Death Angel: O melhor álbum desde o retorno
Resenha - Dream Calls for Blood - Death Angel
Por Vitor Franceschini
Postado em 05 de maio de 2014
Nota: 8
Fico imaginando se no auge do Thrash Metal na década de 80, bandas clássicas (pode incluir aí o próprio Death Angel) tivessem toda essa tecnologia que a maioria desfruta hoje, inclusive as antigas que retornaram. O negócio ia ser matador, mas, convenhamos, todo o charme da ‘tosqueira’ iria por água abaixo.
O sétimo disco do Death Angel pode sim ser considerado um dos melhores lançamentos de 2013. É coeso, consistente, empolgante e, principalmente, muito bem produzido. Jamais cometeria a injustiça de compará-lo com os clássicos da banda, mas é inegável que estamos diante de um dos melhores novos trabalhos da velha guarda do Thrash Metal.
O que podemos dizer do fenomenal trabalho de guitarras do líder e fundador Rob Cavestany e de Ted Aguilar (que está com a banda desde o retorno em 2001)? Riffs matadores despejados a esmo dão base para solos memoráveis com melodias na medida certa, enfim, um baita de um ‘trampo’!
A cozinha não fica atrás e dá um dinamismo incrível às composições, o que se evidencia desde a primeira faixa Left For Dead. Cast Of Shame e Empty são uma aula de técnica, porém não só elas merecem destaque já que quase todas empolga. Tudo mantendo a característica da banda com o vocalista Mark Osegueda gritando como nunca.
Não dá pra imaginar como seriam os clássicos com essa roupagem, já que foram eternizados daquela forma e sempre é um risco regravá-los. Mas que as bandas clássicas do estilo põem muita molecada no chinelo em termos de energia põem, afinal a questão do talento seria covardia discutir. Primordial.
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