O álbum de rock brasileiro do anos 1970 que saiu apenas na versão pirata e numerada
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de março de 2025
Entre a saída de Rita Lee dos Mutantes e o estabelecimento de sua nova banda solo Tutti Frutti, a saudosa roqueira se envolveu no projeto Cilibrinas do Éden, com sua amiga Lúcia Turnbull. O problema é que o disco nunca saiu oficialmente e o registro de 1973 só existe numa espécie de versão pirata oficial.
Rita Lee - Mais Novidades

De acordo com o baixista Lee Marcucci, que mais tarde integraria o Tutti Frutti, alguma rusga com o executivo da Philips – André Midani – fez com que o Cilibrinas do Éden nunca fosse prensado de forma oficial.
"Esse projeto foi antes do ‘Atrás do Porto Tem Uma Cidade’, gravamos um disco com umas doze músicas. A Rita Lee tinha um contrato com o André Midani da Phillips e tinha que sair algo. Ele era o presidente. Fomos para o estúdio e gravamos tudo em uma noite. O Liminha produziu esse disco. Tínhamos ensaiado para caramba. Quando acabamos de gravar, tinha um ônibus esperando já para nos levar para Florianópolis. Tinha um show para tocarmos no dia seguinte. É um disco legal, mas não sei o que houve. A Rita brigou com o Midani e nunca mais saiu. Depois, saiu pirata. Lançaram de alguma forma. É um disco pirata e numerado! Saiu como Cilibrinas do Éden, que era uma dupla que ela tinha antes do Tutti Frutti. Só que o disco foi gravado mesmo por nós da banda Tutti Frutti, mas não saiu. É bem louco, viu? Tem umas coisas bem viajantes", disse em entrevista ao Corredor 5.

Na época da morte de Rita Lee, uma matéria do G1 especulou que o álbum pudesse finalmente ver a luz do dia devido ao falecimento da Rainha do Rock. "Embora lançado de forma extraoficial em LP e CD em 2008, em edições piratas comercializadas no exterior com arte psicodélica criada para o lançamento, o álbum permanece há 50 anos fora da discografia oficial de Rita Lee. Na edição oficiosa, o álbum foi intitulado ‘Cilibrinas do Éden’, mas o fato é que o disco se chamaria originalmente Tutti Frutti quando foi gravado em dezembro de 1973 no estúdio Eldorado, na cidade de São Paulo (SP), sob a batuta do então iniciante produtor musical Liminha e com músicos como o baixista Lee Marcucci", explica o texto.

Confira a entrevista completa abaixo.

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps