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Valentine: Hard Rock em português feito por quatro mulheres

Resenha - Tudo Vai Mudar - Valentine

Por Willba Dissidente
Postado em 09 de junho de 2015

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Foi em Belo Horizonte, no ano de 1985, quando o PLACENTA iniciou as bandas formadas só por mulheres no underground rocker brasileiro. Desde então, muitas mulheres formaram bandas em nosso país, sendo a mais notória delas o VOLKANA, isso sem contar OZONE, PREPÚCIO, e outras pioneiras que não puderam lançar um disco oficial. Entretanto, quase nenhum grupo se dedicou ao Hard Rock, estilo que estava em voga no mainstream quando todos esses conjuntos começaram a surgir. Surgida em 2006 na capital do estado de São Paulo, as moças do VALENTINE demoraram quatro anos ançar seu debut "Tudo Vai Mudar", que busca inspiração no clássico Hard Rock oitentista, cantado em português e apresenta sonoridade aveludada.

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Neila Abrahão, guitarrista conhecida no cenário paulista é a mentora e principal responsável pela banda VALENTINE, afinal, a consagrada musicista que fez parte do FLAMMEA e do consagrado grupo de Heavy Metal HARPPIA assina todas as letras e composições. Contando somente com músicas autorais e time de primeira linha que se auto-produziu, e posteriormente foi mixado pelo guitarrista Heros Trench do KORZUS, "Tudo vai Mudar" é um disco que passeia pelas sonoridades costumeiras do Hard Rock do final dos anos oitenta. Temos músicas mais diretas, mais cadenciadas, algumas que puxam para Sleaze Glam ("Tempo" e "Solução") e também petardos como "Sobreviver", que chega a lembrar até o CARRO BOMBA da fase com Rogério Fernandes nos vocais.

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Toda essa variedade de estilos e levadas torna a audição do debut muito dinâmica e nada cansativa. Logo após a introdução que inicia a faixa-título, que é um dos destaques do disco, já temos um excelente cartão de visita do que esperar de "Tudo vai Mudar". Em meio à clássica Hardeira, o vocal de Mari Moga salta aos ouvidos. Ela não canta de maneira ríspida ou rasgada, como é tão comum a esse gênero musical. Sua voz puxa mais para a M.P.B. Não que a moça não grite aqui e use uns agudos acolá; mas é algo totalmente diferente da aspereza que grupos clássicos de Hard Rock no Brasil, como o ROSA TATTOOADA, GOLPE DE ESTADO, ANJOS DA NOITE, A CHAVE DO SOL etc se valeram (e valem) ao longo da carreira. Tal predileção por uma "plasticidade mais acessível" casa perfeitamente com a escolha de timbres que o VALENTINE escolheu para seus instrumentos: eles também estão aveludados, mais contidos, sem a clássica acidez que fez notoriedade com SKID ROW, GUNS 'N' ROSES etc. Isso não quer dizer que a afinação dos instrumentos esteja abaixada como em conjuntos de New Metal, longe disso. É o Rock'n'Roll clássico em Mi (E) cujas composições estão com mais peso do que as distorções e vozes. Cabe ao ouvinte decidir se aceitará essa proposta inovadora do VALENTINE sem fugir aos ditames do Hard Rock. Uma outra diferença são as letras: centradas em problemas de relacionamento / sentimentais e não abordando farras, bebidas, amores e problemas impossíveis, como os citados grupos usualmente faziam.

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"Vem Comigo" é certamente um dos destaques do álbum. O andamento de "meio balada que se torna muito pesado" é uma fórmula de composição que o VALENTINE utilizou também em "Pacato Silêncio" e "Coisas da Vida"; ainda que essa última seja mais uma marcha que uma balada. Prominentes e distintos também são os solos de Abrahão ao longo do disco: entre escalas variadas, two hands e outras piromanias a moça esbanja bom gosto e feeling animalesco. Mais que isso, a guitarrista também é responsável por todos vocais de apoio e fez excelente trabalho. "Tudo para quando olhamos para as nuvens" é um Hardão cadenciado com a bateria mais legal de Bruna Malta, aproveitando otimamente os espaços na melodia para preencher o som de peso. "Pro mundo inteiro escutar" tem entrada de bateria idêntica à versão do QUIET RIOT para "Cum on Fell The Noise" do SLADE, e ainda possui a linha de baixo mais legal de Helen Ferla. "Vida" é um Hardão com estrutura semelhante a "Couldn't Get It Right" do UFO, de 1981.

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"Tudo vai mudar" vem em embalagem de papelão que abre no estilo folder de três páginas que encaixotam o CD. O embrulho possui as letras e demais informações pertinentes para acondicionar a mídia que é um CD-R impresso que o faz lembrar um LP. A bem sacada capa da foto das pernas / botas das integrantes da banda posteriormente recorreu no clipe de "Vem Comigo". Quem se interessar em adquirir o disco deverá contatar a banda nos links ao final da matéria.

Você, fã de Hard Rock, gostou da proposta feminina do VALENTINE para gênero oitentista? Cabe ao ouvinte / leitor decidir se seguira com as moças para sonhar, pelo mundo a girar... Lembramos que o disco pode ser ouvido na integra no site do VALENTINE.

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VALENTINE:

Mari Moga - Vocal
Neila Abrahão - Guitarra e backing vocals
Helen Ferla - Baixo
Bruna Malta - Bateria

VALENTINE - "Tudo vai Mudar" - Nacional - Independente - 36:05

01 . Tudo vai mudar (04:01)
02 . Tempo (03:11)
03 . Vem Comigo (04:08)
04 . Tudo muda quando olhamos para as nuvens (03:58)
05 . Pacato silêncio (03:52)
06 . Sobreviver (02:39)
07 . Pro mundo inteiro escutar (03:30)
08 . Vida (03:23)
09 . Coisas da Vida (05:12)
10 . Solução (02:27)

Sites relacionados (em português):
http://www.bandavalentine.com/
https://www.facebook.com/ValentineOficial/timeline
http://www.myspace.com/valentineoficial
http://www.neilaabrahao.com/

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Sobre Willba Dissidente

Willba Dissidente é fã das bandas de hard rock dos anos 70 e 80 e de metal oitentista dos mais variados países. Quem quiser saber mais deve acessar seu canal no youtube. Obrigado! Stay Hard (True As Steel)!
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