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Symphony X: Mais uma paulada digna de mestres do progressivo

Resenha - Underworld - Symphony X

Por Sergio Tadeu Cardoso de Barros
Postado em 28 de julho de 2015

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Seria chover no molhado falar dessa banda em termos técnicos e musicais, a grande reputação musical deles sempre surpreende, e nos tempos em que inovações são necessárias o Symphony X surpreende trazendo "mais do mesmo" sem muita inovação, mas com leves Repetições de elementos dos álbuns mais antigos. Sou fanzaço e me lembro quando em sua passagem pelo Brasil na turnê de Paradise Lost, um show épico finalizado com The Odyssey me fez chorar de cabo a rabo nessa música. Mas deixando a paixão de lado e sendo bem imparcial e frio na análise vamos a um faixa a faixa desta verdadeira pauleira em forma de obra de arte sonora.

Symphony X - Mais Novidades

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1 - Overture: Cheia de coros, elementos clássicos e muita melodia, sem muitos elementos trincados como na introdução Prelude do álbum "V", mas com muito peso e cadenciamento como em "Oculos Ex Inferni", mas aqui temos pitadas de um Groove que soa Swingado junto aos coros, gostoso e quase dançante, uma excelente introdução bem a cara da banda.

2 - Nevermore: Um dos singles da banda para promover o álbum lançado no youtube em forma de lyric video. Curiosamente as linhas vocais me fazem lembrar fortemente do álbum "The Damnnation Game", onde parece que embora estejam melodicamente perfeitas no encaixe da música, as estrofes soam estranhas, mas comum refrão cheio de arpejos e melodia vocais que só um dos melhores vocais do mundo poderia fazer. Além de partes primárias bem rápidas, e dos solos... Minha nossa, Michael Romeo é um monstro sem precedentes no domínio de arpejos em "two hands", é uma música bem de apresentação e abertura mesmo, com cara de início, meio e fim, energia pura.

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3 - Underworld: Pinella traz sons nunca antes usados nos teclados bem interessantes, riffs bem diretos e cavalgadas bem elaboradas nos bumbos em compassos bem mistos. Sua parte cantada bem cheia de agressividade e velocidade. É bem nítido que o melhor está por vir ao longo da música que vai ficando mais agressiva, e a voz de Russel Allen parece se adaptar muito bem aos drives, talvez pela idade que vem e facilita tons mais graves, mas quando chega o refrão os tons sobem e obedecem uma escala clássica e imprevisível levando de volta as melodias nos novos tons sonoros do início da música, e os solos soam bem heavy, música boa, mas acredito que ela tenha sido o tema do álbum mais pela temática do que pelo música em si que é muito boa, mas nem de perto é a melhor do álbum.

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4 - Without You: Outro single da banda em forma de lyric video. Fantástica, leve e pesada, a guitarra distorcida se encaixou a uma quase balada melhor que em qualquer outra música do Symphony X e cheia de novos elementos. Grooves cheios de notas, levadas Hard Rock, vozes dobradas. Um solo muito bem encaixado e belo. Com certeza uma música que será muito bem-vinda ao vivo e que bem divulgada será cantada em uníssono, de emocionar.

5 - Kiss Of Fire: Elementos clássicos e que beiram o Thrash numa introdução arrasadora e que vai baixando a poeira aqui uma linha de baixo que dá sinal para o início de groove e riffs marcantes, pesados, intercalando coros eletrônicos do teclado, um Russel Allen muito agressivo e afinado e blast beats bem legais. Há mudanças climáticas bem elaboradas, intensas de um clima ao outro, mas quase imperceptíveis. O trecho central tem uma pegada moderna e grooveada muito forte. Um outro petardo que soaria muito bem ao vivo, ainda mais por seus solos estranhamente incríveis.

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6 - Charon - Aqui tiram o pé do acelerador um pouco e valorizam as melodias mais swingadas, lembram as músicas mais contidas e cheias de elementos rítmicos interessantes.

7 - To Hell And Back: Uma inovação ao som da banda tem leves pitadas de "The Damnnation Game" e sons que remetem ao Dream Theater e ao Queenryche, mas com muita originalidade e um refrão belíssimo, aqui temos um petardo progressivo incrível, cheio de heavy e momentos trincados no trecho central da música, muito groove, agressividade e técnica sobrando até o retorno triunfal ao belo refrão e com um final apoteótico cheio de sons nunca antes usados como no início da música.

8 - In My Darkest Hour: Um vocal e velocidades excelentes e impressionantes, isso simplificaria muito bem essa música se não fosse por todo o restante que é fantástico, vozes dobradas em excelente combinação, uma música rápida e agressivamente bela. Aqui a base do solo soa meio repetitivo e exagerado, mas ainda assim cai muito bem na música, cheia de elementos de Power metal.

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9 - Run With The Devil: Que introdução é essa? Jesus... Ouçam e vão entender, e já emenda com uma estrofe trincada, e alegre, alegre, mas pesadíssima, isso ao vivo seria um momento memorável, o abuso aqui está nas sonoridades, nada de muito exagerado, apenas sonoridades exploradas ao máximo de forma simples e criativas, o meio da música lembra um pouco Church The Machine aos 3:40. Só bem mais "bombada" prova de que maturidade melhora muito aí vem o termo "panela velha é que faz comida boa." E esses caras tem muito mais o que apresentar ao longo da carreira.

10 - Swansong: Uma música bem clichê ao tom "Symphony X Balads", melodias melancólicas e com notas cheias e longas que aumentam essa nostalgia, colocam muitos solos criativos em cima dos clichês já característicos da banda. Uma ótima música, assim como as demais mais "leves", como Paradise Lost, Acollade I e II.

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11 - Legend: o Symphony X sempre teve duas formas de fechar seus álbuns, ou apoteoticamente com músicas que transcendem o imaginável como The Odyssey, Revelation ou Rediscovery part II, ou com outras músicas mais de conclusão de um trabalho coeso e dedicado como em Lady Of the Snow ou Winter's Dream, pode parecer muita similaridade de pensar em notar que a banda está fazendo uma revisitação aos primórdios de maneira mais intensa com colocações de novos elementos. Esta música trás de tudo um pouco do que o álbum apresenta o longo do álbum, vocais dobrados, melodias belas, grooves velozes e mais cadenciados misturados, inovações sonoras, dedilhados muito bem coesos em meio a chuva de petardos musicais característicos da banda. Sem dúvida um ótimo fechamento.

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É um disco a muito aguardado, vai decepcionar um pouco os fãs que depois de Iconoclast pensavam que a banda viria com mais uma chuva de novidades e de explorações técnicas e características sendo exploradas ao máximo. O que parece é que trouxeram muito do último álbum junto de muita coisa de álbuns mais antigos. De fato, os álbuns antigos da banda foram os culpados por solidificarem ela na posição em que está (ainda subestimada), e isso mais que justifica uma audição muito bem-vinda. Um excelente álbum de mais do mesmo, mas um "mesmo" que sempre nos surpreende e se torna fundamental na discografia. Totalmente recomendado!

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