Kataphero: Talento e criatividade em "From Dust"
Resenha - From Dust - Kataphero
Por Thalles Magno
Postado em 23 de abril de 2015
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Logo após seu bem sucedido álbum de estreia "Life", em 2012, o Kataphero volta com tudo, criando uma obra conceitual via gravadora Dosol, em 2015. Nomeado de "From Dust", baseia-se um mito originado há milhares de anos atrás que nos leva a uma viagem visceral ao cenário desolado, onde o corpo e a mente de uma criança primitiva se desenvolve completamente sozinha. Este novo debut está marcado por uma sonoridade obscura, densa e criativa, mostrando mais um vez que a banda tem sua identidade própria e o talento os move acima de qualquer coisa. Levando-os até a dividir palco com bandas de alta importância mundial como SODOM, KRISIUN, SEPULTURA e ROTTING CHRIST.
Em "From Dust", que significa "Do Pó" , eles retrataram o mito da origem humana em formato de tragédia, com o enredo calcado na saga do único remanescente de uma tribo nômade extinta a 13 mil anos atrás. Fato que está significativamente representado em sua capa, que é uma pintura rupestre criada por Genival Jr e Leonardo Matos.
No entanto, como eles não se prendem a rótulos e gostam de serem livres para expressar o que sentem pela música, esse novo trabalho está notavelmente diferente de seu antecessor que possuía uma sonoridade mais melódica, por exemplo, além de ter sido melhor produzido. Estando essa responsabilidade a cargo do seu vocalista Paulo Henrique, que o fez de forma maravilhosa.
Em 'From Dust', a sonoridade está mais envolvente do que nunca. É impossível escutar e não relacionar aos veteranos do SEPTIC FLESH e do ROTTING CHRIST. Há também um clima soturno e ao mesmo tempo cheio de elementos orquestrais, atmosféricos e melancólicos, possuindo até mesmo algumas passagens lentas e progressivas.
O debut inicia-se com a faixa ''Nomad'', que apresenta uma afiadíssima voz feminina, ficando a cargo de Jaque Moraes, companheira do vocalista Paulo que a torna mais mística e envolvente. Nessa faixa, há um clima bem cadenciado a todo momento e um baixo muito bem marcado. Contribuindo assim, para uma maior efeito qualitativo na canção, vale ressaltar que a banda faz uso de instrumentos de percussão africanos e orientais como Daf e Darbuka. Em seguida surge ''Vanisher'', que é uma das melhores no álbum, ela começa de forma ritmada e vai progressivamente aumentando a expectativa do ouvinte até chegar no clímax da canção quando o vocal do Paulo Henrique beira a nostalgia e até chega a lembra o vocal do Nergal do BEHEMOTH.
Prosseguindo com o CD, é a vez da música ''Trauma'' que foi uma das faixas já divulgadas antes do lançamento do álbum. Engrandecida pelo uso de instrumentos não convencionais como o Kalimba e Teremim, ela consegue eficientemente mostrar a nova proposta da banda e também fazer o ouvinte viajar em seu som atmosférico, representando a consciência do personagem conceitual do álbum em questão se desenvolvendo.
Em ''Bleak & Seed'' é apresentada uma excelente letra que faz com com quem escute até tente cantar, também há uma perfeita execução de riffs. Já em ''Ekstasis'' há um clima mais frenético e um instrumental muito bem feito, dando destaque para seu baterista.
Em seguida, ''Rise'' e ''Bound'' não deixam a desejar, mostram todo o 'feeling' que esse novo trabalho conceitual evidencia, principalmente esse ultima que é semelhante ao que o Septic Flesh vinha fazendo com os seus álbuns, principalmente no timbre! Acertaram e cheio. Por fim, o debut finaliza com a música ''Fall'' sendo uma ótima escolha para isso, com um instrumental poderoso e um vocal fascinante.
Portanto, o Kataphero quebrou todas as expectativas que haviam a cerca de seu novo trabalho, fazendo uso de um som mais técnico, inovador e corajoso para com os fãs de seu trabalho anterior ''Life''. Quando se fala em talento e criatividade, uma palavra surge na ponta da língua ... 'KATAPHERO'.
Track List:
1. Nomad
2. Vanisher
3. Trauma
4. Bleak & Seed (5)
6. Ekstasis
7. Rise
8. Bound
9. Fall
Membros:
Paulo Henrique Santiago - (Vocal / Guitarra)
David Cantídio - (Guitarra)
Phelippe Melo - (Baixo)
Lucas Somenzari - (Bateria)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
"Comportamento de um ex-membro" impede Dave Mustaine de promover reunião do Megadeth
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
Avenged Sevenfold lança single inédito para o novo jogo da franquia Call of Duty
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
O melhor vocalista da história da era moderna, segundo Phil Anselmo
Regis Tadeu esculhamba "Atlas" e "Nothin", as duas músicas "novas" do Guns N' Roses
Por que Dave Mustaine escolheu regravar "Ride the Lightning" na despedida do Megadeth?
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Prika Amaral explica por que a Nervosa oficializou duas baixistas na banda
O solo de guitarra que mudou a forma como os solos passaram a ser feitos
Bizarro & Absurdo: 12 Tristes Realidades da Música
Eloy Casagrande é um "Mestre Jedi da bateria", afirma guitarrista do Slipknot


"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



