Of Dry Bones
03 - Master Of Space And Time
04 - 5708
05 - Megiddo
06 - Gehenna: The Second Death
07 - King Of Kings
08 - Army Of Truth
09 - Sons Of Thunder
10 - The Man By The Pool Of Bethesda
11 - One Nation, One Church
12 - From Emptiness To Infinity
13 - Vox Spiritus Sancti
14 - Wrath Of God
15 - New Heaven And New Earth
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