RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Stamp

Chá de Flores: Inferior à estreia mas vale a audição

Resenha - O Filme e o Vinil... - Chá de Flores

Por Mário Orestes Silva
Postado em 04 de janeiro de 2015

Segundo disco da banda manauara Chá de Flores, "O Filme e o Vinil..." (assim mesmo com reticências no final do nome), foi lançado no ano de 2006 e é um álbum interessante com bons momentos e resquícios de amadurecimento de quem insiste no amadorismo independente.

A bolachinha abre com a ótima homônima ao disco que tem uma introdução forjando uma agulha analógica num disco de vinil. Rockão básico com letra juvenil, cadência cativante e refrão pegajoso. Em segundo vem "A Chave do Seu Coração". Um punk rock que mostra o ponto forte e o ponto fraco do grupo. Respectivamente: refrão convidativo e letra quase infantil. Contudo, um excelente traço já é evidenciado, o domínio no instrumento tocado pelo guitarrista Jean Carlos, também guitarrista da banda Zona Tribal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Em terceira posição está "Cordel Verde" onde Jean explora melhor os efeitos que casam perfeitamente com a letra que mantém o espírito juvenil, mas ilustrado com características amazônicas. Um breque no meio da canção ajuda destacar alguns ruídos de estúdio. A quarta faixa é "Geração Fumaça" que abre com uma divertida introdução que tem diálogo sugestivo do vocalista Bosco Leão e do guitarrista Jean. A canção em si não mostra nada apenas do que mais do mesmo da juventude exaltada em punch.

Em seguida vem "Doutor Banzeiro" que tem como destaque o contra tempo do excelente baterista Augusto Nunes, também baterista da banda Underflow. Nesta composição o que parecia impossível acontece: o teor adolescente das letras consegue ser interessante. A analogia dos impactos ambientais com as consequências maléficas das drogas, foi uma sacada genial e mostra que pode haver amadurecimento nas composições, sem perder esse apelo adolescente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

A próxima é "Close-up" que reforça as qualidades de Guto como baterista, que não precisa de uma música complexa para mostrar sua competência como músico. Mais uma vez, uma letra boa que foge um pouco da pegada juvenil. Na sequência vem uma conhecida "Algemas Malditas", que é um punk rock que consta no primeiro disco da banda e apesar de ser uma boa música, poderia dar lugar a uma inédita. A desculpa para a repetência é da indignação com o cenário político brasileiro, visto que a letra expõe uma dura crítica ao tema. Mas se levarmos em consideração esse argumento, a música será reproduzida em toda e qualquer gravação que fizerem no decorrer de décadas.

A última faixa é a chata balada "Bossa Nova Atual". Típica música "mamãe, quero ser famoso". É a apelação pra tocar na rádio que não acrescenta nada de muito criativo com exceção de Jean que mostra suas influências de blues nos solos de fundo dos arranjos. Pra fechar a bolachinha vem uma curiosidade, um dion de rádio que acaba por revelar uma suposta radialista biografando a banda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

A arte gráfica, como é costume nas produções manauaras, deixa a desejar e tem direção artística bem fraquinha. A Chá de Flores hoje encontra-se no quase ostracismo com shows esporádicos e formação incerta com Bosco se aproveitando de seu carisma e da acessibilidade da mídia digital para produções de vídeos caseiros que buscam a auto promoção.

Em suma, "O Filme e o Vinil..." não é nenhuma obra prima e é bem inferior ao debut da banda no tocante à criatividade. Porém, vale audição e pode ter momentos excelentes se buscar-se apenas diversão descompromissada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Gustavo Godoi Alves | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Mário Orestes Silva

Deuses voavam pela Terra numa nave. Tiveram a idéia de aproveitar um coito humano e gerar uma vida experimental. Enquanto olhavam, invisíveis ao coito, divagavam: - Vamos dar-lhe senso crítico apurado pra detratar toda sua espécie. Também daremos dons artísticos. Terá sex appeal e humor sarcástico. Ficará interessante. Não pode ser perfeito. O último assim, tivemos de levar à inquisição. Será maníaco depressivo e solitário. Daremos alguns vícios que perderá com a idade pra não ter de morrer por eles. Perderá seu tempo com trabalho voluntário e consumindo arte. Voltaremos numas décadas pra ver como estará. Assim foi gerado Mário Orestes. Décadas depois, olharam como estava aquela espécie experimental: - O que há de errado? Porque ele ficou assim? Criamos um monstro! É anti social. Acumula material obsoleto que chamam de música analógica. Renega o título de artista pelo egocentrismo em seus semelhantes. Matamos? - Não. Ele já tentou isso sem sucesso. O Deixaremos assim mesmo. Na loucura que criamos pra vermos no que dará, se não matarem ele. Já tentaram isso, também sem sucesso. Então ficará nesse carma mesmo. Em algumas décadas, voltaremos a olhar o resultado. Que se dane.
Mais matérias de Mário Orestes Silva.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS