Addicted To Pain: Originalidade, inovação e profissionalismo
Resenha - Queen of all Lies - Addicted To Pain
Por Samuel Coutinho
Postado em 13 de setembro de 2015
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O catálogo de bandas que temos aqui no Brasil é extenso. Bandas e mais bandas surgindo e lutando para reforçar o cenário nacional, que se mostra firme e forte apesar das dificuldades enfrentadas. Alguns parando no meio do caminho, mas ainda existem músicos que não deixam esta falta de visão incomodar. Nada mais prazeroso do que divulgar uma banda nova e saber que você está fazendo, pelo menos, o mínimo para ajudar. A banda que eu tive o prazer de ouvir me deixou estarrecido com a originalidade e também feliz por ter conhecido este novo som. A ADDICTED TO PAIN desempenha um papel competente e se destaca pela diversidade apresentada em seu primeiro trabalho.
A Addicted To Pain foge um pouco do padrão que temos no nosso heavy metal. Você não encontrará maneira de dizer 'eu já ouvi isso', porque não é o que acontece no EP de estreia da banda, "Queen Of All Lies". O trabalho é de qualidade e enfatiza isso através da ótima produção, que ficou a cargo de Brendan Duffey e Adriano Daga, do renomado Norcal Studios, e até a capa foi trabalhada com classe, passando pelas mãos do talentoso artista gráfico brasileiro Gustavo Sazes. Com tudo isso de entrada, agora só falta o recheio do bolo. Músicas cadenciadas que fazem o EP ter uma atmosfera longínqua. Você percebe a agradabilidade que tem o andamento das músicas. O seguimento das canções, faixa por faixa, as linhas vocais, a parte instrumental, tudo desperta interesse. A grande jogada foi fazer com que o ouvinte, na primeira audição, tenha a vontade de se acostumar mais com a sonoridade.
Antes de analisar faixa por faixa, o primeiro impacto que a Addicted To Pain causa, é o timbre de voz do vocalista João Paulo Pretti. Soando como algo novo, para evitar comparações, Pretti canta de uma forma mais melódica e com menos agressividade. Completando o cast, Thiago Oliveira (guitarra - SEVENTH SEAL, Warrel Dane), Fábio Carito (baixo - SHADOWSIDE, SUPREMA, INSTINCTED, Warrel Dane, SKIN CULTURE) e Marcos Dotta (bateria - Skin Culture, Warrel Dane).
"The Kings Never Die" apresenta as características da banda citadas no começo do texto. É muito bem trabalhada nas linhas instrumentais, um solo de guitarra mais direto, mas todos os toques robustos de uma boa faixa de introdução estão presentes nesta cação. A participação do tecladista da NOTURNALL, Junior Carelli, é bem perceptível na música. A banda não se apegou a um estilo em específico, mas cada música mostra um pouco das influências da banda, heavy metal, hard rock e um pouco de prog e power metal. "Street Of Forgotten Dreams" continua numa pegada mais rock 'n' roll com seu refrão grudento com um compasso mais lento. E depois de 3 minutos você leva um tapa na cara, a faixa título "Queen Of All Lies" é o item principal do pacote. Mais agitada, rápida, power, com riffs precisos e pesada. Música esta que me agradou muito e me fez pensar: "estão indo bem, muito bem".
Fechando o EP, a alegre introdução de "Angel Im My Mind" logo da espaço a um ar mais soturno. Os primeiros riffs são lindos e a melancolia da música não se esconde atrás do rítimo empolgante. Linhas de guitarra interessantes, principalmente logo após o solo. Thiago Oliveira deu o toque à mais que a banda precisava, além da boa cozinha de Fábio Carito no baixo e Marcus Dotta na batera, é claro. Um trabalho digno e inovador, espero poder ouvir músicas novas e inspiradas desta ótima banda.
Line-up Addicted To Pain no EP "Queen Of All Lies":
João Paulo Pretti - vocal
Thiago Oliveira - guitarra
Fábio Carito - baixo
Marcus Dotta - bateria
Tracklist:
01. The Kings Never Die
02. Street of Forgotten Dreams
03. Queen of All Lies
04. Angel in My Mind
Outras resenhas de Queen of all Lies - Addicted To Pain
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música de amor - carregada de ódio - que se tornou um clássico dos anos 2000
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
13 shows internacionais de rock e metal no Brasil em dezembro de 2025
Guns N' Roses anuncia valores e início da venda de ingressos para turnê brasileira 2026
Regis Tadeu esclarece por que Elton John aceitou tocar no Rock in Rio 2026
A maior música do rock progressivo de todos os tempos, segundo Steve Lukather
Limp Bizkit retorna aos palcos com tributo a Sam Rivers e novo baixista
Steve Morse escolhe o maior guitarrista do mundo na atualidade
O jovem guitarrista preferido de Stevie Ray Vaughan nos anos oitenta
Ex-integrantes do Cradle of Filth levam Dani Filth aos tribunais
John Bush não se arrepende de ter recusado proposta do Metallica
O maior frontman de todos os tempos para Ozzy Osbourne; "é Deus pra mim"
Nazareth: um elogio à pertinácia
O show do Dream Theater que virou disco ao vivo - e deixou Mike Portnoy passando mal
A maior balada de heavy metal do século 21, segundo a Loudersound
Como Rafael Bittencourt manteve Amplifica após Monark sair do Flow: "Redução drástica de verba"
Humor: O que pensa Bolsonaro de alguns álbuns polêmicos do Heavy Metal?
Quando Lou Reed revelou seu disco de rock favorito; "Impossível bater de frente com ele"

"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



