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March of the Gods: Documentário sobre o Metal na África

Resenha - Botswana Metalheads Documentary - March of the Gods

Por Willba Dissidente
Postado em 16 de novembro de 2014

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

March of the Gods: as contradições e o sentimento de ser Metal no meio da África.

Quando as imagens dos Headbangers de Botsuana surgiram na mídia o mundo ficou chocado. "Como um país que tem mais gado que seres humanos, lá nos confins da África, pode ter fãs de Metal?", muitos se perguntaram. Lá estavam eles, em sua maioria negros, vestidos de couro, rebite, correntes, cinto de balas e munição, crânios de animais e chapéus e botas de pistoleiros em filmes do Velho Oeste amalgamados com os vilões de Mad Max 2; numa versão ousada e ainda mais TRUE da capa do clássico "Ace Of Spades" do MOTÖRHEAD. Vários outros questionamentos se seguiram. Existiram bandas de Metal em Botsuana? Bandas boas? Como seriam os shows nesse país? A televisão holandesa e diversos sites exploraram o tema... porém, se você quiser realmente conhecer algo da cena Metal em Botsuana, será obrigado a assistir "March Of The Gods: Botswana Metalheads Documentary".

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Raffale Moska, o diretor do documentário, já conhecia a cena de Botsuana desde 2011, antes mesmo de Botsuana ganhar a projeção internacional no Metal da qual goza hoje. Chegando à África em abril de 2013, no período de maior "sucesso", com equipe reduzida, algumas economias guardadas e fazendo campanha on-line para arrecadar fundos, em agosto do ano seguinte "March of the Gods" foi liberado ao mundo. Já tendo sido exibido em várias sessões especiais de festivais de cinema por todo mundo e estando disponível para download pago no seu site oficial e no Indieflix.com, o "March of The Gods" está seguindo mesma ascendente de popularidade que exposição fotográfica "Renegades" de Frank Marshall. O que o filme mostra?

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A obra é focada na banda WRUST, trio cujo Groove / Death Metal tem nítidas e inegáveis influências do SEPULTURA até o disco "Chaos A.D."; inclusive Max Cavaleira é citado no filme. A escolha desse grupo para protagonizar a película se deu pelo mesmo estar angariando projeção internacional, e durante as filmagens ter ido se apresentar em Milão, na Itália; sendo o primeiro grupo de Botsuana a ir tocar na Europa. Assistindo "March of The Gods", você conhecerá os integrantes do WRUST, o que eles fazem da vida, como começaram a tocar, seu planos, a ligação com o FEAR FACTORY e CARCASS, seus amigos e influências. As outras bandas de Metal de Botsuana também estão presentes. O recheio do filme são entrevistas, e pequenos trechos ao vivo, de SKINFLINT (que pouco meses depois do WRUST se apresentou no Sweeden Rock Fest), REMUDA (muito engraçados), METAL HORIZON (que reclamam bastante), STANE, AMOK, KAMP13 e OVERTHURST. Note bem, que ao assistir ao filme esses grupos não serão conhecidos pelo telespectador com o principal, mas tem presença mais que especial.

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Para além de um documentário centrado somente nas bandas, "March Of the Gods" abre espaço para os fãs. Muitos dão seus depoimentos, opiniões e impressões. Como é "ser Metal" em África, de onde surgiu esse visual tão peculiar, os primórdios da cena de Rock em Botsuana (que remonta aos anos setenta), o que eles mais gostam e desaprovam no Rock. É notório a preferência por grupos como PANTERA ou da N.W.O.B.H.M., em detrimento dos extremos; sejam os primórdios, seja CELTIC FROST ou VENOM, como os que deram continuidade, ou mais recentes como CRADLE OF FIFTH. "Eu gosto muito de CANNIBAL CORPOSE, aqui curtimos as bandas que falam do acontece de verdade", diz um entrevistado.

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A movimentação de câmera é excelente, variando entre cenas ao vivo, curiosidades do país ou entrevista, sem ser cansativo a quem está assistindo. Uma banda moderna sul-africana de Thrash Metal moderno (assista para saber qual) se apresentou no país durante as filmagens. É muito curioso para quem é brasileiro, ver uma platéia com visual tão extremamente True anos 80, que daria inveja no DESTRUCTION, curtindo um som tão moderno. "Aqui respeitamos e prestigiamos tudo do rock pesado", esclarece um Metalhead entrevistado.

