Doomsday Hymn: Pronta a trilhar caminhos altos
Resenha - Mene Tequel Ufarsim - Doomsday Hymn
Por Carol Mariana
Postado em 13 de abril de 2015
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
DOOMSDAY HYMN, como costumo dizer, é o tipo de banda que possui a peculiaridade de pôr em ordem o caos. Com integrantes oriundos de estilos aparentemente distintos, o grupo mostra em seu novo álbum que a diversidade contribui bastante para o enriquecimento da música - desde que empregada na medida certa. E esses paranaenses souberam utilizar muito bem dela.
"Mene Tequel Ufarsim" é um álbum completo, bem cadenciado e de excelente qualidade de gravação. Podemos notar aqui um panorama Thrash Metal anos 80, mas que remete também ao Deathcore e ao Power Metal (a exemplo da faixa "Guerreiro"), com um groove bem marcante. A faixa-título, que abre o material, já mostra que o álbum traz um peso soberbo em graves, sem saturar os ouvidos de quem o aprecia.
As frases do contrabaixo mostram a destreza com que o Allan Pavani faz do mesmo não apenas uma base sólida para as faixas, mas também evidencia o instrumento dentro de todo o álbum, dada a sua timbragem bem regulada. Bom volume e ótima definição; nem é preciso fazer esforço para ouvir e sentir o peso do baixo.
O Jarlisson Jaty, que já demonstrava sua muito boa habilidade no SURVIVE, traz um dinamismo único ao álbum. Sem frescura em explorar todo o seu drum set, demonstra com efeito a sua pegada, agilidade e técnica nas muitas variações rítmicas, a exemplos das faixas "Liberdade", "Destruidor" e "O Gigante".
As afinações baixas das guitarras de Karim Serri (ex SEVEN ANGELS, CROSSKILL) e Angelo Torquetto (ex DESERTOR) acrescentam brutalidade ao trabalho. Estão muito bem colocadas harmonicamente, são executadas com exímia técnica e em cada música elas (pretensiosamente ou não) conferem uma atmosfera única, como que construídas para encaixarem com a temática de cada letra. Destaque para os solos nas faixas "Recomeçar" , "Medos" e a faixa de encerramento, "Resposta".
"Last, but not least", temos os vocais do Gil Lopes (ex DELOHIM, MENAHEM) que arrematam a agressividade e pujança do trabalho. Vocais rasgados, brutos; porém, compreensíveis - coisa que nem todo vocalista consegue realizar. Os vocais limpos também são bem executados, como nas faixas "Poderoso" e "Resposta", abrilhantando ainda mais o material.
Aliando ao instrumental letras fortes, de refrão grudento (como a faixa "Levante e viva"), a banda mostra que, mais do que fazer um trabalho de excelente qualidade, veio para deixar de vez a sua marca no cenário nacional e na cabeça de todo aquele que a ouve - sem perder em coisa alguma para bandas internacionais bem conhecidas. Em suma: a DOOMSDAY HYMN não só tem postura de banda grande, mas tem tudo para continuar a trilhar caminhos cada vez mais altos.
Tracklist:
1. Mene Tequel Ufarsim - 3:42
2. Poderoso - 3:51
3. Levante e Viva - 3:11
4. Guerreiro - 3:25
5. Liberdade - 3:32
6. Medos - 2:35
7. Recomeçar - 2:57
8. Destruidor - 3:25
9. Gigante - 3:06
10. A Resposta - 4:11
Band line-up:
Karim Serri (G); Angelo Torquetto (G); Gil Lopes (V); Jarlisson Jaty (D); Allan Pavani (B)
Gravado no Silent Music Studio em Curitiba, Paraná.
Site Oficial:
http://www.doomsdayhymn.com/
Outras resenhas de Mene Tequel Ufarsim - Doomsday Hymn
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
A icônica banda que negligenciou o mercado americano; "Éramos muito jovens"
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
Dave Mustaine acha que continuará fazendo música após o fim do Megadeth
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
A emocionante música do Metallica que foi tocada em apenas um show da banda
Como Sepultura salvou o repetente e sem namorada Andreas Kisser das incertezas da vida
Led Zeppelin: A inspiração por trás do clássico "Kashmir"


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



