Symphony X: Uma obra prima moderna
Resenha - Underworld - Symphony X
Por Phelipe Torres
Postado em 02 de agosto de 2015
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Meu velho... Se segura que a pancadaria aqui é de esmagar os miolos.
Russel Allen, Michael Romeo e seus parceiros apresentam nesse álbum (o nono de estúdio) um verdadeiro festival de brutalidade, técnica e melodia acima da média. O álbum pode ser dividido em dois sendo a primeira parte referência ao disco "Iconoclast" de 2011 e a segunda um retorno gradual aos trabalhos anteriores a "Paradise Lost" de 2007, digo isso porque o mais notável nas músicas é o peso e sentido de urgência de algumas canções em que a pancada come solta, em contraparte a outras músicas mais melódicas e ate mesmo suaves em alguns momentos. E tenho que dizer: isso é espetacular.
A temática do álbum gira em torno da obra "A divina Comédia", precisamente sobre o Inferno. Todo o trabalho musical, de encarte e afins remetem a Dante Alighieri, os círculos na capa fazem referencia aos nove camadas do inferno, o encarte possui uma arte digital bem bacana, que cai perfeitamente dentro da temática e bem... Ponto para os caras.
A abertura com "Overture" já mostra que a audição será no mínimo estrepitosa, caímos direto na pancadaria com "Nevermore", que dentro de algumas estrofes trás referências a outras músicas da banda (Capitão América aproves). "Underworld" dá uma aula de como soar pesado, melódico e intricado em uma música e olha que essa não é sequer a melhor música do álbum. Ate aqui se seu pescoço continua no lugar é um milagre, vide tamanho atropelo essas duas músicas.
"Withou You" vem dar uma acalmada nas coisas, como um sinal que mais uma porrada sonora faria seus ouvidos explodirem, contudo há um peso muito bem vindo nessa canção que a diferencia de baladas costumeiras. "Kiss of Fire" trás de volta o inferno dantesco com toda sua fúria e orquestrações dignas de um embate colossal entre o céu e o inferno tendo como regente o Coma Doof do Mad Max: Fury Road. "Charon" é mais cadenciada e melódica que as outras músicas ate aqui executadas e isso trás uma renovada ao som em meio ao álbum. Essa renovação continua com "To Hell and Back" bem progressiva e intricada, como se duas músicas fizessem parte de uma, de maneira magistral e fodástica.
"In My Darkest Hour" faz a junção entre a porrada da primeira parte do álbum com a cadência que inicia a segunda. "Run With the Devil" e "Swan Song" flertam com o passado da banda de maneira excelente e sem soar como um clone de si mesmo. A primeira tem uma pegada mais animada e pra cima a segunda é mais melancólica e com clima de balada. Belíssima por sinal. "Legends" encerra essa obra prima de maneira primorosa remetendo instantaneamente ao álbum "Paradise Lost" de 2007 e entregando uma canção espetacular.
O Symphony X entrega um álbum incrível e indispensável para os fãs de heavy metal e com certeza irá figurar nas primeiras posições de melhores do ano por todo o globo. Não tem nem o que falar dos músicos, tamanha técnica e domínio de cada um, Allen continua um monstro no vocal e esta na minha lista de melhores vocais do mundo então... sou suspeito em escrever qualquer coisa.
Outras resenhas de Underworld - Symphony X
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
A obra-prima do Dream Theater que mescla influências de Radiohead a Pantera
Regis Tadeu indica disco "perfeito" para uma road trip: "Todo mundo detesta, mas é bom"
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
Irmãos Cavalera não querem participar de último show do Sepultura, segundo Andreas Kisser
O maior compositor do rock'n'roll de todos os tempos, segundo Paul Simon
O álbum do Almah que ambição era bater de frente com Angra, segundo produtor
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"


Symphony X confirma turnê pela América Latina com três shows no Brasil
Os 25 melhores discos da história do power metal, em lista da Metal Hammer
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