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"March of the Gods", que também era o nome do turnê do disco "Intellectual Metamorphosis" que o WRUST estava promovendo, foi buscar depoimentos de especialistas locais de Metal em Botsuana, fã-clube e radialistas. Aqui as contradições descobertas pelo cineastra são habilmente iluminadas na tela. Bandas e algumas personalidades da cena local rejeitam o visual "cowboy metal", que foi justamente o que deu projeção internacional ao país. Os grupos tocam em lugares pequenos, mesmo os de projeção internacional, com pouca estrutura (iluminação, efeitos), assim como a maioria dos shows de Metal acontecem no underground brasileiro. Lá pelas tantas, o público está caindo pelo salão, seja de sono ou bebida (inclusive o moço que fazem um pirâmide de cervejas enquanto dorme no rolê teve uma grande surpresa ao assistir ao documentário, tenho certeza disso). Enfim, percebemos que os headbangers de Botsuana são bem humorados e brincalhões, assistindo e curtindo os shows, ainda com problemas técnicos diversos. Quando finalmente o WRUST consegue chegar à Europa toca de dia num grande festival, sendo que o documentário dá a sensação que eles deveriam ser os headliners.

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O trabalho de produção do filme é excelente. Iluminação, cenários e captação de som primorosos. Como já citado, a direção é um show à parte, alternando as cenas dando sentido e continuidade, nunca uma aglomeração de filmagens. Em suma, os metalheads de Botsuana declaram e mostram o porquê do Metal ser tão importante e deles viverem esse estilo. Assistir "March Of the Gods" é uma chance de conhecer essas pessoas e uma diferente apropriação e recriação dos sentidos e significados do Rock Pesado; diferenças que podem ser tão iguais quanto distantes de como vivemos o underground no Brasil (ou em qualquer outro país).

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"March of The Gods" está sendo vendido no site oficial do filme e no IndieFlix (links ao final) para download ou visualização em streaming por U$D 6,00. Além do documentário, que pode ser baixado em diversos formatos de qualidade e tamanho de arquivo, o pacote inclui dez entrevistas estendidas com personagens da cena local, como Taliban, Smag Venon, The Trooper e outros maníacos por Heavy Metal. Lembramos que o filme vem com legendadas embutidas em inglês, o que facilita o entendimento do mesmo enormemente. Não há legendas em outros idiomas disponíveis. Dos extras, apenas uma entrevista é legendada é inglês, pois foi proferida na segunda língua oficial de Botsuana (que é nativa).

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March of The Gods: Botswana Metalheads Documentary (Colorido, Inglês, 88 minutos).
País de produção: Itália, Grécia, Botsuana.
Direção: Raffaele Mosca.
Roteiro: Alessio Calabresi.
Estrelando: Stux Daemon, Master Lawd Daemon, Oppy Gae e outros.

Sites relacionados do documentário (em inglês):

http://www.marchofthegods.com/
https://indieflix.com/indie-films/march-of-the-gods-botswana-metalheads-40073/
https://www.facebook.com/BotswanaMetalheads?fref=nf

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Conheça as bandas que participaram do filme (em inglês):

SKINFLINT:
https://www.facebook.com/SKINFLINTMETAL?fref=ts

WRUST:
https://www.facebook.com/wrustmetal?fref=ts

AMOK:
https://www.facebook.com/pages/AMOK-METAL-BAND/270483680283?fref=ts

OVERTHURST:
https://www.facebook.com/pages/Overthrust-Deathmetal-band/111341558893743?fref=ts

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KAMP13:
https://www.facebook.com/Kampthirteen?fref=ts

METAL ORIZON:
https://www.facebook.com/MetalOrizonband?fref=ts

REMUDA:
https://www.facebook.com/groups/106890709444221/

STANE:
https://www.facebook.com/pages/Stane/115712401813002?fref=ts

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Sobre Willba Dissidente

Willba Dissidente é fã das bandas de hard rock dos anos 70 e 80 e de metal oitentista dos mais variados países. Quem quiser saber mais deve acessar seu canal no youtube. Obrigado! Stay Hard (True As Steel)!
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