Kaiser Chiefs: O rock 'n' roll nunca precisou ser salvo
Resenha - Education, Education, Education & War - Kaiser Chiefs
Por Victor Porto
Postado em 06 de abril de 2014
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O rock 'n' roll nunca precisou ser salvo. A cada ano que se passa, várias novas bandas se formam, algumas acabam escrevendo mais um novo capítulo na historia do rock. Esse é o caso do Kaiser Chiefs.
Formado em 2003, o grupo de Leeds conheceram o sucesso em 2005, com o ótimo álbum "Employment", conheceram as criticas em 2007, com o excelente "Yours Truly, Angry Mob", seguiram em frente com o bom "Off With Their Heads", de 2008, e conheceram o fracasso em 2011, quando lançaram o injustiçado "The Future Is Medieval".
Tudo isso culminou com a saída do baterista e compositor Nick Hodgson, em 2012. Tudo indicava que a banda estava fadada ao esquecimento. Mas ainda havia uma luz no final do túnel: as ótimas composições do vocalista Ricky Wilson e do baixista Simon Rix, que ganharam vida no novo trabalho do Kaiser Chiefs, lançado esse ano, chamado "Education, Education, Education & War".
"The Factory Gates" abre perfeitamente o álbum, mostrando que a banda ainda tem muita lenha para queimar. Destaque para o ritmo agressivo que se segue do inicio até o fim da música. Candidata a hit para os fãs. Em seguida, vem o primeiro single do álbum: "Coming Home". O que mais me surpreendeu foi pelo falo da canção ser uma suave balada, já que estamos mais acostumados com músicas mais animadas. Com ótimos vocais de Wilson, é outro destaque do álbum.
"Misery Company" é um obscuro indie rock, com impressionantes solos da guitarra de Andrew White, além de ter um ótimo refrão. A banda coloca mais uma vez o pé no acelerador na rápida "Ruffians On Parade", mais um excelente rock, para depois dar espaço a "Meanwhile Up in Heaven", uma power ballad, com destaque ao teclado de Nick Baines, que aqui apresenta sua melhor performance no álbum inteiro.
"One More Last Song" é outro rock rápido, que levanta o clima do álbum. Destaque vai mais uma vez para o guitarrista Andrew White. "My Life" é quase uma mistura fatal de U2 e o grupo de Leeds, com um ritmo cativante e letra interessante. Considero "Bows & Arrows" o único momento realmente baixo do álbum. Não que a canção seja ruim, é que a música simplesmente não colou.
"Cannons" pode ser considerado um novo hino anti-guerra, além de ter algumas influências progressivas, como o Pink Floyd. No momentos finais da canção, a um pequeno poema, chamado "The Occupation", escrito por Ricky Wilson. A banda finaliza o álbum com "Roses", outra ótima balada, com uma melodia bastante sentimental.
A versão japonesa do álbum contém ainda mais duas músicas: "Song for Stephanie", uma música mais ligada ao indie pop, e "The Nerve", um rock de primeira, apenas adicionam mais alguns minutos de diversão. As duas bem que podiam ter substituído "Bows & Arrows" na lista de músicas original.
"Education, Education, Education & War" monstra que o Kaiser Chiefs ainda segue firme e forte, mesmo após a saída de seu principal compositor. Se o grupo de Leeds apresentar, em seus próximos álbuns, o mesmo trabalho ou até melhor que o atual, com certeza irá garantir seu capítulo na história do rock 'n' roll.
Faixas:
1. "The Factory Gates"
2. "Coming Home"
3. "Misery Company"
4. "Ruffians on Parade"
5. "Meanwhile Up in Heaven"
6. "One More Last Song"
7. "My Life"
8. "Bows & Arrows"
9. "Cannons"
10. "Roses"
11. "Song for Stephanie"
12. "The Nerve"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
Ingressos do AC/DC em São Paulo variam de R$675 a R$1.590; confira os preços
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
O hino do metal moderno cuja introdução nasceu de forma "telepática"
Gus G explica por que Ozzy ignorava fase com Jake E. Lee na guitarra
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer
O que significa "poeira se escondendo pelos cantos" cantado em "Teatro dos Vampiros"
A preconceituosa forma que MTV dos EUA noticiou o Rock in Rio 1991
Rogério Skylab critica Renato Russo, Cazuza, Lobão, e todo o pessoal do BRock


Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto



