Tellus Terror: Misturando diversas vertentes do metal
Resenha - EZ Life DV8 - Tellus Terror
Por Thalles Magno
Postado em 08 de maio de 2015
Nota: 9
As vezes nos deparamos com obras que são um tanto quanto inovadoras e brilhantes, isso ocorre pela grande qualidade de músicos que o Brasil possui. Vindo diretamente do Rio de Janeiro e tendo sido formada em 2012, o Tellus Terror presenteou-nos com um debut maravilhoso e conceitual, que mistura eficientemente diversas vertentes do metal, como Death/Black/Thrash/Doom Metal e outros subgêneros. O resultado foi tão bom, tão digno de se orgulhar que criaram uma forma de tentar nomear seu estilo, o MMS "Mixed Metal Styles".
O 'EZ Life DV8' é , sem dúvidas, um marco na história do metal brasileiro, algo que não se encontra facilmente por qualquer lugar e chegou como um furacão, destruindo todas as barreiras e ao mesmo tempo chamando atenção pela sua majestosidade.
O CD foi lançado em setembro de 2014 em 5 países: Brasil, Argentina, México, Canadá e Rússia, só em abril de 2015 na Bélgica. A banda continua em disparada realizando shows pelo Brasil e analisando propostas de eventos no exterior, além de ser um grande alvo da mídia especializada. Para tal, ele foi lançado de forma independente e sendo distribuído por: Thrash S/A e HMR (Brasil), Shinigami Records (América Latina), PHD Records (Europa, EUA e Japão) e a Metalzone Records (Bélgica). Com isso, já chegaram até a dividir o palco com o Behemoth, Belphegor e irão e abrir pro Vader em junho deste ano.
A produção do álbum contou com grandes nomes como: Seth Siro Anton (Septic Flesh, Nile, Kamelot, Moonspell, etc), que foi responsável por toda a arte, criação do brasão e do logo da banda e que por sinal ficou fabulosa, algo que não esperaríamos menos vindo dele; Fredrik Norstrom (Studio Fredman – Suécia) que foi responsável pela mixagem e masterização; Pat Power (Baterista do Dream Evil – Suécia) que foi responsável pelas correções "finas" dos clicks das músicas.
O 'EZ Life DV8', que significa ''Desvio Fácil da Vida'', conta a história de formação do universo e do nosso planeta, além de abordar as guerras que causamos, vendo de forma ampla, o panorama dos fim dos tempos e que se tentássemos até mesmo fugir para outro planeta, seria um erro.
É muito difícil escolher as melhores faixas dele, olhando se forma microscópica, todas são bem individuais e apresentam características próprias, como "Stardust" que é a primeira. Ela inicia com uma intro tranquila e depois torna-se pesada e com uma melodia exuberante soando de fundo. Deve-se também dar destaque às diversas mudanças de vocais, hora soando limpo e outras como um gutural poderoso intercalado de forma rasgada como por exemplo "Terraformer" e "3rd Rock From The Sun", respectivamente .
A música "Bloody Vision" destaca-se por ter uma instrumental instigante, créditos para seu ex baterista Rafael Lobato que veia a ser substituído pelo Ali Ghazzaoni, e uma letra que cativa o ouvinte a tentar cantar e bater muita cabeça, além da bela variação de técnica vocal do Felipe Borges que chega até a fazer pig squeals. "Equinox" também é uma excelente pedida.
Em "Civil Carnage" há uma veia de Crossover Thrash Metal que com o peso do Death Metal torna-a uma super escolha para os 'moshers' em um show não pararem em momento algum, além do notável acompanhamento do seu tecladista Ramon Montenegro.
Em seguida surge as faixas "I.C.U. In Hell" e "Brain Technology" mostrando mais um pouco do talento criativo da banda, sendo essa última seguindo mais influências do Doom/Death Metal com uma pegada de Gothic Metal realizada pela participação da vocalista Larissa Frade da banda Venin Noir de Doom Metal.
Adiante, "Endtime Panorama" possui uma ótima sincronia entre os instrumentos de corda e o teclado, além de um baixo muito bem marcado a todo momento, assumido pelo Arthur Chebec . Quem gravou as guitarras foi Álvaro Faria (que veio a ser substituído pelo Nelson Magalhães) com o Wederson Felix. Para finalizar esse fantástico debut vem a música "Error", sendo ela a mais extensa do álbum com 8 minutos de duração, fato que mal é percebido pois a mesma tem um tom épico e envolve o ouvinte de forma a viajar na sua sonoridade, ressalvando que há uma certa influência da banda de metal progressivo Cynic, no seu final.
Track List:
01. Stardust
02. Terraformer
03. 3rd Rock from the Sun
04. Bloody Vision
05. Equinox
06. Civil Carnage
07. I.C.U. In Hell (International Chaos United in Hell)
08. Brain Technology (Part 1, This Is Where It Starts...)
09. Endtime Panorama
10. Error
Membros:
Felipe Borges - Todos os Vocais
Wederson Felix - Guitarra
Nelson Magalhães - Guitarra
Arthur Chebec - Baixo
Ramon Montenegro - Teclado
Ali Ghazzaoni - Bateria
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